Mãos frias, lábios quentes

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Eu não sinto minhas pernas, estou correndo tão rápido que elas parecem voar, ao mesmo passo que meus punhos socam o ar com força me dando mais impulso, as lagrimas em  meus olhos me segam completamente, tudo está embaçado ate que...

-Ai- caio no chão ao me colidir com alguma coisa em minha frente, passo uma das minhas mão na cabeça

-Princesa voce está bem?- Saymon, tinha que ser ele? por que que eu não trombei com... sla, Marlon?

Eu não quero que ele me veja chorando, se não ele vai acha que eu sou uma criancinha berrona, enxuguei as lagrimas de meu roto rapidamente antes que ele percebesse, esforcei para lhe dar um sorriso e disse:

-E ai?

Ele estranha mas estende a mão para mim me ajudando a levantar, diferente das mãos de Marlon as dele eram grandes e quentes, muito quentes, até demais.

-Haha, estou vendo que já se recuperou da queda

-Hahaha, nada pode me deter assim- só voce 

-Isso e bom, mas por que estava correndo tão rápido?

-A e que...- passo as mão no cabelo tentando arrumar uma desculpa- eu costumo correr quando estou muito animada!- minto 

-Haha, a e? isso me lembra o meu priminho Jorge

-Hã?

-É, ele corre muito, está sempre animado

-E quantos anos esse seu primo tem? dezenove? 

-Dezenove?, ha ha, não, ele tem... ele tem... er, ele tem cinco anos- ele exitou 

Estreito os olhos para ele, ele acabo de me chamar de criança, e ele sabe disso!

-Entãoooo tá, eu vou por ali- magoou 

-Eu er... eu vou por ali- nós dois vamos a lados opostos se distanciando cada vez mais

Quem esse canalha pensa que é? me chamando de criança, desgraçado! um puta de um desgraçado gostoso, eu tenho que dar um jeito de ficar com ele.

Andando mais um pouco sinto as lagrimas escorrerem mais uma vez, por mais que eu tenha me encontrado com Saymon e isso tenha me animado um pouco, meus prolemas ainda não se resolveram, eu queria que Camily estivesse aqui para que eu pudesse chorar em seus ombros, mas agora eu não tenho mais ninguém.

Eu não prestei atenção para aonde eu fui e percebo que estou a oeste do castelo onde se encontra a fazenda real que minha tia avia me contado, desse fazenda saia todos os alimentos que eram direcionados ao castelo para as refeiçoes, também se criava ovelhas e alguns cachorros abandonados, isso até que é fofo.

Vou andando em direção a um celeiro, sem interesse pelo imóvel eu o atravesso, passo pelo seu lado onde tinha uma arvore não muito grande mas que fazia sombra. Vou para traz do celeiro e olho para frente. É lindo.

Atrás do celeiro havia um grande campo, ele era enorme, quente e maravilhoso. Sua grama macia em contato com vários dentes de Leão ao mesmo tempo me dava a sensação de estar nas nuvens, aonde eu mais queria estar. Eu queria poder gritar e chorar sem que ninguém visse e foi o que fiz, vou correndo feito uma louca gritando e chorando, as lagrimas pareciam não acabar, estava com raiva, triste, confusa e com muita, muita saudades de casa, no meio do caminho sinto uma coisa dura em meu pé esquerdo, não dando tempo nem de gritar eu caio sobre o chão, o impulso da minha queda faz vários pequenos flocos dos dentes voarem levemente pelo ar.

Olho para o lados procurando o que me fez cair desse jeito e bem debaixo de minhas pernas vejo Marlon com cara de quem vai vomitar.

-Eita- noto sua cara de dor

Valentine apenas uma princesaOnde histórias criam vida. Descubra agora