- O que pensa que vai fazer?
- Preparar uma cama improvisada - yasmim informou-o, enquanto tirava um cobertor e um travesseiro do armário.
- Nossa cama é bastante larga - declarou vanesa com uma suavidade perigosa.
- Não vou dormir com você - falou Yasmim com determinação.
- É em mim que não confia? Ou em si mesma?
- Em você.
Ela foi à saleta e colocou duas poltronas juntas, uma de encontro à outra, e concluiu que ficaria muito confortável se tomasse a posição fetal.
Segundos após tirou uma longa camiseta de sua mala e foi ao banheiro para se trocar.
Deitou-se. Não muito confortável, confessou a si mesma, depois de vinte minutos deitada.
Ela rememorou os eventos do dia, pensando no entusiasmo que teria sua mãe ao abrir uma filial em São Paulo... e mudou a posição das poltronas.
Não funcionou, pois uma de suas nádegas logo ficou adormecida devido ao estofamento. Muito duro. Quem sabia de deitasse de costas.
Quanto tempo demorou para concluir que poltronas jamais se transformariam em leito confortável? Meia hora?
Enfim, colocou o cobertor sobre o tapete e se deitou. Ergueu o braço a fim de apanhar o travesseiro, e bateu com o cotovelo numa das poltronas. Gemeu. Céus, como doeu!
Estaria vanesa dormindo? Teve vontade de pegar o travesseiro e jogá-lo na cabeça dela.
Devia ter insistido em quartos separados. Droga, por que não o fizera?
Naquele exato momento a luz do quarto ascendeu, e no instante seguinte vanesa apareceu na porta que separava a pequena sala do quarto.
Sem uma palavra carregou-a nos braços.
- Ponha-me no chão! - Yasmim berrou.
Ela obedeceu mas a pôs ao lado da enorme cama de casal.
- Fique aí - disse, com a voz ameaçadora, e foi para o outro lado da cama.
- Não fico!
- Se quer luta, tudo bem. Mas cuidado com o modo como vai essa luta terminar.
- Estou tremendo de medo!
- Vai tremer, se não se deitar.
Yasmim não se moveu.
- Desde quando você passou a seu uma tirana ditadora? - Os olhos caramelizados expeliam faíscas.
- Há dez segundos,yasmim
Ela olhou para o telefone.
- A recepção pode me providenciar outra suíte. - Ela pegou o fone, mas nem havia digitado o primeiro número quando vanesa cortou a conexão.
- Nem pense nisso - ela ameaçou-a.
- Como ousa agir assim?
- Muito facilmente.
Ela então apanhou um travesseiro e jogou-o nela, mas vanesa com o braço desviou-o para cama.
A fúria de vanesa era quase palpável.
- Três noites atrás dormimos numa cama metade desta - disse.
- Foi diferente.
Com a agilidade de um gato ela contornou a cama.
Yasmin rolou para o outro lado do colchão e saiu da cama. Ela não poderia vencer, não tinha para onde ir, e lutou com fúria incrível quando vanesa agarrou-a, segurando-lhe os braços com muita facilidade.
Num momento de loucura yasmim mordeu-o com força no peito, e vanesa jogou-a no colchão.
Em vão ela tentava se libertar, e deu um grito quando vanesa abriu-lhe as pernas e prendeu-lhe os pulsos acima da cabeça.
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Uma Falsa traição ?
FanfictionSeria possível perdoar a traição da pessoa que seria o amor pra sua vida ?! Tudo o que Yasmim queria era esquecer que ainda estava casada com a Lopes . Bom pelo menos no papel .. Agora, com o pai doente, ela precisava assumir o controle das empresa...