Hanna Contra O Apocalipse Zumbi.( Concluído e EM REVISAO)

Nove

_ Sabemos o que você tá sentindo..._ Cata disse no meu ouvido._ Não existem outras pessoas nesse mundo que saibam melhor que nós...

Abracei elas também, deixando as lagrimas escorrerem.

Ao meio dia, eu decidi ficar um pouco mais. Seria bom dormir uma noite em uma cama de verdade. 

André não concordou muito com a minha ideia, mas cedeu depois de uma discussão( acho que ele gostou da ideia de dormir em uma cama).

Luana fez um espaguete com almondegas para o jantar, que por acaso estava delicioso. 

Minha cabeça doía muito, meus olhos estavam inchados e meu corpo inteiro doía. Por isso, fui dormir cedo aquela noite.

Dia 25-Depois do apocalipse.

Estou escrevendo isso de madrugada. Não posso acreditar que isso está mesmo acontecendo... Por que comigo?

Dormi no meu quarto, junto com Lara e Catarina. Fiquei tentando dormir até umas duas da manhã, mas não consegui, aquela casa me trazia lembranças demais. Então, eu saí da cama e decidi dar uma volta.

Desci até o andar de baixo, entrando no antigo escritório de papai. Nunca entendi porque meus pais nunca venderam aquele casarão.

Comecei a fuçar os armários da sala, aqueles que papai nunca tinha me deixado olhar. Eu preferia nunca ter aberto aqueles armários...

Na ultima gaveta, do ultimo armário colado a parede, meio escondida, estavam as pastas mais antigas do meu pai. Me sentei ali em frente e comecei a olhar.

CONSELHO TUTELAR

Certificado de adoção Hanna Betany Morais. 24/05/2000. 1 ano.

Doada a : Fabio Lopes e Rebecca Gorgon Lopes.
Pais antigos: Yasmin Nora Morais e Ronaldo Maia Morais.

Certificamos ao Sr. e Sra. Lopes, que Hanna Betany Morais, nascida em 11/06/1999 agora é sua filha. Parabens!

Adotada... Fuçei um pouco mais nos papeis e achei outra coisa.

CONSELHO TUTELAR

Estamos a informar ao Sr. e Sra. Lopes que perderam o processo de adoção de Marina Perola Morais, irmã gemea da sua atual filha, Hanna Betany Morais.
Pais antigos: Ronaldo Maia Morais e Yasmim Nora Morais.
Pais novos: Gabriel Zerato e Raquel Zerato.
Residencia fixa: Rua Lorenzet Mota, 374, Paraíba.

Irmã... Gêmea... Eu tenho... Uma irmã gêmea? 

Eu sou adotada... E... Eu tenho uma irmã gêmea.

Eu fui órfã duas vezes...

Meus pais não eram meus pais... Eu nunca fui filha unica...

Eu levantei, com os dois documentos embaixo do braço, e me sentei na cadeira do escritório, analisando os documentos. 

Os dois tinham foto, um deles, meu certificado de adoção, tinha minha primeira foto de bebê. Mas o que eu não sabia, era que não foi eles que tinham tirado a foto.

No segundo documento, tinha a foto da minha irmã, e eu me assustei ao ver que era a mesma que papai deixava em cima da mesa do escritório. O rosto era igual ao meu, mas eu sempre perguntei ao papai, porque naquela foto, meu cabelo estaca igual ao dele. Ele me disse que naquela época, meu cabelo era mais claro, e depois foi escurecendo.

Eu não estava acreditando. Eles me enganaram todo esse tempo...

Subi novamente para meu quarto, colocando os documentos na cabeceira e deitando novamente, mas acho que não ia ser hoje que eu vou dormir.

De manhã, quando todos acordaram, eu já estava sentada na mesa da cozinha, olhando o mapa da América do Sul.

Se eu tenho uma irmã gêmea, se ela estiver viva... eu irei encontra-la.

_ Bom dia!_ André me cumprimentou, como na manhã passada.

_ Bom para quem?_ Empurrei os documentos para ele, que abriu os envelopes marrons, lendo rapidamente.

_ Adotada? Irmã gêmea? Como isso é possível?

_ São muitas perguntas, mas eu não posso responder nenhuma delas._ Deitei a cabeça na mesa.

_ Deixa eu adivinhar, você tem um plano?_ Ele riu. Mesmo eu não gostando do deboche, André tinha razão.

_ Ela mora na Paraíba...

_ Então... Nós não estávamos indo para lá?

Levantei a cabeça, sorrindo um pouco.

_ Eu vou acordar elas. Sairemos em quinze minutos._ André se levantou, correndo escada acima.

Eu também me levantei, mas sem um pingo de animação. Esses dias foram os piores da minha vida.

Peguei a minha mochila e os documentos, lavando o rosto no pequeno banheiro do andar de baixo.

Me sentei no banco do motorista, amarrei o cabelo em um rabo de cavalo mal feito, e coloquei um boné velho por cima.

_ Hanna, não fica desanimada, não hoje!_ Catarina me abraçou._ Nós vamos encontra-la, não importa o que aconteça!

_ Não é isso que me preocupa. Na verdade, nem estou preocupada, só queria que meus pais tivessem me contado._ Aumentei a velocidade.

_ Nós entendemos, sério, de verdade._ Ela continuou.

_ Ótimo.

Minha resposta foi fria demais, mas eu precisava pensar um pouco, quieta.

Eram quase seis da tarde, e nós estavamos chegando na divisa do Espírito Santo com a Bahia.
Eu não tinha parado nenhuma vês, e estava sempre dirigindo na velocidade máxima.

Eu não comi, eu não parei, eu não fui ao banheiro e eu não dormi um segundo sequer. Queria desvendar esse mistério, encontrar a Marina, se ela estiver viva, eu posso oferecer abrigo... Se bem que não cabe mais ninguém nesse carro...

_ Han, come um pouco, você não almoçou, nem tomou café!_ Luana me empurrou uma barrinha de cereal, mas eu recusei, igual a todas as outras vezes._ Eu entendo que você está bem motivada a encontrar sua irmã, mas se não comer, não vai conseguir nem andar, quanto mais dirigir!

Continuei a negar comida, e acelerei ainda mais, como se fosse possível.

_ HANNA LOPES, PARE ESTE CARRO AGORA!_ Lara gritou.

_ O problema, é que meu sobrenome de verdade não é Lopes... É Hanna Betany Morais...
Eu não parei, continuei a toda velocidade pelas estradas, sentindo meu coração cada vez mais rápido. 

Elas pararam de falar comigo, e eu simplesmente ignorei elas, por muito tempo.

Eram 3 da manhã. Todos estavam dormindo, e eu estava passando por uma praia. Pela primeira vezz, eu parei.

A lua estava cheia, iluminando o mar. Me sentei no capô do carro, observando a vista. Era lindo.

Eu me senti um pouco mal por estar sendo grossa com elas, mas acho que ninguém sabia o peso que estava nas minhas costas atualmente...

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Oieeee pipocos, tudo bem com vcs? Revelações bombásticas nesse capítulo! Like e comente. Espero que gostem. Tia Jujuba. ;-)