Capítulo IV

58 3 2
                                    

Mary

- Garota, que dia foi esse hein?!
Conversava com minha amiga, Lett, enquanto descansavamos sentada no sofá de casa.
- Foi bem agitado mesmo, não parava de chegar cliente. Mal comecei e já estou gostando.
- Então... falando em cliente, o que você achou do Sr. Wrigth?
- Eu não tenho que achar nada.
- É claro que tem - disse Lett dando um empurrãozinho de leve no meu braço - Até parece que você não viu o jeito como ele te olhava.
- Não, não vi. E além do mais ele é um cliente, não posso me envolver.
Querendo sair do assunto, resolvi me levantar para ver como estava meu filho.
- Vou ver meu pequeno, espera aí.
- Hum... - disse Lett, sabendo que estava fugindo do assunto - ver seu pequeno, né? Tá bom então, vai lá... e não demora, se não eu vou embora.
Fui até o quarto do George e vi que ele estava mexendo no computador. Vendo que já passará das 23:30 fui arrumar a cama do George.
- Filho, está na hora de dormir.
- Só mais uma partida, mãe. Rapidinho.
- Não, George. Como você quer acordar amanhã cedo parar ir ao parque?
- Nós vamos ao parque? - George pulou de alegria e vindo em minha direção, abraçou-me
- Claro que vamos, desde quando ao sábados faltamos aos passeios?
- Achei que depois que você se separou do pai nós não iríamos mais.
- Claro que não, meu filho. Eu e seu pai nos separamos mas a tradição continua. - disse abraçando-o - agora vai escovar os dentes e vem deitar.
- Tá bom. Boa noite, mãe.
- Boa noite, meu pequeno. - eu disse, dando-lhe um beijo na testa.

~~~~~~~~~~~~~~~
Will

Como todos os sábados,  acordei às 6:00, fiz minha corrida e tomei banho, mas em vez de ir para casa dos meus pais, esse sábado resolvi inovar e fazer algo diferente.
- Bom dia. - disse uma mulher ao telefone.
- Laís? Aqui é o Will. O Gustav já acordou?
- Ah, bom dia senhor Will. Sim, o pequeno Gustav já está de pé. Quer que eu vá chama-lo?
- Sim. Obrigado.
- Não tem de quê. Com licença.
Esperei alguns minutinhos na linha enquanto o Gustav não atendia.
- Alô.
Quando ouvi a voz do Gustav, fiquei animado automaticamente.
- Oie, Gustav. É o Will.
- Oi Will. - disse alegremente. - Tudo bem?
- Sim, sim. Eu liguei para saber se você gostaria de me ajudar a levar o Max ao parque. Ele ainda é um filhote, então acho que você iria gostar de brincar com ele.
- É claro que eu vou. Você vai passar aqui agora?
- Em dez minutos eu chego aí então. Tchau.
- Tchau.

~~~~~~~~~~~~~~~
Mary

- George, você já está pronto?
- Calma, mãe. Estou calçando meu tênis.
Acordei com bom humor naquele dia e sabia que iria gostar desse sábado, pois seria o primeiro em anos que passaria apenas eu e George. Sabia que, provavelmente, o meu ex marido, Laric, estaria no parque também, mas prometera ao George que o levaria e assim faria.
- Venha George, vamos. Quero achar pelo menos uma sombra para colocarmos nossas coisas para aproveitarmos o nosso piquenique.
Quase batendo à porta nas costas do filho, tranquei rapidamente, porque sabia que, atrasasse-mos, não sobraria uma sombra e nós poderíamos aproveitar o dia.

~~~~~~~~~~~~~~~
Will

- Deixa eu levar a coleira dele agora?
- Claro, deixo sim.
Divertia-me bastante com o Gustav ao meu lado. No caminho de ida ao parque, o Gustav não parara de falar, assim eu percebera que ele também estava bastante animado.
- Olha um banco ali, Gustav. - disse, apontando com o dedo - Vou sentar enquanto você brinca com o Max.
- Tá ok.

~~~~~~~~~~~~~~~
Mary

- Achou uma sombra, George?
- Ainda não, mãe. Quando eu achar eu te falo.
- Tá bom.
Eu gostava da companhia do meu filho, mas estava bem cansada e muito suada de tanto andarem à procura de uma boa árvore que nos dessem sombra.
- Olha, vamos fazer assim, eu sento naquele banco - apontei, mostrando ao George - enquanto você procura uma sombra. Se achar, é só vim e me chamar.
- Ahr... tá bom, então.

Projetos do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora