Capítulo 29 - A Fazenda

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Margarette entrou, cerca de oito horas, no quarto de Sâmia com uma bandeja com sopa e alguns pedaços de pão. Ela estava sentada na cama com a cabeça recostada na parede. Margarette colocou a bandeja sobre suas pernas e disse:

— Não saio daqui até que tenha comido tudo!

Sâmia começou a comer sem vontade.

— Obrigada, Margarette. Eu nem sei o que dizer.

— Não diga nada, minha filha. Escute, eu liguei para o Scott e o avisei que estaria aqui e passei o telefone caso quisesse ligar. Todos estavam muito preocupados com você, que não dava notícias há quase três meses.

Então era verdade. Ela havia mesmo ido ao Submundo e passado quase três meses lá. As lembranças retornaram e Sâmia agora comia sopa com lágrimas.

Leander chegou ao aeroporto JFK em New York exatamente às 5 horas da tarde do dia seguinte

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Leander chegou ao aeroporto JFK em New York exatamente às 5 horas da tarde do dia seguinte. Não acreditava na demora entre troca de voos, check-ins, etc. Por que tudo tinha que ser tão difícil sem uso de magia?

Assim que ganhou a rua, procurou um lugar deserto. Encontrou uma viela escura fechada por latões de lixo e entrou. Um segundo depois, um gato dourado corria a toda velocidade à procura do prédio em Manhattan. Leander saltou sobre a sacada e ficou observando do lado de fora. O apartamento parecia deserto. Eram quase oito horas e, devido à neblina, a escuridão era quase total. Recuperando sua forma humana, atravessou as portas de vidro para encontrar o apartamento vazio.

— Onde você está, Sâmia?

Ficou sentado no sofá, esperando a noite inteira, mas ela não retornou. Quando amanheceu, Leander se lembrou da vizinha que Sâmia o havia levado há algum tempo e bateu à porta. Ninguém atendeu.

— Bom dia! Estou à procura de Sâmia Rolfe.

O porteiro levantou os olhos do jornal que estava lendo e disse:

— Está viajando.

— Para onde foi? Sabe informar?

— Não, não a vejo há uns três meses. Deve estar a trabalho.

— Deus do céu! — Leander estava cada vez mais desesperado.

Talvez ela não tivesse voltado para casa, ou já tivesse saído sem que o porteiro a visse, ou talvez ainda o porteiro estivesse mentindo. Leander levantou a mão e passou em frente aos olhos do homem e tornou a perguntar:

— Onde está a Sâmia Rolfe?

O homem, com o olhar parado em um ponto fixo, totalmente apático, respondeu.

— Está viajando.

— Onde está?

— Não a vejo há três meses. Deve estar trabalhando.

Ciclos Eternos - Submundo Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora