Capítulo XVII

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Quatro meses depois, a barriga de Daniele já havia crescido um pouco, e em dois dias descobririam o sexo do bebê.

Assim como Will, Daniele não estava tão animada para o casório. Eles estavam ansiosos pela chegada da criança, mas não para trocarem votos. Eles não se amavam.

Daniele tivera que se converter. Os pais dela ficaram furiosos, porém Will disse que só se casaria se ela fosse Judia. E assim foi.
Jonas e Rute estavam ansiosos pelo segundo neto e também por "Will finalmente ter tomado vergonha na cara e ter decidido se casar", principalmente por não ser com Mary.

Já se fazia 4 meses e 2 semanas que Will e Mary haviam conversado e mesmo assim Will não conseguia parar de pensar nela. Pensava em como seus cabelos eram macios ao seu toque, em como suas bocas se encaixavam perfeitamente, diferentemente da dele com Daniele. Imaginava se um dia esse pesadelo todo acabaria e ele e Mary ficariam juntos. Provavelmente não, já que ela, pensou ele, não queria mais conversa.

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Will estava em seu carro indo pegar a sua noiva para fazerem a ultrassom.

- Bom dia, Dani. - pegando na barriga - Bom dia, filho.
- Bom dia, Will. - ela deu um celinho nele e ele deu partida em seu carro.

Chegaram no consultório dez minutos artrasados para a consulta, pois o trânsito não estava lá muito bom.
- Bom dia. Viemos para a ultrassonografia.
- Bom dia. Nomes, por favor.
- William Wright e Daniele Dinner.
- Um minuto.
A secretária olhava em seu computador concentradamente.
- Aqui. Espere um minuto que eu vou falar com a Dra. que vocês chegaram.
Will e Daniele sentaram em umas poltronas que haviam na sala de espera enquanto a moça ia até a sala ao lado.
- Prontinho. Ela mandou vocês entrarem.

- Bom dia. - a Dra. Muller era uma mulher jovem e alegre. Sempre sorrindo.
- Bom dia, doutora.
- Como vai nosso lindo bebê?
- Vai bem.
- Daniele, deita na maca, por favor.
Daniele obedeceu e uns minutos depois a médica já passava o transdutor pela sua barriga.
- Então doutora? O que será?
- O senhor está nervoso, papai?
- Muito. Quero saber logo o sexo do meu filho.
- O senhor quer o que?
- Por mim tanto faz. Vou ama-lo de qualquer maneira.
Daniele não falava nada, apenas ficava observando a imagem de um pequeno ser humano pelo monitor.
- E aí?
- Bom...- a doutora tentava fazer um pequeno suspense, mas como viu que não estava ajudando, ela falou - Parabéns, é uma menina.
Will começou a chorar de emoção. Não acreditava que teria uma princesa, uma linda princesinha.

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5 meses depois...

- Gustav, quero lhe apresentar sua irmã, Violet.
Will levara Gus para conhecer a irmã no hospital. Daniele estava descansando como os olhos fechados, porém ouvia tudo.
- Posso pegar?
- Claro. Sente-se ali que eu colocarei ela em seu colo.
Will pegou Violet num pequeno berço que havia ao lado da maca e colocou-a sobre os bracinhos do Gustav.
- Ela é fofinha, papai.
Will deu uma risada e disse:
- Sim, é mesmo. Ela se parece comigo, não é?
- Não. Ela se parece com a tia Dani.
Will fez um biquinho como se ficasse chateado e Gustav começou a sorrir. Depois disso eles deixaram Violet e Daniele descansando e foram para casa tomar um banho.

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Daniele permaneceu no hospital por mais dois dias e foi liberada.
Ela e Violet foram bem recebidas ao seu novo lar por Jully. Will deixou-a descansar enquanto ele trabalhava e Gustav voltou para o Internato.

Alguns meses depois, Daniele já havia se acostumado com sua rotina de mãe. Gostava de estar com a sua filha, mesmo quando ela ficava sobre os cuidados da babá, Jully.

- Will? Quando nós vamos nos casar?
Will teria uma grande reunião e estava se arrumando diante do espelho.
- Não sei. Para nos casarmos você terá que se converter... e isso demora de um a dois anos.
- O-o quê? - Daniele se levantou imediatamente da cama em que estivera deitada - você está brincando comigo.
- Não. Amanhã mesmo iremos na minha sinagoga falar com o rabino Moisés.
- Teremos que esperar todo esse tempo?
-Sim. Agora me deixe ir que já estou atrasado.
Will deu um beijo em Dani e foi para sua importante reunião.

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No outro dia, Will e Dani acordaram cedo para irem a sinagoga. Ela estava animada, havia se produzido e colocado um vestido curto, então Will disse:
- Você não pode sair assim.
- Assim como?
- Com essa roupa. A partir de agora você só deve usar blusas que cobrem seus ombros e seu colo e saias que escondem seus joelhos.
- Você só pode está de brincadeira comigo.
- Não. Agora vá se trocar, te esperarei aqui.
Daniele subiu novamente para seu quarto enquanto Will arrumava seu quipá em sua cabeça.
- Pronto.
Ela disse já descendo as escadas.
- Ótimo. Vamos.

Eles chegaram em menos de vinte minutos na sinagoga. O judaísmo que Will seguia era o Judaísmo Reformista, que não é tão rígido quanto aos outros e algumas regras não são iguais.

- Shalom, Moisés.
- Shalom, William.
Will e Daniele haviam chegados a sinagoga e estavam em um escritório onde ficava o Rabino Moisés.
- O que os trazem aqui?
- Bom... É que a minha noiva, Daniele, é católica e para nos casarmos ela irá se converter.
- William, você sabe que não é tão fácil assim e que irá demorar pelo menos um ano até que ela esteja pronta, não sabe?
- Sim, rabino.
- E sabe também que muitos rabinos não convertem apenas pelo noivado, certo?
- Sim, senhor.
- Pois bem, minha filha - Moisés direcionou a palavra à Daniele - Você quer isso?
- Sim, senhor.
- Pois bem, conversarei com o Conselho e lhe chamarei aqui novamente.
- Obrigada, senhor.

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Na manhã seguinte o rabino Moisés foi até a casa do Will para conversarem
- Shalom, William.
- Shalom, rabino. Sente-se, por favor.
Will levou Moisés até um sofá onde esse se acomodou.
- Bom, vou logo ao assunto... conversei com o Conselho e eles liberaram a moça para a conversão.
- Oh. Obrigado, rabino.
- Agora você sabe o próximo passo, certo?
- Sim, senhor.
- A jovem está aí?
- Claro, claro. JULLY - Will gritou o nome da babá que chegou imediatamente.
- Sim?
- Chame a Daniele, por favor... enquanto isso fique um pouco com a Violet.
- Claro, senhor. Com licença.

Daniele chegou poucos minutos depois e sentou-se se servindo de uma xícara de chá que havia em cima da mesa de centro.
- Shalom, Daniele.
- Shalom, rabino Moisés.
- Trago boas notícias. O Conselho aprovou seu pedido de conversão. Agora começaremos com a parte mais difícil, você quer mesmo isso?
- Sim, senhor.
- Certo. Irá demorar de um ano à dois, mas se você for muito dedicada a isso iremos fazer o mais rápido possível.
- Obrigada, rabino.

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Olá galera. Sei que demorei um pouquinho para esse capítulo sair, mas espero que tenham gostado dele.
Próximo capítulo tem a conversão da Daniele, o casamento e, finalmente, a Mary reaparecerá.
Bjos e amo vcs <3

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