XXII - Capítulo

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Eu agora me encontrava sentada em uma arquibancada cheia de alunos eufóricos pelo jogo que acontecia na quadra de futebol.No total, eram três times. O time da minha sala, onde o André jogava como atacante. Outro time de outra sala, que perdia de virada do meu time. E por fim, o time do Diego.

O time da sala dele já se alongava na lateral da quadra. Mas ele, ainda não havia dado as caras. Inspecionei a arquibancada toda em busca do seu rosto, mas não o encontrei em lugar nenhum. Comecei a ficar impaciente, e antes que eu pudesse formular alguma besteira na cabeça,ele apareceu.
Olhava para o chão, e vestia um uniforme da cor vermelha acompanhado de uma chuteira azul. Caminhou sem pressa até o seu time e cumprimentou cada integrante. Antes de começar a se alongar varreu os olhos pela quadra até parar nos meus. Me olhou e voltou a baixar os olhos. Era possível ver a mágoa estampada no seu rosto.

Arfei e desviei os meus olhos. Eu não podia voltar atrás da minha decisão. Precisava seguir com os meus planos e deixar o passado para trás, mesmo que ele insiste em querer ficar.

- Passa

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- Passa...isso, agora corre...corre...corre mais rápido...vai, vai...isso, isso...goooooooooooool ! - Isa gritou e me abraçou. Ela já estava ficando sem voz de tanto que gritava.
Enquanto eu, ficava torcendo e vibrando em silêncio.

Triiiiiiiii...

O juiz apitou o fim do jogo.

O meu time ganhou a partida e com isso, levou a torcida inteira a loucura. Meu melhor amigo correu na nossa direção para comemorar, e antes que pudesse fazer qualquer coisa minha amiga já o abraçava forte, sem se importar com as gotas de suor que mancharam o seu vestido.
No comeco o André ficou sem reação,mas logo deixou a vergonha de lado e aproveitou para prolongar ainda mais o abraço.

Eles pensam que me enganam...

- Então, será que eu posso abraçar o meu amigo ? - Provoquei e rapidamente os dois se soltaram. Meu amigo coçou a nuca e a minha amiga alisou o vestido.

Era engraçado ver os dois constrangidos.

Abracei o meu amigo, parabenizando pelo jogo. Foi um abraço rápido. Mais não rápido o suficiente para que Diego não notasse. Ele notou e o seu semblante mudou, de devastado para irritado. Observei os seus punhos se fecharem, e os seus dedos ficarem brancos, tamanha era a força que ele fazia.

O juiz chamou os capitães de cada time. André tomou um copo de água e caminhou até o centro da quadra.
Do lado oposto, o time do Diego debatia para decidir quem seria o capitão. O tempo foi passando e nada do capitão aparecer. O juiz começou a ficar impaciente. E depois, de vários minutos, ele surgiu. A única diferença agora, era um bracelete no braço com o logo do time estampado.

Ele caminhou de cabeça baixa até o centro da quadra,e conversou com o arbrito. Depois, no cara ou coroa, optou por ficar com a bola.

Me diga - ( EM ANDAMENTO) Onde histórias criam vida. Descubra agora