_ Por favor, não machuque a gente. Estamos só tentando sobreviver._ Marina disse. Ela estava calma, bem mais do que eu._ Eu... Eu sei que vocês podem me entender.
_ Sí, te entiendo, pero Nadie aquí, además del Lino, puede hablar su idioma(Sim, te entendemos, mas ninguém aqui sem ser o Limo pode falar seu idioma)._ Uma mulher de uns dezoito anos, nos empurrou para uma roda, onde ficamos rodeados por eles._ Llevarlos dentro, Gil amará ve-los( levem eles para dentro. Gil vai amar ve-los).
Fomos andando, todos de mãos dadas, para uma ruela antiga, e uma casa na rua. A porta da casa não era grande coisa, estava toda quebrada e cheia de rombos. Dava para ver boa parte do que tinha dentro da casa.
Uma das pessoas abriu a porta, e entramos em uma salinha, menor que a nossa vã.
_ Hola. ¿ Quienes son ellos Felipa?( Olá. Quem são eles Felipa?)_ Um homem de meia idade, sentado em uma escrivaninha cheia de papéis.
_ Sob extraños. Pensamos que puede ayudar aquí en la milicia.( São estrangeiros. Achamos que podem ajudar aqui, a milícia)._ A mulher ao meu lado respondeu.
_ ¿En qué país vienen?( De que país eles vem?)._ Ele perguntou novamente.
_ Brasileiros.
_ Sólo llame al Lino. ( Chamem logo o Lino.)_ Uma pessoa entrou pela porta dos lados.
_ ¿ Quién me llama?( Quem me chama?)_ Um garoto negro, com olhos cor de barro, apareceu ao lado de Gil.
_ Por favor Lino, traducem lo que significan._ Ele nos olhou.
_ Brasileiros! São do meu país!_ Ele estava super feliz._ O que fazem aqui?
_ Nós estávamos só passando por aqui, e fomos atacados. Em direção aos Estados Unidos._ Respondi.
Ele traduziu para o homem sentado, e ele respondeu algo no ouvido de Lino.
_ Gil disse que vocês tem muitos suprimentos, se quiserem passar, terão que dar a nós, no mínimo, três quartos do que tem. Isso faz com que a única coisa que possam levar embora é, ou a perua, ou alguns dos suprimentos._ O homem disse.
_ Mas... Mas estamos em sete! Não dá para sobreviver assim. Vocês tem suprimentos, e comida não vai ajudar a melhorar esse lugar!_ André rebateu, e Lino traduziu.
_ Tenho uma ideia. Se ficassemos para ajudar a reformar esse lugar, podemos pagar com ajuda, ao invês de suprimentos._ Eu revelei minha ideia, torcendo para que eles aceitassem. Ele traduziu para o homem.
_ Gil disse que pode aceitar sua ideia. Mas para pagar por tudo que vocês tem, são no mínimo três semanas aqui, arrumando tudo o que está quebrado._ Lino estava quase dando uma gargalhada._ E meus pêsames, mas isso inclui os banheiros.
Clara pegou a minha mão, e foi a primeira vês que ouvi ela falar um palavrão. Quase dei um tapinha na boca dela. Olhei para meus amigos. Eles sabiam que era a única opção.
_ Aceitamos._ Eu disse.
O homem disse outra coisa no ouvido do Lino, e ele fez um sinal para as pessoas ao nosso lado, e elas nos levaram pelo mesmo lugar de onde ele saiu.
A porta nos levava a uma escadaria, que descia uns dez metros. Lá embaixo, era como se fosse uma casinha, com dois quartos, dois banheiros, uma cozinha e só. Tudo era feito de madeira ou pedra, e as camas eram todas beliches. Tinha outra portinha que levava a mais uma escadaria, mas eu não me atrevi a ir lá olhar.
_ Vocês vão ficar naquele quarto._ Ele apontou ao quarto mais ao fundo._ E podem pegar o que quiserem na cozinha, mas se passarem de quinze alimentos, vão ter que pagar por isso também.
_ Ok._ Dissemos em coro.
_ Podem começar quando quiserem._ Lino disse e nos deixou, levando algumas pessoas com ele.
Fiz uma rodinha com meus amigos.
_ Precisamos sair daqui o mais rápido possível! Mas é melhor sair daqui honestamente, do que sermos perseguidos se fugirmos._ Falei._ Então é melhor irmos logo. Ainda está claro, e já dá para começarmos.
_ Vamos lá... As coisas vão ter que melhorar pra nós!_ Sorri pro André.
Saímos os sete para cima. Decidimos começar pelas paredes, que estavam cheias de rachaduras.
_ Tem tijolos jogados na viela alí atrás, mas eu não achei cimento._ Clara disse.
_ Nós podemos fazer cimento com lama, ou sei lá o que.
_ Lama? Não sei se isso dá certo Luana._ Duvidei um pouco.
_ As casas de sapé são feitas com lama e palha, e costumam ficar em pé._ Marina disse._ Podemos tentar.
Ande trouxe os tijolos, e Clara adorou "brincar" na lama, nos ajudando a colocar água e formar lama.
Passamos lama nos buracos e nos tijolos, colocando os tijolos logo depois. Eles nao caíram, deve ser algo bom.
_ Será que dá pra rebocar paredes com lama?_ Eu ri.
_ Acho que não Han._ Mari deu risada.
No fim do dia, todos os buracos da sala principal estavam fechados, e nós estávamos totalmente exaustos.
Me joguei em cima da cama, sem nem ao menos dar Boa noite. Não consegui pensar em nada depois disso.Dia 46- Depois do apocalipse.
Eu não sei se devia estar escrevendo isso. Se alguém pegar meu diário de viagem, estamos ferrados.
Deixa eu começar do começo.
Essa semana, arrumamos e rebocados a casa, já que conseguimos fazer um cimento improvisado com lama e pedrinhas. Barri cinco vezes toda a casa, tirando o pó e a sujeira de todo aquele lugar.
Assim, eu tinha acordado cedo, para trabalhar e pagar minha dívida( nossa, me sinto medieval!), e antes de virar a esquina de onde deixamos o cimento, ouvi voses. Parei para escutar, meu espanhol já estava bem melhor por isso entendi algumas partes.
_ Vamos acabar com isso.
_ Eles são muito preciosos, não dá pra deixar eles ir embora. O Gil não vai deixar eles irem embora.
_ Eles são ótimos na limpeza, seria bom termos uma fachineira.
_ O Gil vai prender eles no porão. Valem uma grana preta se vendermos pro Júlio. Ele tá enfernizado a no as vida.
Estava claro que estavam falando de nós. E eu não acreditava que estávamos sendo enganados!
_ Ele vai vender a vã e tudo o que tiver dentro dela semana que vem. Não vai dar chance deles fugirem.
Nesse momento eu tive uma ideia.
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Hanna Contra O Apocalipse Zumbi.( Concluído e EM REVISAO)
Sci-fiLivro 1 da saga apocalipse. Hanna é uma adolescente de 17 anos, moradora das ruas e casas abandonadas de São Paulo. Órfã e fugitiva de um orfanato, ela e suas duas melhores amigas, Lara e Catarina sobrevivem nas ruas de vender balas no sinal e come...