Capítulo II

60 3 0
                                    

- George, acorda.
- Só mais cinco minutos, mãe.
- Não. Venha querido ou você se atrasará para a escola.
- Ah... - resmungando - tá bom.
Mary havia acordado bem cedo para preparar o café da manh. Estava ansiosa, pois começaria hoje no novo emprego, no Restaurante Qualy's.
Tinha se separado havia alguns meses e sempre ficava mudando de emprego desde então, pois nunca conseguia ficar mais de duas semanas em um só, já que o salário não era o suficiente para manter ela e o filho. Mas hoje ela sentia que o seu novo emprego lhe daria boas oportunidades e faria de tudo para se manter nesse, já que o salário era o bastante para sustentá-los.
- FILHO - chamou George, gritando - VOCÊ ESTÁ PRONTO?
- CALMA AÍ, JÁ ESTOU INDO.

~~~~~~~~~~~~~~~~

Deixando George na porta da escola seguiu para seu primeiro dia de trabalho, estava bem ansiosa e muito nervosa.
Chegando no restaurante, Clarissa, que era a recepcionista e filha do dono do restaurante foi mostrar-lhe o local e apresentou-a aos outros funcionários. Conheceu cada um dos quatros funcionários e ficou sabendo que o patrão só ia no restaurante de mês em mês, por esse motivo não o conheceria por um bom tempo.
Clarisse atribuiu-lhe o serviço de garçonete e lhe falou que ela limparia o estabelecimento todos os dias as 15:00, concordando, foi colocar o uniforme, pois o expediente começaria em poucos minutos.

~~~~~~~~~~~~~~~

- Mary, faça um favor aqui.
Saindo da cozinha foi até o local onde estava a chefe substituta, Clarissa.
- Sim, senhora?
- Aquele homem ali - mostrou-lhe Clarissa, indicando com a cabeça - se chama Lucke Junqueira. Ele é um homem muito importante, pois é sócio de uma grande empresa de arquitetura.
Vendo que Mary não falaria nada, ela continuou:
"Ele está esperando outro sócio muito mais importante que ele. Então para você começar bem o seu dia aqui, gostaria que você atendesse eles... e, por favor, dê o seu melhor."
- Sim, senhora.

Alguns minutos depois, Mary percebeu que o segundo homem, ao qual Clarissa tinha falado, havia chegado.
Era um homem alto, com uma pele bronzeada e cabelos castanhos escuros. 

- Olá, com licença. Gostariam de pedir algo?

Percebendo que o homem ao qual ela induzira a palavra não parava de olhá-la, ela deu um pequeno sorriso, pois este estava com a boca aberta.
- Hum... sim, vou querer uma água. E você, Will? - rindo, disse Lucke, ao qual ela se lembrava o nome.
- ...
- Will?
- Ãh??? Ah, claro, claro... hum... Eu fico com torta de amora, por favor.
Ouvindo a sua voz pela primeira vez, ficou um pouco nervosa, mas o motivo ainda não sabia.
- Claro, voltarei logo.

~~~~~~~~~~~~~~~

- Hum... olha só quem não parava de olhar pra você.
Voltando ao balcão para deixar os pedidos, Mary ouviu Lett, zombando da sua cara.
- Quem? - disfarçou, fingindo está pegando alguns talheres atrás do balcão.
- O Sr. Wigth.
- Ainda não sei quem é.
- Até parece que você não viu. Todo mundo viu... Ele até tava de boca aberta. - disse, sorrindo - Acho que a novata já estar roubando olhares do nosso melhor cliente.
- Ah, claro que não Lett. Deixa disso - respondeu, não conseguindo conter um pequeno sorriso que aparecia no canto dos seus lábios - vou atender outra mesa, porque se não a patroa já não vai gostar.
- Tá bom então, vai lá - disse Lett voltando para a cozinha.
Após alguns minutos atendendo algumas outras mesas, Mary percebeu que Lett chamava-lhe para pegar o pedido do Sr. Wight. Foi até o balcão, pegou a comida e a bebida, e ajeitando o cabelo, foi até a mesa.


- Aqui está a sua torta... e a água do seu amigo, mas cadê ele?
- Já foi. Pode deixar que eu mesmo pagarei. Obrigado... ãh - vendo o crachá da moça - Mary.
- Por nada... senhor?
- Will.
- Senhor Will.
Saindo, foi atender outras mesas, mas não parava de pensar no olhar do Will. Olhando de lado, percebeu que ele a olhava  diferente, como se tivesse desejo no olhar, sentiu suas mãos suarem imediatamente e seu estômago se remexer, como se algo estivesse dentro dele. Sabia o que isso significava mas ela não queria sentir algo assim por alguém, da última vez o homem a qual ela se envolvera  dizia ser uma coisa e era totalmente outra, vai que ela se enganaria novamente.
Sendo assim, fez o máximo para tirar o Will da cabeça e foquei apenas no seu trabalho, pois ela sabia que esse sim lhe daria sustento.

Projetos do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora