Capítulo XII

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Will entrou no restaurante sem entender nada do que estava acontecendo. Isabel estava lá, encarando ele, a impressão era que estava com vergonha, mas de quê, Will não sabia.
Foi até Mary e lhe deu um beijo, comprimentou Lett e, só por educação, comprimentou Isabel também.
- Olá, garotas. Aqui, amor.
Will entregou as chaves para Mary e, olhando Isabel, percebeu que ela fez cara de nervosa.
- O senhor vai querer algo? - Lett perguntou.
- Me traga uma água.
- Um minuto.
Lett saiu deixando Will com Mary e Isabel.
- Então, posso saber o que estavam conversando?
- Ah, claro meu bem. A Isabel estava perguntando se nós estamos juntos.
Will abraçou Mary e falou olhando para Isabel.
- Sim. Estamos juntos. Tem algum problema pra você?
- N- não, não. Não tenho o porquê de saber, não é mesmo. Não sou nada sua, sou apenas mãe do seu filho.
- Ah, aliás, o Gus disse que não quer lhe conhecer.
- Como assim não quer me conhecer? Eu sou a mãe dele e tenho o direito de conversar com ele.
- Bom, eu falei com ele, Isabel. Ele disse que não quer conversar ou conhecê-la... disse que Mary é a sua mãe.
- Isso é um absurdo. Eu exijo conhecer meu filho.
Lett, que estava chegando com a água, olhou contente para Mary, pois ouvira a conversa. Mary, no entanto, estava vermelha de tanta vergonha e não parava de encarar a parede.
- Você ouviu, Mary. O Gus disse que você é a mãe dele.
- Bom. Caso você se converta para o judaísmo.
- O-o quê? Me converter?? Will, não posso.
- É claro que não pode. Viu, meu amor, essa mulher não lhe merece. - Isabel falou passando a mão pelo rosto do Will, tentando, em vão, acaricia-lo, pois Will já estava se afastando.
- Sim, eu ouvi. Mas isso só tem interesse a mim e a Mary. Então, por favor, fique em silêncio, Isabel.
- Mas, meu amor, como vamos nos casar?
- Casar? Will, você não acha que está cedo demais para começarmos a pensar em casamento não?
- Olha aí, Will. Essa daí só quer seu dinheiro. - Isabel começou a andar na direção de Will, que se afastava olhando incrédulo para Mary. - Você tem que ficar só comigo.
- Sai fora, Isabel. - olhando para Mary, ele disse - pensa bem e depois conversamos, ok? Eu estou atrasado, tenho que ir pra empresa.
Will deu um beijo em Mary e saiu.
- Ai ai. Já vi tudo, você, a pobre garçonete, está tão desesperada que o primeiro homem que apareceu com dinheiro foi atrás.
- Olha aqui, Isabel. - Mary estava bastante nervosa. Não acreditava que Will havia humilhado ela logo na frente dessa mulher. - O quê eu faço ou não da minha vida é problema meu. E eu não estou nem um pouco interessada no dinheiro do Will. Pra mim tanto faz como tanto fez. Agora, me dê licença que, diferente de você, eu trabalho.
Isabel ficou olhando, furiosamente, para Mary, enquanto essa trabalhava.
"Aposto que se Will fosse um pobre qualquer, ela nem iria olhar para ele. Interesseira, é isso que ela é. Diferentemente de mim, que o amo de verdade e quero voltar para reconstruirmos nossa família."

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Assim que Will chegou no seu escritório, ele se jogou na cadeira, percebendo que esses dias foram bastante corridos e bem cansativos.
Ele pensava em como iria fazer para conseguir Mary mudar de ideia, e converter-se. Sabia que tinha falado aquilo no calor, quem sabe raiva, do momento. Não estava preparado para se casar, não ainda. É claro que Mary teria que aceitar sua religião, pois sabia que seus pais não permitiriam que ele próprio trocaria. Mas qual argumento ele usaria, isso ele não sabia.
Estava tão concentrado em seus pensamentos que não ouviu o telefone tocar. Sentiu-lhe alguém batendo em seu ombro de leve e, levando um susto, ele falou:
- O-oi, Diana.
- Ur... desculpe, Sr. Will. É que eu estava tentando falar com o senhor no telefone, mas o senhor não atendeu.
- Ah, sim. Então diga.
- O Sr. Jhordan ligou. Disse que é assunto importante é pediu que o senhor ligasse o mais rápido possível.
- Claro. Obrigado, Diana.
- Com licença.
Diana saiu da sala, fechando a porta atrás de si e deixando Will sozinho apenas com seus pensamentos.

Ligação on:
- Jhordan?
- Will?
- Isso.
- Amigão, a quanto tempo, hein?!
- Pois é. É que eu tenho andado um pouco ocupado ultimamente. Então, o que manda?
- Quero saber se você pode fazer um projeto para minha empresa.
- É claro que sim, Jhordan. Que dia podemos nos ver para conversarmos melhor?
- Então, eu não vou poder ir esses dias aí porque estou preparando meu casamento.
- Como assim meu melhor amigo vai se casar e eu não estou sabendo de nada?
- Eu sei que não lhe contei. Mas tenho meus motivos.
- E quais são?
- Você iria ficar falando que eu estou fazendo a maior burrada da minha vida e essas coisas.
- Pois saiba meu amigo, que você está totalmente enganado. Até eu estou pensando em me casar.
- O quê??? O coração do garanhão e galinha do William Wright foi fisgado?
- Sim. E posso lhe confirmar, estou completamente apaixonado.
- E posso saber quem é?
- Você não conhece. Terá que vir aqui.
- Ou você pode traze-la com você para o meu casamento, sim?
- Boa ideia. E que dia vai ser?
- Mês que vem. Lhe mandarei o convite.
- Certo... Mas falando do assunto que você me ligou, como ficaremos?
- No casamento nós conversamos. Mas... tem uma coisa. E acho que você não gostará nem um pouco disso.
- E qual é a coisa?
- Você terá que ficar aqui.
- Ah... isso não é problema. Alguns meses aí não vai me fazer mal. Estou mesmo precisando sair um pouco do país, e Londres é uma ótima ideia.
- Will... acontece que não são alguns meses... é por um ano inteiro.

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Quero agradecer as poucas pessoas que estão lendo até aqui. Se estiverem gostando, deixe seu voto, se não estiver, manda comentários falando o que gostaria que mudasse ou acrescentasse.

Quero avisar também que a partir dessa semana postarei toda segunda e toda quinta.

Obrigada por continuarem lendo :) <3

Outra coisa: estou começando a escrever outro livros chamado "Antes Que o Mundo Acabe". Quando estiver pronto, começarei a postar e aviso vocês. ;)

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