Me diga - ( EM ANDAMENTO)

VII - Capítulo

No meio da noite,minha prima apareceu no meu quarto,e como uma melhor amiga,me abraçou.
Eu senti que ela queria me ajudar,mas não sabia como. Então,ficou em silêncio,e deixou que apenas as minhas lágrimas molhasse a sua blusa.
Chorei até a última gota. Tomei um banho bem quente e me deitei. Adormeci com ela mexendo nos meus cabelos.

Quando eu acordei,dei de cara com um lindo buquê de rosas vermelhas. Ele estava encima da minha cômoda,e ao lado dele,havia um pequeno bilhete.
Peguei uma rosa e inalei aquele perfume doce e suave. Suspirei e deixei uma lágrima cair.
Eu não queria que as coisas fossem desse jeito. Eu sei que ele deve ter ficado com ciúmes,isso é normal.
Mas o jeito que ele agiu,pegando no meu braço como se eu fosse uma propriedade que ele pode mandar e desmanda. A agressividade dele,me fez ficar com muito medo. Eu só queria entender o porque de tudo aquilo.

Peguei o bilhete e respirei bem fundo.

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Amor,eu não sei nem por onde começar.Eu fui um babaca da pior espécie. Te tratei da pior maneira possível,e ainda,te julguei mal. Não acreditei nas suas palavras e preferi agir por impulso.
Sei que você deve estar me odiando neste momento. Mas me deixe explicar,tenho certeza que você vai me entender...

Me encontre na praça perto da pista de skate as 7:00.
Se você não for,eu vou respeitar a sua escolha. Mas pelo menos,me escuta. Depois você pensa no que fazer.

Com amor,Diego.
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Fechei o bilhete e chorei.
No fundo,eu sabia que ele estava arrependido. E que o que aconteceu no parque,foi algo de momento. Onde o ciúmes falou mais alto que a razão.

Mas o problema,é que eu não posso simplesmente perdoar,pegar uma borracha e apagar da minha mente o modo como ele falou comigo,a maneira que ele agiu,porque mesmo que eu apague está tudo gravado na minha cabeça.
E sempre que possível,vai aparecer pra me atormentar. E me fazer lembrar desse pequeno engano.

A porta é aberta,e eu consigo ver a minha prima.

- E aí,como você tá ? - Ela carregava uma bandeija com o café da manhã.

- Péssima. - Sentei na cama. - Ele me mandou as rosas e o bilhete. - Comentei.

- É,eu vi... - Minha prima colocou a bandeira perto das rosas e se sentou ao meu lado. - O que você vai fazer ?

- Eu não sei,ele me chamou para conversar no parque. - Peguei um pedaço de pão e comecei a mordiscar. - O que você acha que eu devo fazer ?

- Eu adoraria poder te dar essa resposta,mas isso,só você vai ser capaz de responder. - Tirou o pão das minhas mãos,e segurou ambas. - Cabe a você decidir se vai conversar com ele ou não. Se vai perdoar ou não.
Eu não posso me intrometer.

- Se fosse com você. O que você faria ? - Mordi meu lábio nervosa.

- Eu não sei. Mas tentaria resolver da melhor maneira possível.

- Obrigada... Eu Te Amo ! - Abracei ela.

- Não mais que eu. - Disse sorrindo.

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Durante a tarde toda,eu pensei no que fazer. Refleti e cheguei a conclusão de que devia ir ao parque ter uma conversa com ele. Podia até ser que eu me arrependese depois,mas pelo menos eu iria dar uma chance de se explicar.

Coloquei um shorts jeans,uma blusa branca e uma jaqueta amarela. Peguei o meu celular e a minha bolsa.

No caminho,eu coloquei os meus fones de ouvido. Tentei manter a calma através da música que tocava no radio. Observei como tudo parecia calmo,as pessoas caminhando pelo calçadão,os vendedores abrindo suas lojas,as crianças correndo pra lá e pra cá.
Um dia como qualquer outro.