Capítulo 11 - Novo membro da sociedade

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O momento mais engraçado do dia foi à noite, quando Logan saiu do banheiro nu para pegar a toalha que havia esquecido na cama. Ele pensava que estávamos nas compras, já que Abady mencionou algo de relance para ele sobre isso. Entrou rapidamente de volta ao banheiro. Vanessa ficou ruborizada.

Ele não ficou envergonhado depois disso, claro, ele não era um humano. Mas pediu desculpas. Falei que isso acontecia nas melhores famílias.

Então, Abady resolveu mostrar uma coisa.

— Quero que vocês não se assustem com eles. São apenas seres extraordinários criados pelos Anjos Celestiais a fim de... Bem, vocês verão...

Ele deu uma espécie de assobio e o quarto ficou escuro, as luzes foram embora.

Conjurou algo em uma língua desconhecida.

Debaixo da cama principal, a de casal, luzes verdes emanaram em todas as direções e depois pararam. Vi de relance, duas mãos minúsculas em baixo da cama, foi quando as luzes das lâmpadas se acenderam novamente. Nada aconteceu. Fiquei olhando para a cama e para Abady esperando alguma resposta pelo acontecimento, mas nada.

— Podem sair, não fiquem com medo — Abady falava em direção à cama.

Três ou mais criaturas estranhas saíram de baixo da cama saltitando por todo o quarto, não dando a nós o discernimento de distinguir o que eram.

— Sem bagunça crianças! — Abady sorriu.

Vanessa se assustou e correu para perto de onde Logan estava.

Todos eles paralisaram no espaço e vi o que eram. Pareciam duendes de tão pequenos, com vestes brancas e uma espécie de varinha na mão, daquelas que bruxos usam em filmes e livros.

Não tinham mais de dez centímetros, e eram da cor de musgo, um verde bem escuro. Ao ouvirem a palavra criança que Abady falou, eles olharam para ele furtivamente. Seus olhos eram todos azuis, iguais a de humanos, narizes achatados e bocas enormes. Eram fofos de tão estranhos.

— Criança! Que criança nada! — um deles, o do meio, falou com uma voz infantil. Pelo parecer da questão, não gostou de ser chamado de criança.

— Crianças, duendes, ETs, como quiserem ser chamados. Sejam educados, temos visitas.

Os duendes olharam para nós, tive um pouco de medo.

— Olá! — disse um deles. — Qual seu nome? — perguntou, olhando para Eduh.

— Ah, E... Eduh.

O duende veio voando em direção à Eduh e apontou a varinha em sua cabeça, uma luz verde e tênue saiu girando da cabeça do meu amigo, indo a uma linha reta em relação à varinha do duende.

— Hum, astro da música, ou diretor de cinema. Legal... Hum... Deixa-me ver... Uau... Mente pervertida... Uau...

Eduh se afastou com medo e o duende também.

— Calma Eduh! — falou Vanessa, ao ver que ele tinha pisado no pé dela.

— Desculpa — ele disse, prestando atenção ao ser verde.

Meu amigo tinha esse físico enorme, mas não passava de um rato em relação ao medo que sentia de coisas sobrenaturais e insetos.

— Perdoe-me Eduh, esses duendes são muitos auspiciosos — Abady falou. — Intrometidos.

Andy Silva e a Chave de OuroOnde histórias criam vida. Descubra agora