Passei a mão pelo meu vestido e dei mais uma ajeitada no cabelo. Eu estava tão nervosa que esperava que as flores do meu vestido escondesse todo meu nervosismo, dando um ar mais leve.
Caminhei até a porta com minhas botas silenciosas e abri a porta. E adivinhem? Lucas abriu no mesmo instante!
Meu coração deu um salto e eu senti minhas mãos suarem.
— Vai sair? - Ele perguntou me analisando e dando um sorriso.
— É, eu vou ... Passear com ... O Peter. - De repente as palavras ficaram difíceis de serem ditas.
— Hum. - Foi o que ele disse. — Boa sorte no seu encontro. - Ele me deu as costas e saiu.
Meu coração murchou.
Maia tinha razão, preciso me decidir. Talvez depois do aniversário de Bianca.
Desci as escadas e abri a porta, dando de cara com Peter.
Ok, acho que já vi isso.
— Você está linda. - Falou Peter.
— Obrigada. - Disse corando. — Você também está.
— Vem, vamos. - Falou Peter entrelaçando sua mão na minha e me puxando.
Isso é tão estranho. Nunca imaginei que algum dia (sem ser nos meus sonhos) Peter seguraria minha mão.
Ele me levou até o carro de seu pai e abriu a porta do carro para que eu pudesse entrar, e logo depois entrou também.
Durante o trajeto pude perceber uma cesta artesanal no banco detrás.
Íamos fazer um piquenique? Que romântico!
— Vejo que já descobriu o que vamos fazer. - Falou.
— É, acho que sim. - Falei rindo.
Peter estacionou em frente à uma cachoeira e meu queixo quase caiu no chão. Maia me contou da vez que veio aqui e disse que era muito bonita mas eu não imaginava que era tão bonita.
— Meu Deus, Peter! Esse lugar é maravilhoso! - Exclamei saindo do carro.
— Eu sei, e por isso eu tive que te trazer aqui. - Falou pegando a cesta no banco traseiro e saindo do carro.
— Obrigada. - Falei sorrindo.
Peter estendeu um pano quadriculado amarelo no chão e se sentou. Me sentei logo depois.
— O que você trouxe aí? - Perguntei já sentindo fome.
— Sanduíches, frutas, suco e bolo. - Respondeu olhando para dentro da cesta.
— Ótimo, porque estou morrendo de fome! - Exclamei fazendo Peter rir.
O decorrer do passeio foi agradável, me diverti muito com Peter e o seu ótimo bom humor. Comemos tudo o que ele tinha trazido na cesta e agora estamos molhando nossos pés na cachoeira.
— Você fica ainda mais bonita de perto. - Disse Peter me admirando perto de mais.
Sorri fraco em agradecimento e Peter me beijou.
Fiquei parada e com os olhos abertos apenas sentindo seus lábios.
Ele estava mesmo me beijando? Aí meu Deus! Peter estava literalmente me beijando!
Fechei os olhos e o beijei também. O barulho da cachoeira, o cantar dos pássaros, tudo fazia daquela momento perfeito de mais. Incrível de mais. Surreal de mais.
Nos separamos por falta de ar e abaixei a cabeça um pouco constrangida. Eu tinha beijado dois caras e não fazia nem dois dias. E o pior, eu gostei dos dois beijos e pior ainda; estou dividida entre os dois.
— Você quer voltar? - Perguntou Peter.
— Sim, sim, eu quero. - Falei mais apressada do que deveria.
— Tudo bem. - Respondeu.
Peter guardou as coisas e depois entramos no carro. Ele tentou puxar assunto mais eu estava atônita demais e muito desesperada. Eu não posso estar gostando de dois caras ao mesmo tempo, não posso, não posso. Peter sempre foi o meu "crush", aquele que eu idolatrava, perseguia e que sempre amei, ou pelo menos eu acho que amei. E nesse caminho conheci Lucas. Ele é tipo um Bad-boy sentimental. Tem toda aquela pose e estilo de "Hey, cara, não mexa comigo" e sem falar do seu sorriso safado, mas seus olhos e suas atitudes são tão doces ... Peter e Lucas são pessoas completamente diferentes e mesmo assim eu me apaixonei pelos dois.
Ai meu Deus! Eu disse que me apaixonei por Lucas?!
Eu estou tão ferrada.
— Laura? Você está aí? Nós já chegamos. - Disse Peter com o carro estacionado.
É agora, eu preciso saber.
Me virei para Peter nervosa e selei nossos lábios.
Era lento, doce e suave, sua língua se acariciava na minha de uma maneira tão boa que eu passaria o resto da minha vida o beijando.
Separei nossos lábios e dei um sorrisinho, em seguida saí do carro. Agora eu só precisava achar Lucas e descobrir se é ele ou Peter.
Mas só pra constar que eu amei o beijo de Peter.
Andei pela fazenda atrás de Lucas e o vi de longe no estábulo. Fui correndo até lá e parei em sua frente.
— Já voltou do encontro? Eu pensei que seria mais demo... - Grudei minha boca na dele antes mesmo que ele pudesse terminar de falar.
Lucas segurou minha cintura com firmeza e me colou ao seu corpo, provavelmente nem o vento passaria por nós. Passei minhas mãos pelo pescoço dele enquanto nossas línguas faziam uma dança sincronizada.
Ele é tão selvagem.
Posicionei minhas mãos (contra gosto) em seu peito e o empurrei.
Nós estávamos ofegantes e com os lábios vermelhos.
Saí correndo dali e fui para o quarto que eu estava hospedada, encontrando Maia e Kathryn.
— Você acabou de beijar? - Perguntou Maia.
Assenti.
— Quem? - Perguntou Kathryn.
— Peter. E depois ... Lucas. - Falei sentando em minha cama. As duas arregalaram os olhos.
— Quem beija melhor? - Perguntou Maia.
— Esse é o problema. Eu não sei! Eu beijei os dois pra saber em qual beijo meu coração ia palpitar mais rápido só que eu gostei dos dois. - Falei me encolhendo.
— Miga sua louca, você está em uma encrenca. - Alertou Maia.
— E das grandes. - Concordou Kathryn. — Só não decepcione Lucas, eu o amo como um verdadeiro irmão e não gostaria de vê-lo sofrer. - Disse Kathryn se levantando.
— É, ele parece ser legal. - Disse Maia. — Lucas merece uma chance e Peter uma segunda chance, e é claro que um vai sair magoado.
— É, acho melhor eu ir confortando logo Lucas. - Disse Kathryn.
— E eu, Peter. - Então as duas saíram.
Aí meu Deus! E agora? Peter ou Lucas?
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Literalmente Apaixonados [2° Temporada]
RomansaSEM REVISÃO Depois de alguns meses, Austin, Kathryn, Maia e Luke se reencontram. O amor nunca esquecido, e sim adormecido entra em chamas novamente. Porém, os mesmos ainda terão obstáculos a encontrar. Assim como amar pode doer, também pode curar, o...