Capítulo 4 (Por Austin)

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Hoje, depois de alguns meses acho que nunca vi o meu pai tão feliz. Ele vai encontrar o Sr.Castellan e quer que eu vá com ele e eu nem sei o motivo de tanta felicidade, o que eu deveria saber já que vou com ele.

- Vamos, Austin. - Disse meu pai descendo as escadas.

- Pai, me dá uma carona até a biblioteca? Queria pegar uns livros lá. - Pede minha irmã, Maya, descendo as escadas atrás dele.

- OK. Vamos. - Papai concorda. Saímos de casa e entramos em seu carro.

- Para onde vocês vão? - Pergunta Maya, curiosa.

- Vou encontrar o Castellan, temos que conversar sobre aquele assunto. - Falou papai.

- Vocês deviam deixar essa história de lado, não precisamos desse dinheiro, pai. - Diz minha irmã.

- Quando eu chegar em casa, explico tudo. - Papai fala com suspense.

Paramos na biblioteca para Maya descer e seguimos caminho. Quando chegamos no restaurante, meu pai e eu caminhamos até a mesa onde o Sr.Castellan já se encontrava.

- Olá, Castellan. Creio que temos muito o que conversar. - Meu pai inicia, quando já está próximo o suficiente.

- Seja rápido, por favor. - Responde o Sr. Castellan, duro.

- Sim, vou ser. - Papai aseente. - Eu lhe devo um pedido de desculpas a você e a sua família, e acredito que você também me deve. Hoje cedo fui conferir novamente o computador e percebi que tudo não se tratou de um erro daquela máquina idiota, a qual jugam sem capacidade de erros. - Tanto eu como o pai de Kathryn ficamos espantados.
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Sinto meu sangue correr nas veias rapidamente e meu coração acelerado. Penso no amigo que tive que deixar, na vida que construí em Londres com minha irmã e os irmãos Castellan's e em uma história mal acabada com Kathryn, que foi interrompida por um erro de uma máquina imbecil? Não pode ser! Me recuso a acreditar que perdi tudo por nada!

- Como? - Pergunta o Sr.Castellan, completamente assustado. Assim como eu.

- Com licença. - Peço, me retirando da mesa sem esperar por resposta. Fui até o banheiro e peguei meu celular, digitando o número de Maya rapidamente e ligando para ela.

- Austin, você sabe que não pode haver nenhum barulho na biblioteca! Por que está me ligando? - Pergunta, brava.

- Ninguém roubou ninguém, foi um erro idiota do computador. - Solto a bomba de uma vez. Maya demora um tempo a responder, provavelmente está tão assustada quanto eu, e sua ficha ainda não caiu.

- Você está brincando, não é? Diga que está brincando! - Pede, quase transtornada.

- Não, não estou. O papai acabou de falar isso para o Sr.Castellan, Maya.

- Então... eles vão voltar a ser amigos?

- É o que tudo indica.

- Meu Deus... Você sabe que dia é amanhã Austin? Sabe?

- Hum... primeiro de Dezembro?

- Exatamente! O primeiro dia das férias! Sabe o que isso significa se eles voltarem a serem amigos mais unidos do que nunca? Eu tenho certeza de que você sabe!

Arregalo os olhos.

- Quer dizer que... nós...

- Isso mesmo. Vamos passar as férias com os Castellan's!

Meu coração dá um salto. A ideia de ver Kathryn novamente depois de tantos meses simplesmente me deixa sem ar. Não sei se estou preparado para isso.

- Eu tenho que voltar para a mesa, ou vão achar que essa notícia me deu dor de barriga. - Maya ri. - Vou desligar, tchau.

Desliguei o celular e voltei para a mesa, vendo o quanto meu pai está feliz com seu amigo, os dois sorriam como se fossem palhaços idiotas tentando fazer crianças babacas rirem. Foi uma cena bem infantil, mas feliz.

- Estou de volta. - anuncio.

- Que bom, já estava ficando preocupado. - Falou papai. - Mas agora estou novamente feliz, tenho o meu amigo de volta.

- O que vocês acham de passar as férias com a gente na Fazenda? Seria como relembrar os bons tempos! - Sugere o Sr.Castellan.

- Claro que aceitamos! - Papai diz sem ao menos pensar.

E agora, o que eu mais temo irá realmente acontecer: verei Kathryn novamente, e não estou nenhum pouco preparado para isso.

- Vamos amanhã cedo, passe na minha casa para irmos juntos. - Falou o Castellan.

- Claro! Vou para casa agora mesmo dar esta notícia e arrumar as malas. - Disse papai se levantando. - Foi bom revê-lo, amigo. - Os dois se abraçaram e saímos do restaurante. Entramos no carro de papai e ele deu partida colocando uma música bem animada logo em seguida.

- O senhor está bem feliz, não é? - Perguntei olhando para ele que sorria e cantava a música como um adolescente.

- Claro que sim. - Respondeu. - Não tem coisa melhor que a amizade! - Exclamou.

- É... - Falei, encostando minha cabeça no banco.

Quando chegamos em casa papai reuniu toda a família na sala (e isso também inclui Laura, porque é como se ela também fosse filha dos meus pais) e deu a notícia que iríamos passar as férias novamente na Fazenda Castellan.

- Que maravilha! Mal posso esperar para rever minha grande amiga! - Exclamou mamãe.

- Vou indo pra casa pegar umas roupas, e no shopping também, preciso de roupas novas! - Diz Laura, como se não tivesse roupas suficientes e vestisse roupas diferentes todos os dias. - Você vem comigo? - Laura pergunta a Maya.

- Não, eu vou ficar por aqui mesmo. - Maya dá um sorriso forçado.

- Okay, até mais tarde. - Laura dá um beijo em todos nós e um bem mais demorado em Peter (é claro) e saia

- Você é tão babaca. - Reviro os olhos para Peter.

- O que eu fiz? - Pergunta, assustado.

- O certo seria o que você não faz. - O corrijo.

- Eu não quero ir. - Maya sussurra, deitando a cabeça no meu ombro.

- Eu também não, mas pense no papai, ele está radiante, assim como o Sr.Castellan. Temos que ir por eles dois. - Respiro fundo.

- Eu... acho que você tem razão. - Ela suspira. - Vou arrumar minhas malas. Peter, me ajuda, você sabe que eu nunca consigo fechá-las sozinha. -

- E como sei ... - Murmura meu irmão. - Tente não colocar todo o guarda-roupa, com certeza vai ajudar. - Comenta, subindo as escadas ao lado de minha irmã.

- Mas a gente vai passar um mês! Isso requer pelo menos metade das minhas roupas! - Exclama ela. E a discussão continua a medida que subiam os degraus.

- Não vai fazer as malas, querido? - Pergunta mamãe, se sentando ao meu lado.

- Eu faço à noite. E como está esse moleque aí? - Falei me referindo o bebê de minha mãe. Ela já está com oito meses, mas não quis saber o sexo do bebê, preferiu esperar até o parto.

- Pode ser uma linda menina. - Ela passa a mão na barriga com ternura, sorrindo largamente.

- Se puxar ao irmão aqui, com certeza. - Digo, convencido. Mamãe dá risada, e eu acompanho.

- Claro. - Concorda, balançando a cabeça algumas vezes.

- Com licença, é só pra avisar que a Mel voltou do Pet Shop. - Anuncia Joana, aparecendo na sala com Mel, que logo corre até mim e mamãe e nos lambe freneticamente.

- Calma, calma. - Mamãe pede, rindo da cachorra.

- Ei, amigona, vamos dar um passeio! - Chamo-a. Imediatamente, Mel abana o rabo rapidamente, e vou pegar sua coleira e o meu skate. - Vamos lá! - Então, coloco a coleira de Mel e saio com ela pelas ruas do Leblon.



Literalmente Apaixonados [2° Temporada]Onde histórias criam vida. Descubra agora