"Então coloque suas mãos no que ficou para trás
Nós todos sabemos como é ser esquecido por um tempo
Em um lugar lotado tentando não se sentir sozinho,
Basta lembrar que todos nós fomos quebrados uma vez."
- Jacquie Lee
- Como é que se faz isso? - a garotinha no fundo da sala perguntou.
Sorri confiante ao ver sua expressão de dúvida. Aha! Ela não sabia!
Levantei pela manhã deixando tudo para trás, o Sr. Pullfman, o Teatro, e meu dormitório todo revirado, uma bagunça por si só. Tinha em mente uma única coisa: o pequeno ateliê.
Consegui chegar pontualmente, pincéis em uma mochila, pasta com folhas sulfites na outra mão. Andei pela sala e vi as obras de artes penduradas, quadros pintados a giz pastel, outros em aquarela. Haviam pequenos banquinhos dispostos pelo ateliê; onde os alunos se sentariam. logo a frente, cavaletes nus se sobrepunham. O espaço era amplo e as paredes decoradas com palavras confiantes de motivação, nomes e números, o alfabeto em latim também estava fixado na parte superior. Também era possível entrar em uma outra sala, para aulas que requeriam as mesas, na maioria das vezes conteúdo teórico.
Era um ambiente vívido e muito feliz.
Respirei fundo deixando que aquela boa sensação penetrasse os meus poros.
Quando o primeiro aluno se sentou no seu banquinho, senti uma grande empolgação varrer meu corpo. E quando o segundo, terceiro, quarto, quinto... enfim, quando os quinze alunos estavam distribuídos, tudo o que eu consegui fazer foi dizer um olá bem alto.
Um coro de vozinhas repetiram meu olá.
Eram todos muito simpáticos e curiosos. Todos menos a garota.
Ela tinha o cabelo longo, o olhar triste e emburrado de uma adolescente, e tinha aquela personalidade forte e envolvente que levava toda a classe a se questionar do porquê de ela ser assim.
Seu nome era Andy.
Andy é cadeirante, quando Peter perguntou porque ela era assim, ela tratou de olhar de uma forma bem feia.
Todos riam e se sentiam felizes, mas Andy era uma coisa completamente diferente. Ela não questionava, não falava, não fazia nada. Ela não queria realmente estar ali. Eu conseguia sentir isso ao mesmo tempo que, sentia um grande aperto no coração.
Quando chegar ao Studio perguntarei a Harry o que eu posso fazer para dar certo, para atiçar algo em Andy.
Comecei a ensinar sobre os diferentes tipos de tintas, demonstrando no papel. Depois joguei um desafio: quem conseguiria desenhar um cubo mágico?
Foi então que Andy perguntou com tanta curiosidade:
- Como é que se faz isso?
Tive vontade de rir e chorar ao mesmo tempo, e não me pergunte o porque. Eu só queria gritar para o mundo que eu tinha conseguido instigar algo nela.
- Você está desistindo Andy? - perguntei sorrindo.
E pela primeira vez na aula, ela realmente me olhou nos olhos e disse sorrindo:
- Nunca.
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Andei sem rumo depois da meia noite. O dia tinha sido longo e durando o decorrer, nem notei que já era tão tarde. Passei para falar com a Mel, mas ela estava triste. Levei um susto porque a Mel nunca ficava triste, senti que isso tinha cheiro de Mack, talvez eu devesse fazer algo a respeito, ou não? Veremos. Mal tinha ido ao Studio e já era essa hora.
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Rumo ao Topo
Teen FictionLIVRO 2- Artistique-se Ser uma simples aluna nunca foi o sonho de Octavia, não quando suas mãos clamavam por tintas e pincéis. Sua boina vermelha muitas vezes pendia para os lados ameaçando cair do seu cabelo negro escorrido. Ela até que tinha vont...