Vinte e dois

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_ Esta semana iremos agir normalmente, como se não soubéssemos nada. De acordo com o que eu ouvi, estão guardando a perua com tudo o que tinha lá dentro, na parte de trás da vila escondida._ Eu dizia baixinho, para meus amigos. Já tinha contado para eles da conversa, e agora, expunha meu plano, no quarto vazio._ Vocês podem nos dar cobertura, enquanto eu e a Clara vamos olhar lá atrás da vila. Hajam naturalmente.
Saímos todos para cima, eu andando com Clara um pouco mais a frente. Nem repararam direito em nós duas, e então, nem ao menos repararam quando eu e a Clara fomos nos distanciando e indo para o fim da vila.
E lá estava ela. A nossa vã escolar. Olhei pelo vidro. Tudo estava lá dentro. Cobertores, comida, água, gerador, fritadeira elétrica. Oh maravilha!
Agora, só voltarmos sem levantar suspeitas, e começar a bolar um plano.
Estávamos voltando, quase na casa, quando Lino apareceu na nossa frente.
_ O que vocês estão fazendo aqui?_ Ele perguntou.
_ A Clara queria ir no banheiro, e disse que não ia conseguir segurar até chegarmos lá embaixo. Então eu trouxe ela aqui._ Repeti a desculpa ensaiada que bolei, para o caso de sermos pegas.
_ Voltem logo pra lá!_ Ele disse, firmemente.
Fizemos isso. Naquele dia, rebocamos um pouco das paredes da casa.

Dia 50 - Depois do apocalipse.

Era quase dez da noite de sexta feira, o dia em que escolhemos para ir embora.
Não tinha ninguém de pé, estavam todos dormindo.
Decidimos subir em duplas. As duas primeiras foram a Bruna e a Luana. Depois a Cata e a Lara, aí a Clara e a Marina, e então eu e André.
Estávamos nas ruas de trás, quando ouvimos vozes. Estavam perto de onde a vã estava.
_ Vamos buscar ela amanhã._ Uma vós masculina disse._ Tome aqui, metade do dinheiro.
_ Garanto que estão fazendo um bom negócio._ A vós de Gil ecoou pela noite.
Ouvimos passos. Nos escondemos de mãos dadas encostados na parede, rezando para eles não olharem para a escuridão.
Passaram três pessoas. Esperamos um pouco. Mais ninguém passou, então continuamos.
A vã estava na nossa frente. Com as portas abertas. Marina e Clara estavam escondidas nas sombras, mas vi elas sorriem quando nos viram.
Cata e Lara estavam escondidas atrás da vã, e entraram rápido ao nos ver. Eu e André estávamos quase fazendo isso também, quando uma arma foi engatilhada as nossas costas.
_ Ainda não pagaram o que devem._ Gil disse.
_ Você ia nos vender._ Rebati._ Eu sei que você iria nos vender! Ouvi seus amigos falando.
_ Você está tão boa assim em casteliano?
_ Aprendi uma coisinha ou outra._ Fuzilei os olhos dele.
_ Não me surpreende. Você parece a mais esperta desse grupinho idiota._ Trinquei os dentes.
Lá atrás, eu via Bruna e Luana, espiando, vindo devagarinho até nós, com um dedo na boca, indicando silêncio. Eu ia ter que segurar Gil por um tempo.
_ Fique quieto._ Disse.
_ Quem é você pra me dizer o que fazer?
_ Sou uma pessoa nascida em um país bem mais desenvolvido do que o seu. Com, provavelmente, mas estudo do que você.
_ E desde quando escola ensina algo da vida?!!!_ Ele gritou furioso._ Eu não precisei de escola para montar uma milícia!
_ Eu não teria sobrevivido se não tivesse estudado! Não teria tanta facilidade pra aprender línguas! Não saberia onde encontrar comida! Sem a escola, eu não saberia nada!_ Eu estava apenas dando tempo a Bruna e Luana. Começei uma discução.
Bruna pegou um pedaço de ferro que estava jogado no chão. Luana pegou um pedaço de madeira que estava alí do lado.
_ Você é apenas uma filinha de papai, que nunca teve que sobreviver sozinha!_ Gil falou a maior das mentiras.
_ E você sabe algo sobre mim? Sabe que eu sou órfã? Que eu vivi nas ruas desde os meus quatorze anos?_ O rosto de Gil se suavizou um pouco, mas voltou ao normal rápido.
Luana e Bruna levantaram suas armas no ar, encima da cabeça de Gil, e desceram. O barulho de corpo caindo inconsciente era horrível. A arma dele caiu de lado, e Bruna pegou ela.
_ Vamos.
Entramos todos, eu liguei o carro, com a chave que ainda estava pendurada.
Som de tiros.
_ Eles estão alí, não deixem eles fugirem!_ Alguém gritou em espanhol.
_ Pé na tábua Hanna!_ Catarina gritou.
Eu saí a toda velocidade, mas as vinte e poucas pessoas da milícia de Gil, estavam correndo e atirando na nossa direção.
Eu torcia para não acertarem os pneus. Meu Deus, se isso acontecesse nós estávamos realmente ferrados!
Encontrei a estrada, e consegui sair do alcance deles. Todos deram suspiro coletivo.
_ Meu Deus, até quando nós vamos nos meter nessas encrencas?_ Eu ri. Foi uma risada de alívio.
_ Se depender da nossa sorte, pra sempre._ Alguém respondeu lá atrás.
_ Aprendemos alguma coisa com tudo isso. Nunca passar por cidades abandonadas!_ André disse ao meu lado.
_ Fico feliz de termos ajudado alguma coisa na vida deles. A gente consertou, e rebocou as paredes da casa deles. Espero que isso ajude na vida daquelas pessoas._ Eu esperava realmente isso.
De repente, uma mini orda de três zumbis atravessou a estrada, e eu, para desviar deles, fis um drift loção, girando o volante várias vezes antes de voltar para a estrada.
_ Não falei! Se depender da nossa sorte, a gente vai morrer antes de achar um pesquisador!
_ Cala a boca Clara! Ô pessimismo do caramba!_ Luana repreendeu a irmã.
_ Que foi? Era pra ser uma piada!_ A pequena disse.
Eu ri baixinho.
_ Você está bem?_ André me perguntou ao meu lado. As conversa de alívio faziam com que ninguém reparasse na gente.
_ Por que eu não estaria?
_ Eu estava do seu lado, segurando a sua mão, enquanto você falava com aquele homem desprezível. Senti suas emoções, porque você apertava a minha mão quando estava com raiva._ Ele pegou minha mão, e apertou de leve.
_ Gil não valoriza o que eu... A gente valoriza. Ele debocha das coisas que eu mais amo. Isso me deixa um pouco irritada.
_ Entendo._ Ele parou de falar, e ficou apenas segurando a minha mão, enquanto eu dirijia.
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Oieee Pipocos! TD bem com vcs? Like e comente. Espero que gostem da fuga. Tia Jujuba. ;-)

Hanna Contra O Apocalipse Zumbi.( Concluído e EM REVISAO)Onde histórias criam vida. Descubra agora