Capitulo 72

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  Estavamos deitados na cama um ao lado do outro. O quarto estava escuro e apenas a luz de fora que entrava pela janela iluminava o lugar.

  Ele já havia adormecido, eu estava com minha cabeça em seu peito enquanto brincava, sem perceber, com a chave e a palheta e sua correntinha.

  Ele sempre carrega essa chave e eu sei o que é. Já peguei essa chave dele enquanto ele dormia, por curiosidade. Me assustei quando vi a arma. Por que ele teria aquilo em casa?

  Sei que ele não é um bandido, um assassino, ou qualquer outro tipo de criminoso.

  Confio nele, sei que esta ali para ele se defender.

  As vezes eu me sinto estranha, nunca senti vontade de me matar, isso seria ridiculo. Mais as vezes ficava deprimida.

  Estava curiosa para saber se ele ainda estava guardando aquilo naquela gaveta da cozinha. Odeio essa minha curiosidade

  Com cuidado eu tirei a chave da sua correntinha, ele estava dormindo tão sereno...

  Beijei seus lábios e me levantei. Ele é tão bonito, gentil, não o mereço.

  Desci as escadas com a pequena chave na minha mão.

  Parei frente a gaveta da cozinha em que ele guardava o revolver.

  Não sei porque eu quero tanto ver isso, mais quero saber se devo mesmo continuar com isso tudo.

  Destranquei a gaveta e a abri, vi ali a arma. Eu nunca sei o que sentir a respeito disso.

  Eu peguei a arma temendo dispara-la, sei bem como se usa, já vi tantos filmes, series, anines.. mais uma de verdade é diferente.

- O que você esta fazendo Sarah?!-Marco diz chegando por traz e tirando a arma da minha mão.

  Ele me olhou furioso, acho que pensou que eu queria me suicidar.

- Amor.. por que você pegou isso?-disse preocupado. Minha barriga gelou, senti minhas mãos tremerem.

- Queria saber se você ainda guardava isso aqui.-falei abaixando a cabeça.

- Então você já sabia.

- Já, eu... me perdoa, não devia ter feito isso.-falei e ele jogou a arma dentro da gaveta.

- Sarah, por que pegou a chave de mim? Quando descobriu?-disse acariciando meu rosto.

- Eu.. a um tempo.

- E não ficou brava?

- Não.. sei que usa para sua segurança, não devia mexer nas suas coisas me desculpa.-falei e ele me puxou me abraçando.

- Você não pretendia se matar não é?

- Nunca, agora que estamos nos reconciliando. Eu sinto que dói tudo que aconteceu, mais eu nunca me suicidaria.

- Jura?

- Juro.

- Vou parar essa dor meu amor.

  Ele sorri e segura em minha mão, em seguida pega a arma e me faz segura-la.

- Não quero que a use, nunca! Mais caso seja preciso você tem que saber usar.

  Ele me deu as instruções e, sem balas na arma, me ensinou como devo segurar e como devo atirar.

  Ele até que ficou bonitinho... imagina de policial...

- Marco.

- O que?

- Você já usou?-disse vendo ele trancar a gaveta novamente.

- Não vou mentir, já usei sim, mais nunca para cometer assassinatos ou roubos.-disse me fazendo sorrir.

- Jura?

- Juro.-sorri e ele me beijou, senti ele me por em cima do balcão e sorri.

- Não esta bravo?

- Não, só não quero que faça isso de novo, não pegue esse tipo de coisa no meio da madrugada.-eu sorri e o abracei.

- Prometo que não vou mais fazer isso.

  Ele sorriu e me fez descer do balcão, subimos juntos e ele sorriu gentil.

  Nos deitamos na cama e ele sorriu, em seguida acariciou meu rosto de forma carinhosa.

- Eu te amo, fica comigo pra sempre.-disse sonolento.

- Pra sempre Marco.-falei e senti ele encostar a cabeça em meus seios.

  Levei minhão mão a sua nuca e acariciei seus cabelos. Ele abraçava minha cintura como se nunca mais fosse me soltar.

- Eu te amo.-sussurro.

- Te amo.-sussurrou sonolento.

  Ele sorriu e fechou os olhos, fiz o mesmo e logo nós dois adormecemos.

[...]

  Pela manhã, acordei com uma vontade enorme de beijar Marco, de ficar com ele.

  Acariciei seu rosto enquanto ele dormia e sorri comigo mesma.

  Me levantei, fiz minhas higienes e preparei o café da manhã, quero que ele tenha uma manhã ótima, calma.

  Logo que entrei no quarto vi que ele ainda dormia.

  Subi na cama e me aproximei dele, ele dormia tão sereno. Deixei um beijo em seu pescoço e fui subindo até encontrar seus lábios.

  Senti ele segurar em minha cintura e selar nossos lábios com vontade.

  Logo que nos afastamos ele sorriu, abriu os olhos e acariciou meu rosto.

- Cada dia você fica mais linda amor, gosto de acordar.. e ver que não é um sonho ter você.

  Eu sorri e deixei meu corpo sobre o seu, ele sorriu e eu beijei seus lábios.

- Não é sonho, te amo.

- Te amo.-eu sorri e senti sua mão por dentro da minha blusa, ele sorriu maliciosos e apalpou meu seio me fazendo soltar um gemido baixo.

- Safado.

- Delicia.-eu sorri e continuei sentindo seu toque. Minha blusa foi tirada do meu corpo e em seguida senti ele me deitar na cama.

- Marco... para mô.

- Não paro, você mexeu onde não devia ontem, tem que aprender as regras!

- Regras?-eu ri e senti seus lábios entre meus seios. Sua mão foi a minha coxa a acariciando e me dando arrepios.

- Vamos.. vamos tomar café.

- Mais um pouquinho.-disse subindo os beijos para o meu pescoço e novamente tocando meu seio.

- Marco... para... vamos por favor.

  Ele sorriu, se sentou na cama e me observou por segundos. Acariciou meu rosto e beijou meus lábios.

- Vai amor, eu desço logo.-disse sorrindo.

  Assenti e vesti minha blusa, ele tem esses sorrisos que me calam... afs...

  Me levantei e ao passar perto dele eu senti ele me segurar me deixando a sua frente

- Amor.-disse e encarou meus olhos mesmo com a diferença de altura.

- O que?

- Seja sempre minha.-ele abraçou minha cintura e sorriu para mim, me ajoelhei na cama e senti seus lábios junto aos meus.






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