Ja eram por volta das sete e meia, hoje sairia mais cedo por motivos da escola. Parece que agora entramos mais cedo para sairmos mais cedo.
Dizem que esta perigoso sairmos a hora que saiamos antes.
Organizei meu material e fiquei conversando com Bell e com Robin. Os dois são as melhores companias que alguem podia querer.
Logo é hora de sair, chego ao portão e ao olhar no meu celular vejo que eram oito horas. Olhei em volta e vi a rua dessa vez estava movimentada.
O ônibus chegaria em meia hora, não acredito que irei mesmo fazer isso.
Atravessei a rua determinada a ve-lo, ele não veio a faculdade e isso me deixou curiosa.
Chego ao tal barzinho e eis que estava cheio, muitos estudantes bebiam e conversavam sentados em roda.
Vejo então, sentado em uma mesa com uma garota em seu colo, Marco.
Ele estava jogando algum tipo de jogo de cartas, não sei bem qual era.
A garota em seu colo deixava beijos em seu pescoço e o acariciava, era nojento.
Me aproximo meio boqueaberta, ele me convida e nem percebe quando chego?
- Ah, iae menina sem nome, beleza?
- Tem um minuto?
- Claro, tenho quantos for preciso!-diz mais antes que se levante a garota acaricia seus lábios dando-lhe um beijo rapido.
- Fica aqui juntinho de mim marquinho!-ela diz manhosa e ele simplesmente abre as pernas fazendo com que ela caia no chão.
Sem dó nem piedade, com esse ato varios olhares curiossos e confusos foram direcionados a ele.
Ele nem ao menos para para ver se ela se macucou, ele anda na minha direção mas para por poucos segundos para cumprimentar um colega. Eu me matinha descrente da cena passada.Aproveitei esses segundos para sair do bar, que tipo de pessoa incensivel é essa?
Ouço ele gritar meu nome para que eu parasse mais continuei, o ignorei. na verdade ele não gritou meu nome. Gritou: "Ei, menina sem nome!".
Antes de atravessar a rua senti uma mão forte segurar em meu braço. Olhei rapidamente para seus olhos castanhos escuro e o fiz soltar meu braço.
- O que foi agora? Não vai ficar?
- Não! Se era só isso até!-me viro para voltar a andar mais ele novamente segura em meu braço com mais força
- Primeiro diz o porquê de estar tão brava, não te fiz nada!
Ele joga charminho e depois ja esta com outra! Acha pouco? Mais idiota sou eu.
- Isso não te interessa, agora me solta Marco!
- Não até que me diga o que há com você!
- Eu estou bem!-falei menos rude, mais calma uma pessoa normal.- Só estou cansada e preciso chegar logo em casa!
- Ei Marco! Estamos te esperando, você vem ou não?-um dos colegas dele diz e eu aproveito para tentar me soltar da sua mão.
- Já vou!-diz e sinto meu coração gelar.
- Não preciso de você!
- Vem logo sua marrenta!
- Não sou marrenta seu babaca!
- Não sou babaca sua marrenta!
Reviro os olhos enquanto ele me puxava segurando em minha mão.
- Não quero ficar!
- Agora vai! Sabe jogar sinuca?
- Não e não estou a fim de aprender!
- Mais vou te ensinar! Venha e sem escândalo!-diz con um sorrisinho esperto.
Ele me puxa para dentro do barzinho e me entrega um taco de sinuca.
- Deixa eu te mostrar como!-ele fica atraz de mim e segura minhas mãos, que estavam com o taco de madeira.
Senti minhas bochechas queimarem mais não poderia impedir. Esse idiota estava determinado. A unica saida foi me render.
A posição que ele havia me posto era constrangedora. Como alguem com tão boas notas se mete num buraco desse?
[...]
Finalmente seu carro parou frente ao meu prédio.
Depois dele reclamar por mim ter ganhado, depois de varias arrevanches pedidas por ele e de ter me feito contar qual era meu nome, ficamos sem assunto, o silêncio era torturante.
Odeio o silêncio, mais pelo menos esse babaca estava sem fazer gracinhas.
Abro a porta mais antes de sair ele segura minha mão. Viro e olho em seus olhos castanhos escuro, rebeldes e misteriosos.
- Não vai se despedir?
- Ah...tchau.
Saio do carro e ando até o portão, ele sai do carro mais não o olho, apenas ouço o barulho da porta se fechando enquanto eu procurava as minhas chaves na minha bolsa.
Ele segura em meu braço me virando de frente para ele com um só giro.
Ele olha nos meus olhos e sorri malicioso, me senti um pouco afetada por aquele olhar que, desta vez, não escondia seu desejo. Que pervertido.
- Quero mais que um simples "tchau"!-diz me pondo contra o carro
- Marco me solta! O que pensa que esta fazendo?
- Eu quero um beijo de despedida, e sei que você tambem!-ele segura meu rosto com uma de suas mãos e eu o empurro.
Ando em direção ao portão tirando a chaves da bolsa e destrancando o cadeado.
- Sarah...Sarah...Saaarah esta me ignorando?
Continuei em silêncio, passei pelos portões ao abri-los e andei em direção ao elevador. Ouço seus passos atraz de mim, ele estava me seguindo.
Entro no elevador que estava aberto e aperto o botão repetidas vezes, tentando fazer com que as portas se fechassem.
Marco sorri parando ao meu lado, seu sorriso era penetrante, seu olhar era quente e curioso.
Desviei meu olhar do seu ficando de costas para ele. Fingi que via algo em meu celular, apenas para não olha-lo.
- Nada de fugir.-ouço seu sussurro sentindo seu halito quente em meu pescoço.
Sinto seus braços fortes envolverem minha cintura me colando ao seu corpo.
Sentia seus corpo esculpido junto ao meu me fazendo sorrir do nada.
- Eu vi esse sorriso, sei que esta gostando.-ele diz deixando um beijo em meu pescoço. As portas se abrem e me solto de seus fortes braços saindo em seguida.
- Ei espera ae!-ele diz
- Marco vai embora!-falo parando frente a porta do meu apartamento.
- Sabe o que eu quero, se eu não ganhar não vou!
Eu estava me sentindo obrigada a fugir de suas garras. Me sentia a chapeuzinho fugindo do lobo mau.
Ontem ele não queria nem ficar no mesmo lugar que eu, foi rude, e agora esta assim. O que a bebida não faz.
- Vai correr atraz das suas garotas e me deixa em paz!-entro no meu apartamento e antes que ele entrasse eu fecho a porta com força fazendo um estrondo.
Tranco a porta e ouço uma leve risada vinda dele.
Ando em direção ao meu quarto e me jogo em minha cama.
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Esquece
RomanceMarco Dias é um rapaz despreocupado e cheio de si. Um dia Sarah Nolan o conhece, a atitude dela o encanta de uma forma que ele não queria, enquanto nela, o efeito de sua presença, age como um furacão, mudando todos os seus pensamentos.