Capitulo 17

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Sarah//

Como ele pode dizer aquilo? Como ele pode falar daquela forma comigo? Com tanta raiva, rancor, como se eu fosse uma vadia.

Na verdade, foi isso que ele insinuou.

Minha irmã havia chegado cedo, depois dele ter me convidado pela ultima vez para aquela festa idiota. Que, pelo que vi, era importante para ele.

Ela e o noivo, Arlei, estão querendo vir morar nesta cidade. Minha irmã e seu noivo conseguiram empregos aqui e enquanto o novo apartamento deles dedetizava eles iriam ficar aqui em casa.

Eu estava brincando com Arlei, sempre fomos muito amigos. Ele é um irmão para mim.

Depois daquelas dolorosas palavras ditas por Marco e depois que eu o expulsei, me encostei na porta deslizando até ficar sentada no chão.

Cobri o rosto com as mãos e começei a chorar. Poucos dias fazem desde que comecei a corresponder o que ele sentia e agora, agora age dessa maneira.

Eu realmente gostava daquele ciumento, se ele não tivesse dito aquilo eu não o teria expulsado.

Teria explicado a história e pedido para que ele pedisse desculpas, sei lá, mais nada é como queremos.

Ele não confia em mim, não sabia que ele pensava aquilo de mim.

- Mana, fica assim não... Ele não te merece!

- Mais... eu gosto muito daquele babaca.-falei abraçada a ela. Estava chorando em seu ombro.

- Shhh fica calma, não fica assim, levanta a cabeça, respira fundo, toma um banho e vamos todos ver um filme lá em casa! Você pode dormir lá se quiser.

- Eu vou ficar bem, não quero atrapalha-los.

- Sah você não vai atrapalhar!

- Vou sim, vocês são noivos...precisam se curtir, ficarem juntos, sairem sem alguem segurando vela.

- Mana...

- Vou ficar bem, não se preocupe!

- Tudo bem linda, então eu vou para casa, mais se quiser fico mais tempo.

- Não precisa!-falo a abraçando mais uma vez.

Me levanto e ela tambem se levanta, ando até Arlei que estava deitado no sofá com uma bolsa de gelo sobre o olho roxo.

- Arlei me perdoa, eu não queria que se machucasse!

- A culpa é minha, ja devia saber que seu namorado era ciumento!

- Vamos, cuido de você em casa!-ela diz e Arlei da um sorrisinho apaixonado em seguida a puxa e a beija.

Viro o rosto para não ver a cena. ainda tenho um pouco de incomodo quando se beijam na minha frente. Não importa quem seja, acho estranho.

- Continua infantil!-ele diz e eu mostro a lingua.

- Não precisa se preocupar, vai ficar tudo bem, todas nós temos quedinhas por babacas.-ela diz e Arlei mamda um beijo no ar a fazendo rir. Lembro que ela chorava muito por ele, ele nunca a traiu mais se metia em cada uma.

Depois de alguns minutos os dois saiem. Eles são tão fofos, eu queria um amor assim, queria que Marco não complicasse tudo dessa forma.

É, o que ta feito, ta feito, não podemos voltar atraz.

Me joguei no sofá e respirei fundo, a vida segue.

Fui ao banheiro e tomei um banho demorado, vesti uma roupa confortavel e fui a cozinha.

Peguei algo para comer e em seguida me joguei no sofá.

[...]

Ja estava a noite. O tempo havia esfriado e logo começou a chover.

Estava sentada no sofá, enrrolada e assistindo a um filme qualquer.

Ouvi varias batidas na minha porta. Ja sabia quem era, ele me ligou diversas vezes, enviou milhares de mensagens (que nem me dei o trabalho de vizualizar), eu estava tentando ignora-lo por completo.

Não é isso que ele queria? Que eu me afastasse? Entao estou tentando me afastar!

As batidas eram fortes, como se ele quisesse derrubar a porta mais não liguei, aumentei o som da tv e continuei ali assistindo.

- SARAH! ABRE ESSA PORTA!-ele diz pela decima vez seguida, ele nao se cansa?

- Estou dormindo voltei na proxima década!-falo mesmo sabendo que uma unica decada seria pouco.

- Por favor! Temos que conversar!-diz com sua voz forte e meio desesperada.

Reviro os olhos e vou até a porta, abro apenas um pouco, o suficiente para ve-lo mais não para que ele entrasse.

- Posso entrar?-ele diz ao me ver.

Eu o olhei meio assustada, ele estava machucado, o canto da sua boca sangrava e sua camiseta estava rasgada como por uma faca.

- O que houve?-falo e sem perceber solto a porta deixando com que se abrisse totalmente.

Ele entra me deixando ainda boqueaberta e parada na porta.

- Podemos conversar?-diz com um olhar meigo.

- O que houve com você?-falo fechando a porta. eu estava preocupada, mais não o perdoaria.

- Eu...Por que não atende minhas ligações? Fiquei preocupado.

- Marco não fuja do assunto, o que aconteceu?

- Eu...Eu me meti numa briga só isso!

- Com quem? Gente pesada?-falo e ele passa as mãos pelos cabelos bagunçados.

- Uma briga de rua, só uns idiotas nada demais.

- Marco esta mentindo para mim?

- N-Não, eu..-diz tenso.

- Arg..não importa, o que veio fazer aqui?

- Eu vim te pedir desculpas.-ele diz se aproximando e segurando em minhas mãos.

Solto das mãos dele e me afasto. ele mantinha seu olhar em mim, mais um olhar confuso.

- Acha que desculpas vão apagar minha memória?

- Não complique as coisas Sarah! Eu gosto de você, estava com ciumes e estrapolei!

- É, estrapolou, mais não vou te perdoar!
- Sarah você me ama e eu te amo, não precisa complicar tanto! Sei que errei, que te magoei, mais estou tentando me redimir!

- Esta tentando se redimir? Você me tratou como se eu fosse do tipo de garota que vai para a cama de qualquer um!

- Eu sei me perdoa! Sei que você não é assim, eu..eu só fiquei com raiva e não pensei direito.

- É..mais eu estou pensando direito.-ando até a porta e a abro, ele me olha meio confuso com minha atitude.

- Sarah..

- Achou que chegaria aqui, eu te desculparia e ficariamos aos beijos a noite toda?

- Er..

- Então errou meu amigo, não sou esse tipo de garota.

Eu aponto para a porta e ele sai, mais antes de passar pela porta ele me olha, um olhar forte.

- Ainda não acabou, Marco Dias não desiste tão fácil!-ele sai totalmente e eu fecho a porta.

Novamente deixei que lagrimas escorrecem pelo meu rosto, sentia como se elas lavassem minha alma, como todos dizem.









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