Olhei pela janela da aeronave, não entendendo bulhufas do que o capitão dizia.
A paisagem era tão bonita... A neve estava caindo, e as montanhas branquinhas, com os picos cobertos de neve.
O avião começou a descer, e com um solavanco estranho, eu percebi que ele tínhamos aterrisados.
As portas se abriram, e eu instantaneamente percebi porque nos deram o casaco quente. O vento frio parecia me dar um tapa no rosto.
Nos levaram para dentro da base, que era feita totalmente de aço e vidro.
Pessoas andavam em um pátio que tinha várias aeronaves de guerra, todas com roupas iguais, essas pessoas andavam apressadas, com papéis e armas na mão, conversando em línguas que eu não entendia, e usavam roupas mais quentes que a que usávamos no Brasil e na América, mesmo ali dentro estando tão quente quanto. Ao fundo, uma janela de chão ao teto feita de vidro, mostrava outro pátio abaixo, envolvido em uma cúpula de vidro, coberta de neve em cima. Lá em baixo, se via um jardim de inverno, cheio de mais pessoas andando, conversando e treinando, batendo em árvores com coisas que eu não reconhecia.
Alguns homens e mulheres falavam algo conosco, mas eu só consegui entender uma língua, sendo português de Portugal.
_ Sigam-nos para mostrar seu quarto._ Seguimos a mulher que dizia em português.
_ Qual o seu nome?_ Perguntei a mulher, já que éramos as única pessoas seguindo ela.
_ Emanuely querida. E o de vocês?_ Ela respondeu, com um olhar de mãe.
_ Eu sou Hanna, ele é André, as três alí são as irmãs, Bruna, Luana e Ana Clara, aquela é a Lara essa é a Catarina, e essa é a minha irmã Marina._ Apontei para cada um, falando seu nome.
_ Nossa, que grupo grande, achei que não se conhecessem._ Emanuely desceu uma escadaria que parecia gigantesca, conversando com a gente._ Melhor ainda, já que vão ficar em dormitórios no mesmo corredor.
_ De onde você é?_ André perguntou.
_ Portugal e vocês?
_ Brasil._ Ele respondeu.
_ Como vocês se conheceram._ Emanuely olhou para nós.
Todos ficamos em silêncio, mas os outros olharam pra mim, esperando que eu repetisse a história. Então eu repeti, eliminando alguns pedaços.
_ Nossa! Vocês todos são de diferentes locais da América! Não existem muitos americanos aqui, por isso apenas eu falo português._ Emanuely acabou de descer a escadaria, que davam em varias portas abertas._ Aqui vão ser seus quartos. Essa é uma ala não muito usada do complexo, a ala dedicada as pessoas que veem da America. Esse corredor, expecificamente, não tem ninguém em nenhum dos quartos. Mas garanto que é muito boa, tão boa quanto as outras alas.
_ Por que não tem tantas pessoas aqui?_ Clara perguntou.
_ Porque não existem tantas pessoa não infectadas na América. Ela foi o continente com mais bombas estouradas depois da Europa. Mas na Europa, bem mais pessoas sobreviveram._ Emanuely disse._ Amore, você não gostaria de ficar com as outras crianças no parque?
_ Eu acho uma má ideia._ Bruna disse.
_ Que isso, nenhuma criança aqui vai fazer mal a ela._ Ela continuou.
_ Não tenho medo das outras crianças, tenho medo da minha irmã!_ Bruna deu um gritinho, apontando pra Clara._ Nesses últimos meses, eu conheci um lado da Clara que nem sabia que existia. Sério, foi a Clara que nos salvou de muitas situações, dando tiros sem dó nem piedade nos zumbis. Não sei o que ela faria com uma criança que irritasse ela agora.
_ Eu ein! Tenho 11 anos Bruna, eu não vou matar ninguém caramba!_ Clara disse, colocando as mãos na cintura.
_ Prefiro não arriscar._ Ela respondeu.
_ Ok então... Esses serão seus quartos._ Ela apontou para algumas portas no corredor._ Podem entrar em qualquer um, as cores são unissex, mas se quiserem pintar e mudar algo estão livres. Vão ficar nesse quarto até decidirem ir embora, ou acharmos a cura pra esse mundo.
_ Ok, obrigada Emanuely!_ Dei um abraço nela, que saiu rapidamente depois disso.
Olhei para a primeira porta que vi na minha frente. O corredor era de ferro, sem nenhuma janela. As portas tinham uma plaquinha na frente, acho que para escrevermos os nossos nomes.
Abri a porta, entrando no meu quarto e fechando a porta atrás de mim. Acho que todos também fizeram isso, mas não vi.
O quarto era muito bonito, e o meu tinha uma vista incrível, de uma janela de chao ao teto, direto para o meio das montanhas, onde eu via a neve caído. Era tão bonito...
O aquecedor estava ligado ao lado da cama, em frente ao criado mudo de madeira e trampo branco, deixando tudo bem quentinho ali dentro. Deixei o casaco quentinho em cima da cama de casal simples com lençóis, fronhas e tudo o mais brancos. Existia uma escrivaninha de madeira em frente a cama, com uma cadeira branca e um pequeno notebook. Um armário de madeira com detalhes em Branco e um espelho na porta ficava ao lado da entrada. O quarto inteiro em sí não era exatamente grande, mas bem aconchegante. Como únicas decorações, um quadro de paisagens quentes; uma planta grande ao lado do armário, entre ele é a porta, outra planta pequena em cima da escrivaninha e um tapete Branco, encobrindo o chão de madeira ao lado da cama.
Olhei no espaço entre o armario e o criado mudo, onde havia uma porta, também branca. Abri a porta, dando em um banheiro, com as paredes e o chão iguais ao quarto. Uma pia com mármore Branco e armarinho de madeira, e do outro lado, uma privada simples e um box, com chuveiro grande até. Lá dentro tinham todos os itens de beleza básicos. Saí do banheiro.
Abrindo o armário, encontrei roupas iguais as que todos usavam nos pátios e corredores, que eram botas marrons de cano alto, blusa de manga comprida Branca e calças jeans pretas. Meias e roupas íntimas pretas também estavam lá dentro. Várias mudas de roupa iguais a essa estavam empilhadas direitinho alí dentro. As roupas podiam ser usadas por qualquer um, homem ou mulher.
Olhei para as minhas roupas ensanguentadas de sangue de zumbi e senti os meus cabelos sujos e grudentos. Eu devia estar horrível.
Tomei um banho bem demorado, me vesti com as roupas e decidi dar uma explorada no local.
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Oieee pessoas! Td bem com vcs? Capitulo novinho aí para vocês. Eles finalmente estão a salvo... Ou não?
Like e comente. Espero que gostem. Beijos da tia Jujuba. ;-)
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Hanna Contra O Apocalipse Zumbi.( Concluído e EM REVISAO)
Ciencia FicciónLivro 1 da saga apocalipse. Hanna é uma adolescente de 17 anos, moradora das ruas e casas abandonadas de São Paulo. Órfã e fugitiva de um orfanato, ela e suas duas melhores amigas, Lara e Catarina sobrevivem nas ruas de vender balas no sinal e come...