Dois

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     Nossa! Nem acredito que com dois capítulos, esse livro já tem 30 visualizações. Fico feliz que estejam gostando da história. Por isso... Vamos dar uma adiantada nas coisas. Postarei dois capítulos hoje, esse e um próximo. Acho que vocês vão gostar da adiantada

     Dia 5 - Antes do Apocalipse

   Trabalhamos ontem, sem conseguir muito dinheiro, esperando alguma outra noticia na TV, para comprarmos suprimentos.

   " As autoridades decretaram estado de calamidade publica, devido as constantes ameaças de bombas biológicas, e ataques terroristas em São Paulo. 

   Se você é morador da capital paulista, de BH ou Brasília, o toque de recolher as 19:00 já está em vigor, e é recomendado estocar comida e água. Voltamos amanhã para mais informações, é com você Willian"

   Era o sinal que nós estávamos precisando, para pegarmos o dinheiro e irmos ao mercado.

   Havia um grande Extra perto do centro, onde resolvemos ir naquele dia. Entramos e Lara pegou um carrinho( no qual nós três passeamos feito retardadas, durante uns 15 minutos no estacionamento).

   O Extra em que fomos, era um grande hiper mercado. Vendiam de tudo ali dentro, de comida a eletrodomésticos. 

   Compramos primeiramente, galões d'água, depois macarrão e panelas para cozinhar. Passamos uma hora e meia lá dentro, comprando comida e produtos de higiene pessoal.

   Depois disso, fomos para a seção do material escolar. Peguei quatro mochilas, alguns pacotes de canetas e agendas grossas. Seria bom começarmos um diário, para notificar os acontecimentos( é por isso que estou escrevendo agora).

   Como em casa tem eletricidade, compramos uma boca de fogão,  para cozinhar, e uma fritadeira sem óleo.

   Finalmente, entramos na seção de roupas. Nossas roupas, na maioria era velha, já que morávamos na rua a bastante tempo.

   Que mal faria umas roupinhas certo? Errado!!!

   Eu, apenas eu, comprei três blusas, uma calça e dois short e um tenis All Star.

   Resumindo: Fizemos um estrago naquele mercado.

   No caixa, a atendente estranhou três adolescentes comprando tanto, mas não disse nada.
   Pegamos o carrinho e fomos para a residencia.

   Nunca tinha entrado naquele porão, era uma coisa totalmente nova para nós.

   O porão tinha uma porta de ferro de entrada, e era um grande quadrado, como a casa.

   Em um dos cantos, tinha uma banheira pequena, uma privada e uma pia com armarinho, separadas por uma cortina verde menta do resto do porão.

   Ao lado, tinha um grande espaço, cheio de tabuas de madeira.

   Também tinha um mini freezer( nem tão mini assim), ligado em um gerador movido a gasolina, preso na parede junto com galões de gasolina também, ele tinha adaptador de tomadas para ligar as coisas elétricas. Ao lado uma pia de argila e varias prateleiras de ferro. Na frente de tudo, uma mesinha com 4 cadeiras.

   E no ultimo canto, quatro redes de dormir, formando um angulo de 90 graus.

   Teríamos trabalho para arrumar aquele lugar. Catarina deixou o carrinho perto das redes, e veio nos ajudar. Primeiro, descemos a TV e o suporte, ligando diretamente no gerador( acho que é por ele que temos eletricidade).

   Então, descemos o sofá com um pouco de dificuldade, colocando-o em frente a TV. Nossa salinha ficou ao lado do banheiro.

   Tirei as redes e arrumei as tabuas de madeira, enquanto Lara e Catarina usavam ferramentas achadas para desmontar a beliche e traze-la para baixo.

   Quando eu subi, Cata estava retirando as madeiras da escada da beliche, e enquanto isso, eu e Lara descemos a cama de baixo do beliche.

   — Deixa os colchões aí, que depois eu desço eles.— Cata nos alertou.

   No lugar onde estavam as quatro redes, agora havia a beliche, e apenas uma rede, onde eu dormiria.

   Então organizamos a comida. As poucas coisas perecíveis que tínhamos comprado, no freezer, e o resto nas prateleiras vazias, junto com algumas tabuas e a caixa de ferramentas.

   Liguei a TV, e me sentei no sofá, olhando para a cara da ancora do jornal, anunciando mais ataques terroristas. Só estava passando isso nos jornais, desde a ameaça do Estado Islâmico, o que fazia os assassinatos em serie passarem batidos.

   Estava começando a ficar cansada disso. Deitei na rede, esperando um tempo até adormecer.


     Dia 7- Antes do apocalipse


   Ontem começaram a vender Kits de primeiros socorros na farmácia. 

   Alguns já estavam convencidos de que havia uma ameaça, mas a grande maioria era cética, e insistia em dizer não ao jornal e a polícia.

   No fim do dia, usei todo o dinheiro que consegui, para comprar um kit de primeiros socorros( mano, pra que vender gaze, faixa, ban-daid, mertiolate, desinfetante de machucados e algodão por 67 reais!!! Com esse dinheiro, eu compro tudo isso separado e ainda sobra. Mas né, tudo pela caixinha com a cruz vermelha).

   Levei para casa, com três reais do bolso e um kit médico na mão. Lara aprovou, mas Cata disse que eramos boas de mais para machucados, ou nos prevenir deles. Eu não tinha tanta certeza...

   Hoje de manhã, como sempre, saímos para trabalhar. Eu prendi meu cabelo em uma trança bem presa, e saí, um pouco antes das minhas amigas acordarem.

   Já saí antes delas acordarem algumas vezes. Levava as mercadorias em uma mochila pequena, e saía para, literalmente dar um passeio.

   Andei pelas ruas do centro, olhando as construções coloridas e elaboradas, e o céu que estava mais azul que o normal.

   Eu gostava de andar olhando as vitrines das lojas caras, onde eu nunca poderia comprar nada, nem uma meia.

   Meus olhos varriam a calçada, enquanto eu andava ladeira abaixo. O vento batia em mim, fresco. Um dia onde a paz parecia reinar... parecia.

   Voltei ao meu habitual farol, levando balas para aos motoristas.

   Passou-se um tempo, era quase uma da tarde, e eu fui oferecer balinhas de menta para uma mulher, que estava com o halito especialmente horrível, e aproveitei para ouvir o radio enquanto ela pegava o dinheiro na bolsa.

   "A emergência dos hospitais está lotada de gente que não poderá chegar em casa a tempo.
   Os policiais evacuaram escolas e quadras, e pedem para não sair do lugar onde está, apenas procurar abrigo.

   A bomba biológica está prevista para atingir São Paulo em quinze minutos."

   A moça me deu o dinheiro e foi embora, enquanto eu surtava um pouco por dentro.

   Tentei desesperadamente encontrar Lara e Catarina. Vendo-as perto de uma arvore, corri até elas e anunciei.

   — O apocalipse está chegando!!!

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   Espero que gostem desse mais novo capítulo!!! Tia Jujuba ;-)

   Fotinho da Hanna( By: Internet)

   Fotinho da Hanna( By: Internet)

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Hanna Contra O Apocalipse Zumbi.( Concluído e EM REVISAO)Onde histórias criam vida. Descubra agora