Capítulo I

64 4 0
                                    

Will sempre ficava até tarde na empresa, mas como hoje teria uma reunião de negócios no horário do almoço, resolveu sair mais cedo. Foi caminhando até o restaurante onde encontraria com o Lucke, pois o local ficava perto e ele queria pegar um pouco de ar fresco.
Chegando ao encontro, Clarissa levou-a à mesa onde Lucke, seu sócio, estava e pediu para esperarem a garçonete chegar.
- Bom dia, Lucke.
- Bom dia, William.
Lucke era um homem gordo e bastante humorado, porém hoje estava bem sério.
- Algo aconteceu que eu não estou sabendo?
- Sim. Eu vim lhe...
- Olá, com licença. Gostariam de pedir algo?
A garçonete que foi  atender-lhes era a mulher mais bonita que ele já vira na vida. Cabelos castanhos e olhos verdes, tinha um sorriso encantador. Logo de cara ele não havia percebido que estava com a boca aberta desde o momento que Mary chegou a mesa, mas Lucke percebeu e falou:
- Hum... sim, vou querer uma água. E você, Will?
- ...
- Will?
- Ãh??? Ah, claro, claro... hum... Eu fico com torta de amora, por favor.
- Claro, voltarei logo.
-Então, como eu falava, William. Eu vim lhe avisar que venderei minha parte da empresa.
- Como assim? Você vai sair da empresa e não me avisou nada?
- Bom, estou avisando agora, não é? E além do mais, irei para um ramo melhor que a arquitetura.
- E qual seria esse ramo? Posso saber?
- Claro. Irei trabalhar com o seu pai na loja de Jóias.
- Com o meu pai?
- Sim, Will. Com o seu pai, já que você não seguirá o ramo do tio Jonas, eu seguirei e garantirei que a loja ficará em boas mãos.
- Mas, Lucke. Quem cuidará da empresa na Califórnia?
- Isso eu já não sei, isso agora é problema só seu. E minha parte de te avisar eu já fiz.
- Lucke, você não pode me deixar na mão desse jeito. Você pelo menos já tem quem comprar?
- Bom, Will. Você tem que aprender que nem tudo é do jeito que gostaríamos que fosse. Adeus.
Ficou sentado vendo Lucke sair sem mais uma palavra.
- Aqui está a sua torta... e a água do seu amigo, mas cadê ele?
- Já foi. Pode deixar que eu mesmo pagarei. Obrigado... ãh - vendo o crachá da moça - Mary.
- Por nada... senhor?
- Will.
- Senhor Will.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Quando Mary foi para outra mesa anotar outro pedido, Will continuou observando-a. Ela era bastante atraente, e pelo jeito que encarava-a de volta, parece que pensava o mesmo dele. Mas assim como Lucke falara "nem tudo é do jeito que gostaríamos que fosse".

Projetos do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora