Capítulo XVIII

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Se passara um ano desde o nascimento da pequena Violet. Daniele estava cada vez mais focada em sua conversão para o judaismo, já estava nas etapas finais e em menos de cinco meses ela e Will estariam casados.

A parte mais difícil para Daniele na conversão foi estudar o Halachá, que são as leis judaicas. Daniele já havia passado por um tipo de teste onde a Corte judaica, chamada de Beit Din, o perguntaram sobre a aderência ao Halachá, achava que foi bem. Sendo assim, no dia seguinte ela seria mergulhada no Mikveh, um banho para purifica-la, e logo em seguida faria a circuncisão.

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4 meses depois...

Faltava apenas uma semana para Will dizer sim à mãe da sua filha. Ele estava deitado em sua cama, pensando em como iria sa casar com uma mulher que não amava. Como iria beija-la com desejo ou até mesmo, como iria fazer amor com uma pessoa ao qual ele não sentia amor.
Havia se passado mais de um ano e, por mais que ele ainda não tinha notícias da Mary, ele não parava de pensar nela.

Violet entrou em seu quarto o tirando do transe.
- Papa. Quelo subi. - disse ela apontando o pequeno dedinho para a grande cama de casal que ocupava o centro do quarto.
- Claro, querida.
Will pegou a criança em sua cintura e a puxou para cima da cama.
- Cando a mama vem?
- Semana que vem, meu amor.
- E poque ela se foi?
- Ela não se foi, querida. Ela está na casa dos seus avós...
Não deixando o pai terminar, ela perguntou:
- Poque?
- Porque semana que vem nós vamos nos casar e para isso sua mamãe e eu não podemos nos ver por uma semana.
- Poque?
- Porque é tradição do casamento judaico, Violet. Agora chega de perguntas, hora de bebê tomar banho para nana.
- Eu não quelo tomar banho e eu não sou neném, sou uma molça clecida.
- Uma moça crecida, é? Então Jully não precisa mais te dar banho, não é? E papai não precisa mais ler pra Violet dormir.
- Tô blincando, papa. Sou cliancinha ainda.
- Então já pro banho, minha princesa.

Depois de Jully ter dado um banho em Violet, Will foi ler para fazê-la dormir. Queria estar presente em sua vida como não pôde estar na do Gustav. Queria demostrar pra Violet o quanto a amava e que, independente do que aconteceria dali para frente, ele nunca desistiria dela nem do irmão.

Ele escolheu A bela e a fera para ler para Violet.
- ... e eles viveram felizes para sempre. Fim.
- Já?
- Sim. Agora vai dormir, ok?
- Tá.
- Boa noite, minha Bela.
- Bá noiti, papa.

Will deitou em sua cama pensando no rumo que sua vida levara. Em menos de dois anos muitas coisas aconteceram e aconteceriam. Não estava nervoso para o casamento. Nunca havia gostado da tradição de ficar uma semana sem ver a noiva antes do casório, mas agora que ele estava vivendo esse momento, estava gostando. Não por ser da tradição e sim por ser com Daniele.

- Papa.
- Violet? Você não estava dormindo?
- Não consigui. A fela vai vim mi cumer.
- Oh, minha pequena. Não vai não, é só uma história.
- Dexa eu dulmir aqui?
- Claro, minha princesa.
Will se levantou para ajudar sua filha a subir na cama.
- Pronto. Agora que o papai tá aqui eu não vou deixar ninguém te pegar.
Ele olhou para a pequena menina que estava ao seu lado e deu-lhe um beijo na sua testinha. Ela já tinha pegado no sono.
- Nunca vou te perder, minha filha. Nunca.

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A semana de Will foi bastante tranquila, alguns projetos terminados e poucos que estava sendo inicializados. Ele viveu uma ótima semana desntro de casa, não sabia como seria ser pai de uma menina, mas estava adorando a experiencia.
Daniele ia toda manhã ver Violet, horário esse que ele não estava em casa.

Sábado havia chegado, e com ele veio a Primavera, o que deixaria o casamento muito mais bonito. Gustav veio do Internato no dia anterior, estava animado com o casamento e não parava quieto em um canto, corria sem parar de tanta animação que estava.
No casamento judaico, os noivos tem que ficar do pôr do Sol até o fim da cerimônia sem comer, pois assim purificada o corpo e a alma.
E quando os pais do Will chegaram na manhã de sábado e não paravam de repetir: "coma tudo o que tem vontade por agora,Will. Pois a partir do pôr do Sol você não poderá comer mais nada" ou "quando sua barriga começar a roncar no meio da cerimônia, não vai dizer que não o avisei".

A tenda com o Chuppah - tipo de tenda ao qual se usa nos casamentos judaicos - estava montada no grande Jardim da mansão. Havia no máximo 200 cadeiras, 100 de cada lado, onde os convidados se sentariam. Em frente ao Chuppah havia dois buquês de rosas vermelhas, assim como em todos os lados da tenda. Um tapete vermelho passava ao meio das cadeiras fazendo com que chamasse atenção, pois todo o restante estava de branco.

Todos os convidados haviam chegados, muitos deles não era judeus e sim, católicos. Os homens judeus seguiam a tradição e todos usavam seu quipá. Como pedido, os quipás dos convidados eram azuis, enquanto que o do Will seria branco.

Will estava ao lado da tenda sa preparando para antrar. Os convidados já estavam todos postos em seus lugares e o rabino esperava na frente para começarem.
Como tradição, antes dele entrar, Daniele foi até ele e lhe entregou um talit - xalé de orações - e ele lhe entregou um par de castiçais.

Will usava um smoking preto e por cima usava um kitel, que lembrava uma mortalha.
Estava nervoso quando seu pai pegou sua mão direita e sua mãe, a esquerda e foram andando até o chuppah. Comprimentou o rabino Moisés e virou-se para frente, esperando, assim, sua noiva.
Os convidados se levantaram e olharam, assim como ele, para a bela mulher que havia na entrada da tenda.

Daniele estava com um longo vestido branco, com mangas compridas e rendadas. O vestido brilhava fazendo Will olha-la ainda mais.
Os pais dela estava ao seu lado sorrindo e acenando para alguns conhecidos que haviam ali.
Daniele segurava às lágrimas que insistiam em cair, sentindo que a única vez que estivera tão feliz assim foi quando sua filha nasceu.
Chegando à frente do chuppah, seu pai entregou-lhe a Will.
Will comprimentou seus futuros sogros e olhou para sua futura esposa.
- Você está linda.
- Obrigada.
Will deu um beijo na testa da Daniele e em seguida abaixou seu véu cobrindo-lhe o rosto, assim como manda a tradição.
Eles entraram de mãos dadas ao chuppah. Em seguida, Daniele e seus pais deram sete voltas ao redor do Will, pois segundo a tradição, significa os sete dias que D'us criou o mundo. Terminando, ela se colocou ao lado direito dele, simbolizando assim que sempre estaria ao seu lado.

Moisés falou muitas coisas bonitas, disse-lhes para terem respeito um com o outro e serem leais.
Gustav e Violet entraram com suas alianças logo em seguida, fazendo cair uma lágrima do olho do Will, pois ele havia se emocionado vendo seus filhos apoiarem essa união.
Will pegou a aliança da sua noiva e quando Moisés falou "fique à vontade", ele disse enquanto colocava:
- Com este anel, tu és consagrada a mim conforme a lei de Moisés e Israel.
Logo em seguida, Daniele, chorando, colocou sua aliança.

A cerimônia já estava chegando ao fim.
- Agora o noivo vai quebrar o copo com seu pé direito para simbolizar a queda da muralha de Israel.
Todos os convidados gritaram "Aêêh", quando Will, enfim, pisou firmeno copo que estava abaixo do seu pé.

-Eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.
Will tirou o véu da sua nova esposa e beijou-lhe o rosto em forma de respeito.

Já saindo da tenda, os convidados jogaram arroz e gritaram "Mazel Tov" que quer dizer "Boa sorte".

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Olá, meu amores.
Bom, como prometido, o casamento saiu (aêh kkk). Como o capítulo ficou maior que o esperado, a reaparição da Mary sairá na segunda parte deste capítulo.
Bjocas <3

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