Capítulo 3 (Por Luke)

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Acordei ainda sonolento, devia ser umas oito horas da manhã mais ou menos. Me levantei e fui ao banheiro, fazer minhas higienes. Logo depois de sair do banheiro, vesti uma bermuda cinza e uma blusa verde-água. Desci para tomar café da manhã e todos já estavam presentes. Meu pai estava com uma cara de preocupação e minha mãe de tristeza. Kathryn e Lucas estavam rindo e Zoey brincava e comia ao mesmo tempo com os cereais.

- Aconteceu alguma coisa, pai? - Pergunto, estranhando sua expressão.

- O advogado acha que esse processo ainda vai demorar e isso está me deixando preocupado. Não podem deixar um ladrão à solta! - Meu pai diz indignado.

- Concordo. - Respondo. Mamãe suspira, frustrada com a situação.

- O senhor só está gastando dinheiro, esse processo nunca vai sair. - Diz Kathryn. - Vocês dois só ficam acusando um ao outro na justiça, sem nenhuma prova.

- Não se intrometa em assuntos em que sua opinião não foi pedida, Kathryn. - Papai a repreende. Kathryn o olha incrédula, e depois se retirou da mesa bruscamente. Lucas também levanta, indo atrás dela.

- Você foi muito duro. - Diz mamãe, se retirando da mesa. Zoey não faz o mesmo, mas come com seu semblante triste.

O clima aqui em casa está meio tenso. Meu pai está empenhado em provar sua inocência e fazer o Sr. Buchmann pagar. Ultimamente, essa é a única coisa que importa para ele, e minha mãe é quem tem sentido mais sua mudança. Eu só queria que tudo se resolvesse logo. Só quero a verdade, e nada além disso.

Depois do café da manhã, peguei meu carro e fui até a casa da minha namorada. Buzinei duas vezes e Beatrix apareceu. Estava com um vestido florido e uma sandália de couro marrom. E seus cabelos estavam presos em uma linda trança embutida.

- Oi, amor. - Me cumprimenta, entrando no carro.

- Oi. - Me inclino para beijá-la.

- Para onde nós vamos? - Perguntou com o seu sorriso encantador.

- Pensei que a gente podia dar uma caminhada na praia, comprar um sorvete... Algo assim. - Sugiro.

- Claro, é uma ótima ideia. - Beatrix concorda comigo.

Estacionei o carro e peguei na mão de Beatrix. E assim saímos caminhando pela calçadão de Ipanema.

- Amor, onde você vai passar o Natal? - Pergunta-me, com curiosidade.

- Provavelmente, na casa dos meus avós. Por quê? Você gostaria de vir comigo? - A convido.

- Hum ... Acho que não vai dar, amor. Desculpa. Talvez eu possa até aparecer por lá e ficar por uns dois dias, mas depois tenho que voltar para cá. Quero passar o natal com minha família.

- Tudo bem. - Respondo, acariciando sua mão com meu polegar. - Vai querer um sorvete mesmo ou uma água de côco?

- Sorvete. - Responde prontamente. Então, Beatrix pega um sorvete no palito, de morango, e eu de limão. - Vamos andar pela areia? - Minha namorada me pergunta.

- Vamos. - Respondo, acatando sua ideia.

Eu e Beatrix tiramos nossos chinelos e andamos pela areia do mar. A sensação foi ótima, sentir a areia entrar em contato com nossos pés foi bastante relaxante.

- Luke, você está muito estranho. - Diz Bea. - Você estava todo romântico e fofo ontem à noite, até que Kathryn chegou e falou daquela tal de "Maya". Então, você ficou todo estranho e me mandou ir embora. Nem pareceu que gostava de mim. - Diz, me olhando nos olhos.

- Mas é claro que eu gosto de você, Bea! E a Maya não é ninguém importante, esquece isso. - Beijo-a, para evitar perguntas que não quero responder. Eu tenho sorte de encontrar alguém como Beatrix. Ela é doce, bonita, educada e gentil e não posso deixá-la ir embora por conta de alguém que não tenho futuro. - Vamos para a minha casa? - Pergunto após o beijo.

Literalmente Apaixonados [2° Temporada]Onde histórias criam vida. Descubra agora