Laila em seus vinte e cinco anos, não está tão preocupada quanto suas amigas em ter um relacionamento, casar e ter filhos. Na verdade, na verdade, está mais focada em conseguir um aumento, terminar de pagar as prestações do carro e parar de fumar. M...
Ops, demorei né? Mas to aqui ♥ Vamo parar com as enrolações e ver a escolha da Lailinha em seu show super conceitual? Se você ainda não deu o play lá em cima, dê; está na hora de dar e saber: é Lua de Cristal ou Ilariê? ♥
Como não dá pra dedicar a duas pessoas ao mesmo tempo, vou dedicar pra xismila e a sarinha-a hahaha agradeço o dia q o watt deixar eu dedicar p quantas pessoas eu quiser, obg
Boa leitura <3
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De pé, sob a luz dos quatro holofotes coloridos que tinham naquele palco, preparei o corpo e a mente para encarnar a rainha dos baixinhos, como fizera várias vezes antes. Nós temos uma ligação. Assim que a música começou a tocar, gritei "Cadê o Sérgio Mallandro de príncipe da minha vida?!" ― não olhei para ninguém em especial, embora tivesse cogitado as duas opções do momento: Vicente ou Félix.
Eu brilharia sozinha.
Naquele momento, Xuxa e eu eramos uma só, sintetizando aquela linda música sobre força, coragem e superação dos obstáculos na vida, sendo fortalecidas por uma lua que iluminava tudo a nosso favor. Meu desejo era que Lua de Cristal pudesse dar forças a qualquer um ali que estivesse passando por uma coisa ruim, tal como eu havia passado há poucas horas. Podia ser sobre trabalho, sobre família, amizade e até amor, a música sempre estaria comigo quando precisasse. "Álvaro, quem?", mesmo?
Quando cheguei ao refrão, aplausos e gritos de apoio vindo da minha mesa e da que se encontrava ao lado, cheia de rapazes que não pude definir se eram gatos ou não graças às luzes fortes. Deixaria para mais tarde...
A canção da rainha espelhava todas as coisas necessárias para se sobreviver, nunca soube disso tão bem como sabia em dias como aquele. Talvez isso também estivesse ligado ao fato de que a porcentagem do álcool em meu sangue já estava relativamente alta. Poderia ser os dois, não importava: eu amava a Xuxa e toda vez que sentisse que precisava do seu apoio moral, cantaria Lua de Cristal. Fosse no karaokê do Imperador, fosse sozinha em casa, ou em qualquer outro lugar. Para quem não entendia a magia da música, qualquer uma, eu soaria como uma doida de pedra. Mas uma parte de mim sabia que não estava sozinha e que Lua de Cristal seria eterna tanto para a minha pessoa, quanto para muitas outras.
Bem, eu provavelmente já estava mais bêbada do que imaginava quando a música acabou.
― Que arraso! ― Laura me aplaudiu quando sentei ao seu lado. Em minha mão esquerda, duas doses de vodca, que virei sem pestanejar antes de gritar "vai, Xuxa!". Era o inicio da decadência.
― Eita, amiga, segura essa marolinha aí senão você vai acabar sentada, chorando, no meio fio... De novo ― Vivi segurou em meu ombro, contudo as palavras voaram pra bem longe; estava animada, queria me divertir.
Um dia que começou tão mal, tinha ficado bom. Tudo ficava ótimo com álcool e amigos―amigos principalmente. Por que não aproveitaria? Inclusive, voltei para Félix, lindo atrás do balcão, servindo chope para duas garotas que mal pareciam ter completado a maioridade e que o secavam como o sol em roupa molhada; devagar, mas insistente. Apoiei os cotovelos na madeira e esperei até que notasse minha presença, o que não demorou muito. Logo que me viu, abriu um sorriso adorável que me fez derreter de formas não inocentes.
