capítulo 18

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O dia prosseguiu sem problemas. Ela entrou em contato com Harry e combinou de se encontrarem na hora do almoço para trocar idéias sobre a decoração de suas casas rescém-terminadas.


Encontraram-se. Como sempre, Harry protestou contra tudo, sempre com a convicção de que ele sabia melhor.


- Tapetes azuis, pintura uma mistura de pêssego e creme, e mobília leve, querida. - Harry tomou-lhe a mão e pressionou os dedos nos lábios. - Vai ficar magnífico.


- Nada de verdes?- yasmim perguntou. - Certo. Que cor você quer para a outra casa?


Harry tinha muito bom gosto em decoração. Juntamente com yasmim faziam ótimo trabalho, pois yasmim era boa em compras. Sabia conseguir bom preço na compram de terrenos para construções.


- Estou interessada em qualquer coisa que vi um dia desses em  Copacabana- ela declarou.


- Uma casa cheia de terraços? - Harry arregalou os olhos.


- Três casa, na verdade.


- Construção sólida? Onde exatamente ficam? Vou vê-las e trarei todas as informações para você.


Ele iria logo, Yasmim sabia, e traria as informações logo. Enquanto dirigia para casa, ela se perguntava se o ponto de vista dele coincidia com o seu.


Três casas seriam uma razoável ambição, mas o grupo era de seis, situadas em local privilegiado, parte de uma herança que a família desejava vender.


A tarde de Yasmim foi muito ocupada. Ela saiu do escritório à noite para se encontrar com sua mãe num pequeno restaurante que uma amiga recomendara. Novos donos, nova decoração e uma comida excelente.


O filme que Yasmim escolheu era uma comédia espanhola com legenda em inglês, às vezes de humor negro. Depois foram tomar café juntas.


Sua mãe era excelente companhia e muito amiga da filha.


- Você vai indo bem? - Luiza lhe perguntou.


- Quer especificar bem em que sentindo? - yasmim sorriu.


- Vivendo com vanesa .


- Quartos separados. Vidas separadas.


Yasmim fez um resumo do tipo de vida que levavam, mas que não chegou nem perto de descrever a elétrica tensão em que viviam. Havia, na verdade, uma força, uma constante lembrança do que tiveram um dia, o que a forçava o tempo todo forçar-se a conseguir viver bem com aquele peso emocional.



Luiza evitou dar conselhos. Conhecia bem a filha.


- Mais café, querida? - perguntou.


- Não, obrigada. - Era quase meia-noite. - Preciso voltar... - ela ia dizer para casa, mas parou antes, pois não se considerava em suacasa.


O Mercedes de vanesa estava na garagem quando ela chegou, e havia luzes no interior da casa.


Ela veio do escritório. Havia tirado seu blazer , desabotoado os primeiros botões da camisa e enrolado as mangas.


- Divertiu-se?- perguntou.


- Jantei e fui ao cinema com a mamãe . Tomamos um café demorado. E você, onde foi?


- Jantei com um cliente.


- Quem vence?


- Ganhei por pequena margem.


Naturalmente. Vanesa não jogava para perder.


- Parabéns.


- Um colega de negócios me fez um convite para jantar amanhã.


- Que bom para você.


- Claro. Espero que me acompanhe, Yasmim .


- E se eu preferir não ir?


- Pensei que tivéssemos concordado em nos portar como um casal normal.


- Nesse caso, você não fará objeção em me acompanhar ao balé na próxima segunda-feira, à noite? - Yasmim sorriu. Vanesa gostava de arte, mas isso não incluía dança clássica.


- Tem as entrada? - ela indagou.


- Naturalmente.


Uma companhia russa estava na cidade e yasmim tencionara convidar uma amiga para acompanhá-la. Agora mudava os planos para incluir vanesa.


- Vamos chamar isso de negociação - ela falou, sorrindo. - Você bem sabe o que é isso.


- Feito.


- Então, boa-noite.


Sem outra palavra, ela lhe deu as costas e subiu as escadas.

Vanesa ficou paralisada olhando sua mulher subir as escadas

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