Estava caminhando sozinha como todos os dias, andar aqui a noite me deixa um pouco assustada mais não há outra forma.
É sempre a mesma rotina repetida, acho que eu deveria variar as vezes.
Depois de mais um longo dia de aula, estudando e me matando dentro de uma sala de aula eu finalmente poderia ir para casa.
Pego meu celular e olho a hora. 23:37. Eu ja estava sonolenta, minha cama era meu maior desejo.
Paro em um ponto de ônibus e espero por alguns minutos. O bom é que do outro lado da rua tem sempre pessoas andando, lojas, assim aqui não fica deserto e silencioso como antes.
Logo que vejo o ônibus se aproximando eu me sinto aliviada, faço um sinal e logo o ônibus para.
Subo e depois de passar meu cartão de passe eu me sento em um banco único que estava vazio.
Coloquei meus fones e fiquei ouvindo minhas múscias tentando não dormir eu observava a paisagem.
Faz pouco tempo que vim para essa cidade, mais já conheço muitos lugares, mesmo sem ser de sair muito.
Logo parei em meu ponto, desci do ônibus e atravessei a rua.
Não é que eu não goste dessa rotina, apenas queria compania para não ficar sempre sozinha, alguem para conversar comigo.
Vim para cá apenas para estudar, ganhei esse apartamento de presente pelos 18 anos. Minha mãe comprou o apartamento e minha irmã os móveis.
Amo essas duas, sempre fomos só nós e meu irmão que vive fora.
Ando em direção ao predio onde moro mais antes de chegar alguem que vinha correndo distraido tromba em mim.
- Ai..
Me senti toda quebrada. Quem trombrou em mim? Um elefante ou um cavalo? Acho que fui atropelada e não percebi. Alguem anotou a placa?
- Foi mal gata, você ta bem?-um rapaz diz estendendo a mão para me ajudar a levantar.
- Estou..obrigada.- disse me levantamdo sem a ajuda dele.
Olho para o rapaz e percebo que ele possuia belos traços.
Cabelos escuros e bagunçados, olhos também escuros.
Ele usava uma regata preta larga e uma calça jeanz com um corrente do lado.
Ele tinha ombros largos e parecia ser bem forte. Até que valeu a pena essa trombada.
- Você parece ter machucado a perna, esta sangrando.-diz e percebo a dor que sentia em minha perna.
- E-Eu estou bem, apenas devo ter ralado na queda!-disse envergonhada por seu olhar afiado.
- Consegue apoair o pé no chão?
- Consigo sim.-falo mais ao apoiar meu pé sinto uma forte dor e perco meu equilibrio, o rapaz me apoia rapidamente pondo meu braço em volta do seu pescoço.
- Eu te ajudo, qual andar?-diz olhando o prédio.
- O quinto, mais não é preciso me ajudar, aqui tem elevador!-falo receiosa.
- Calma madame, se eu quisesse te fazer mal ja teria feito.
- Ok.-aceito sem escolha.-E não sou madame nenhuma.-ele ri.
Ele abriu o portão e me fez ficar apoiada nele, não tive escolha a não ser aceitar a ajuda.
Fomos até o elevador e ao entrarmos ele continuou me segurando firme.
Ele era bem bonito e com isso me senti um pouco envergonhada pela situação.
Acho que além de desastrada sou insegura.
Paramos frente ao meu apartamento e ele andou em direção ao elevador.
- Ei, não vai nem dizer o seu nome?
- Isso não é da sua conta, já ajudei, não te devo mais nada, agora tenta me esquecer!-diz entrando no elevador.
É, o que tinha de bonito tinha de grosso, o pior que mesmo sendo grosso ele continua sendo lindo. Muito lindo.
Entro no meu apartamento e ando ao meu quarto ainda com dores.
Tomo um comprimido para as dores e vou tomar um banho, estou cançada, apenas quero dormir.
Faço um curativo em mim mesma e me jogo na minha cama. Olho o teto e em poucos segundos adormeço.
Tudo que quero é acordar disposta para estudar dobrado amanhã.
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Esquece
RomanceMarco Dias é um rapaz despreocupado e cheio de si. Um dia Sarah Nolan o conhece, a atitude dela o encanta de uma forma que ele não queria, enquanto nela, o efeito de sua presença, age como um furacão, mudando todos os seus pensamentos.