O laboratório era uma sala muito grande, totalmente branca e metalica (Como tudo aqui dentro!). Pessoas com jalecos brancos e as mesmas roupas que todos usávamos, andavam de um lado para o outro, carregando frascos com líquidos coloridos ou transparentes. Mulheres, homens, jovens, adolescentes e até algumas crianças passeavam pelo local, fazendo algo que parecia importante.
Dois grandes e grossos paredões de pedra, com azulejos brancos e azuis ao lado e em cima, uma pia bem fundo em cada um, que ficavam um pouco mais afastados do centro, atrás de uma parede de vidro, que ocupava um canto inteiro do laboratório, estavam ocupados com mais de dez pessoas. A superfície estava lotada de frascos e experimentos diferentes, amostras do que parecia ser sangue e luvas cirúrgicas usadas.
_ Alí é onde eu trabalho._ Felipe disse, me levando até lá, abrindo a porta e entrando, não sem antes colocar seu jaleco branco e me dar um também._ Bom dia Ana Júlia.
_ Bom dia Felipe._ Ana Júlia, a mulher com quem Felipe tinha falado, observava uma amostra em um microscopio._ Quem é sua amiga? Alguma estagiária?
_ Não, ela é uma sobrevivente. Veio da América também._ Ele foi ajudá-la a calibrar o microscópio. Ana Júlia saiu dali, deixando Felipe olhar o microscópio.
_ Você é de onde?
_ Brasil._ Respondi.
_ Isso está na cara, eu também sou. Somos os únicos três brasileiros nesse lugar!_ Ela colocou as mãos na cintura.
_ Na verdade não. Cheguei com outras sete pessoas, todas meus amigos e do Brasil também._ Dei um sorriso.
_ Nossa! É difícil sobreviver com um grupo tão grande de pessoas._ Ana Júlia foi para uma das pias e lavou as mãos._ De que lugar do Brasil vocês são.
_ Eu, e seis dos meus amigos somos de São Paulo. Minha irmã gêmea recém descoberta Marina, é da Paraíba._ Ana Júlia ficou surpresa.
_ É qual é o SEU nome?
_ Hanna. Hanna Betany Morais.
_ Chique. Gostei de você._ Ana Júlia me levou para perto dos paredões.
_ Aninha, me ajude aqui. O que é isso?_ Felipe chamou ela.
Fui mais para um canto, observando os dois e as outras pessoas em seus afazeres.
_ Ai meu Deus... Não acredito que conseguimos..._ Ela sussurrou.
_ Achamos..._ Felipe estava pasmo, o rosto tão Branco quanto às paredes.
Ana Júlia chamou alguém, que parecia ser o chefe dos dois. Ele também ficou pasmo, os olhos ganharam um brilho tão louco...
O homem deu um grito, chamando todos e conversando algo. Eu entendi o que estavam dizendo... Eles tinham achado a cura!
Alguém me abraçou, os altofalantes começaram a falar em línguas que eu não entendia, até que o português foi anunciado e eu tive a certeza!
"É um prazer imenso anunciar, que a cura para o vírus foi descoberta!"
Uma lágrima solitária escorreu pelo meu rosto. Não era de tristeza e sim de felicidade. Eu iria conseguir pagar a promessa que fiz as irmãs, mesmo não tendo sido eu que descobri essa cura.
Com uma felicidade imensa, eu corri, corri diretamente para o corredor do meu quarto.
Eu tinha visto de longe, só a silhueta dele, mas eu sabia quem era. Ele também me viu, e sabia quem eu era. Pulei no colo de André, passando os braços e as pernas em volta do corpo dele, chorando.
_ Eu estava lá! Eu vi quando eles descobriram a cura! Estamos salvos André!_ Eu chorava de soluçar, feliz pra caramba.
Senti mais braços me abraçando. As meninas estavam todas tão felizes quanto qualquer um naquela base.
Todos entramos no quarto de André, que era igualzinho ao meu.
_ Isso é um sonho realizado. E foi no mesmo dia que chegamos! Será que é carma?_ Bruna dizia, com o maior sorriso do mundo.
_ Não sei se é carma, mas com certeza e sorte!_ Luana abraçou a irmã.
Olhei para André, sorrindo com todos os dentes. Ele me abraçou. Seus braços estavam tão quentinhos...
Com o meu sorriso, sussurei no ouvido dele.
_ Finalmente estaremos livres.
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OMG!!! Eles descobriram a cura, o que vai acontecer? O livro acaba aqui? Não, não exatamente aqui. Teremos mais alguns capítulos, finalizando a história, e o prólogo.
Like e comente. Espero que gostem. Tia Jujuba. ;-)
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Hanna Contra O Apocalipse Zumbi.( Concluído e EM REVISAO)
Science FictionLivro 1 da saga apocalipse. Hanna é uma adolescente de 17 anos, moradora das ruas e casas abandonadas de São Paulo. Órfã e fugitiva de um orfanato, ela e suas duas melhores amigas, Lara e Catarina sobrevivem nas ruas de vender balas no sinal e come...