Virei Selvagem

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Cheguei ao meio da floresta selvagem, cansada e me escondendo para que não me encontrassem, tinha que pensar em uma jeito de sair da floresta e ir atrás de minha irmã.
Olhei pelos arredores para ver se havia alguém por volta, estava limpo, saí do meu esconderijo, que era dentro de uma árvore oca cheia de musgo e fui atrás de recursos como gravetos, pedras e comida; já estava ficando com fome e pensei naquele pão que deixei sobre a mesa, e continuei a pegar gravetos, vinhas e uma pedra e com isso criei uma lança, fui atrás de um animal que vivia por perto.
   Encontrei um cervo era uma boa presa, me esgueirei em direção ao cervo e lancei a lança nele e consegui derruba-lo, fiquei com o mesmo sentimento quando vi aqueles aldeiões sendo mortos.
   Utilizei os tendões dele para fazer um arco e minhas lanças serviram como boas flechas, voltei para a árvore, consegui fazer fogo para a fogueira com gravetos, foi difícil, mas consegui.

   O clima da floresta ficou mais denso, era assombroso, olhei para atrás e só via uma fumaça muito densa, não conseguia mais ver as árvores que lá havia, na fumaça espessa surgiram silhuetas de homens segurando um bastão com a ponta luminosa, percebi que eram os mesmos homens que incendiaram a aldeia, peguei minhas coisas e corri em direção ao noroeste para conseguir sobreviver, olhei para atrás e vi as árvores em chamas, fiquei apavorada, mas nada era mais forte que a minha vontade de sobreviver.

   Subi numa árvore e fiquei a pular de galho em galho, quando um dos galhos quebrou e cai num estrondo no chão, não sei como não morri, levantei-me com dor, que tive da queda, e olhei por volta de mim, estava cercada de homens que seguravam um bastão que saía fogo da ponta.
   Quando eles miraram o bastão em minha direção, sentia como se estivesse numa fornalha, então o fogo dos bastões ficaram mais quentes e flechas saíram entre as árvores e acertaram os peito e as cabeças dos homens que estavam em minha volta.
   Alguém caiu bem na minha frente, um homem com orelhas pontudas, cabelos brancos e longos, tinha uma pele branca com olhos verdes e vestia uma roupa feita de folhas e couro, ele tinha um arco muito melhor do que o meu e as flechas tinham pontas de aço, ele mirava o arco bem no meu rosto.

- Quem é você? -disse ele.

- Me chamo Aline. Sou uma humana e fujo da Aldeia Clareira Ardente, pois foi invadida por esses homens que vocês acabastes de matar. -disse olhando para os homens com as flechas nas cabeças.

- Senhorita Aline, sou um elfo noturno, e você descumpriu uma lei gravíssima dos elfos noturnos. -disse ele segurando o arco com mais firmeza.

- O que eu fiz?! -disse sem entender.

- Matou um animal em seu próprio lar e nem libertou a alma do pobre ao plano espiritual. -disse ele com a mesma expressão que eu fiz quando matei o pobre cervo.

- Desculpe, eu não sabia dessa lei e nem que tinha que libertar a alma do pobre animal. -disse com tom de pena.

- Certo, mesmo assim tenho que leva-la para a nossa vila. -disse ele guardando o arco e a flecha dele e me puxando pelo punho em direção a tal vila.

   Ele subiu em uma árvore e fomos de galho em galho, até que ele parou, segurou numa vinha e puxou ela, ele me segurou bem mais firme, quando a vinha nos ascendeu muito forte e pousamos numa plataforma de madeira.

- Chegamos a Vila dos Elfos Noturnos de Fhyterin. A Vila Noturna. -disse ele fazendo reverência a uma estátua de um Elfo feita de diorito polido, indaguei como a plataforma de madeira aguentava uma estátua de Diorito.

Elementary: A Grande GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora