Capítulo XX

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Will não conseguia acreditar que estava dentro do avião com seus filhos indo de volta para Nova York. Daniele havia partido um dia depois da sua revelação, fora ao encontro do Matthew, na Austrália.

William não sabia se poderia acreditar na Dani quando ela fizera a promessa que de três em três meses ela iria ver a pequena Violet, mas não iria se preocupar com isso por hora. Estava feliz que finalmente voltaria para seu verdadeiro lar.

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Tudo voltava ao normal de pouco a pouco para Mary. George estava começando a se adaptar a rotina hospitalar e de quando em quando ele até se sentia esperançoso que as coisas poderiam melhorar. Mary, há alguns dias atrás, começou a aceitar o dinheiro que Will lhe oferecia e isso estava ajudando bastante no tratamento do seu menino.

Ela sabia que a doença não tinha cura, mas o quanto adiasse a morte do George melhor seria. O pai do garoto abandonara ela de uma vez por todas, não queria ficar gastando dinheiro com "coisas bestas" como ele mesmo havia dito, e decidira viajar para o mais longe possível. O que Mary gostou, pois ela nunca havia precisado dele, nem mesmo quando estavam casados.

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Will não esperava a hora de poder ver Mary. Não sabia o que iria lhe dizer assim que se vissem, resolveu deixar as palavras saírem no calor do momento. Estava com muitas saudades, não só dela, mas também do pequeno George, que, na cabeça dele, já era como um filho.

Assim que chegou em casa e colocou tudo em ordem, resolveu fazer uma surpresa para Mary. Chamou Gustav e Violet, mandou eles se arrumarem pois iriam sair. A caminho da casa de Mary, passaram em um pequeno mercadinho e comprou alguns lanches, doces e sucos; passou também em uma floricultura, comprou um buquê de rosas para sua amada e, enfim, seguiram para o apartamento de Mary.

Durante o trajeto, Will ficou passando em sua cabeça as cenas que já passou com Mary. Ficava nervosa a cada esquina que virava, suas mãos suavam e toda vez que Gustav lhe perguntava se ele estava bem, ele gaguejava e murmurava um "sim" como resposta.

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Mary havia passado o dia todo no hospital e resolveu ir em casa tomar um banho, enquanto Lett ficava com George no hospital. Ele havia piorado na noite anterior e, por esse motivo, tinha que ficar em observação hospitalar, seu médico tinha lhe dito que, provavelmente, na manhã seguinte ele teria alta, o que deixou Mary menos preocupada.

Saindo do banho, ela ouviu a campainha tocando, foi até a porta e olhando no olho mágico, seu coração disparou... Will. Mas ele não estava em Londres? O que ele estava fazendo ali, em sua porta? Por que ele não ligou avisando que voltaria? Com o coração apertado, abriu a porta.

- Oi, Will.

Ela falou, com uma mão segurando a toalha e a outra a maçaneta, pois não queria demonstrar seu nervosismo.

- Ahn... Oi Mary. 

Entregando-lhe um buquê de rosas, ele continuou:

- Lhe trouxe essas rosas... e eu trouxe uns lanchinhos também... eu, o Gustav e a Violet.

Foi aí que Mary olhou para baixo e viu os dois meninos parados atrás do pai. Gustav murmurou um "Oi, tia Mary", enquanto Violet apenas abriu um sorriso. Mary percebeu o quanto Violet era parecida com Will, os olhos, o cabelo, e até o jeito de se expressar.

- Ah, olá crianças. Bem... vamos entrando. Acabei de sair do banho, tenho que ir ao hospital, George está em observação... só vim tomar um banho, sabe.

- Ahn... certo. Podemos ir com você, então?

Will perguntou com uma pontada de esperança na voz. Além de querer ver muito o George, queria estar ao lado da Mary nessas horas. Queria demonstrar apoio a mulher que amava.

- Hum... é, pode ser. Vou só me trocar, um minuto.

Enquanto Mary se trocava, Will resolveu ir para o carro esperar. Alguns minutos depois, Mary sentou desajeitadamente no banco ao lado do motorista, com um pouco de vergonha.

- Sua filha é muito bonita. - Disse ela com um breve sorriso de lado.

- Obrigado... Ela vai gostar muito de conhecer o George.

- Aposto que sim. Mas ele está muito fraco, então provavelmente estará indisposto.

Após alguns minutos, eles chegaram no hospital e, enquanto Will estacionava, Mary levou as crianças para o quarto do filho. Quando Will chegou ao quarto 126, George já estava sendo colocado em uma cadeira de rodas por um enfermeiro, pois iria ganhar alta.

- WILL!!! - Gritou George de alegria quando viu Will parado junto a porta.

- Eai, campeão. Como é bom te ver. Estava com tantas saudades. - Disse Will, pegando o menino no colo, em seguida, colocando-o novamente na cadeira.

Depois de muita comemoração e conversa, Will voltou para sua casa com as crianças, prometendo a Mary que voltaria.



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⏰ Última atualização: Apr 27, 2017 ⏰

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