Emma

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 "É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada."

William Shakespeare  

Com o sol aparecendo junto com todas as novas oportunidades senti no ar um cheiro doce, sútil e quente do café, que saí.

                                                                                             ***

Quando sai de casa me deparei com Victor e um belo buquê de flores e juntamente com um bom, doce e longo beijo nos despedimos.

Enquanto não me aproximava  do café, estava tranquila.
Porém, a partir do momento em que tive que entrar meu estômago pesou.

Como eu iria fazer tudo dar certo se nunca nem havia trabalhado?

Era o que mais pensava no momento, mas e todas as coisas pelas quais ja havia passado?
Isso serve de "experiência".
Tem que servir!

Por pelo menos duas vezes derrubei todo o cappuccino de uma moça, porém, como o esperado todos ali eram tão pacientes e atenciosos que cheguei a me perguntar porque não haviam mais pessoas assim no mundo.

Daniel, o homem que ficava no caixa atendendo os clientes veio me ajudar e rindo de mim me explicou que eu só precisava posicionar o copo de uma forma mais "ereta". Achei até fácil demais, só não me perguntem porque não fiz isso antes.

Neste momento haviam várias pessoas e chegava me lembrar um Pub quentinho e aconchegante que vi certa vez em um filme.

Sentada perto das janelas tinha a dona Marta, uma senhora que aparentava seus setenta anos de idade e que pelo que ouvi do Daniel vinha todos os dias, no mesmo horário e sim, pedia sempre a mesma coisa.

Um café puro acompanhado de um croissant de chocolate.

Ela sorria de forma gentil, mais tinha olhos que nos passava uma longa e séria vida.

Ta ai, uma história que pararia para ouvir com muito bom grado.

"Com o sol aparecendo junto com todas as novas oportunidades senti no ar um cheiro doce, sútil e quente do café, que saí."

Era o lugar mais lindo e calmo que já vi, até o horário do almoço.

Ficávamos perto de uma universidade, e para aqueles que achavam que só tinham idosos aqui não é bem assim.

No horário do almoço pelo que entendi do Daniel gritando era "corre, agora é a hora do vai e vem". Haviam casais, pessoas sozinhas mesmo e muito cheiro de humanidade.
Laptop's, celulares, e pelo que ouvi muitos TCC's a caminho.

- Você vai demorar mais meia hora?

Perguntou-me um cara gigante com um corte em estilo militar que mostrava umas orelhas de abano.

Porém, sorrindo (forçadamente) respondi:

-Desculpa, é que eu não entendo essa máquina possuída!

Alguns sorriram, mais o Golias manteve os olhos firmes e a mandíbula cerrada.

- Bom, eu ainda quero logo o meu milk Shake.

-Calma, Clark. Não ta vendo que a bonitinha é novata?

Falou um corpudão que parecia uma coxinha de cabeça pra baixo, "como aquelas pernas aguentam", me lembro de ter pensado mais tarde.

Rumo ao TopoOnde histórias criam vida. Descubra agora