capítulo 21

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As luzes da rua forneciam iluminação e as árvores lançavam sombras por toda parte. Muitas casas estavam na escuridão, mas de quando em quando uma janela acessa revelava atividade no interior.


Na casa dos anfitriões havia segurança para ela, yasmim pensou. Agora estavam sós e ela consciente do perigo, encontrava-se numa situação com a qual não se sentia à vontade... agora e no futuro.


Na realidade, estava sem controle de suas emoções.


Não levaram muito tempo para chegar em casa. Num movimento rápido Yasmim saltou do carro e entrou antes de sua esposa


O ruído do salto de seus sapatos batendo no chão de mármore soou alto no silêncio da noite.


Vanesa ligou o alarme, apagou as luzes.


Está fugindo de que, Yasmim ?, uma vozinha lhe perguntou. De si mesma?


Ela não ousou responder. Correu para o santuário de seu quarto.


Vanesa não a impediu.


Nesse caso, por que estava com a impressão de que ela tinha um plano em mente?


Um plano para seduzi-la?


Por quê? Para provar que poderia, se quisesse?


Ela colocou a camisola e deitou-se, certa de que dormiria logo.


Após uma hora, revirando-se na cama de um lado para o outro, resolveu descer. Trocou a camisola por um roupão e foi á piscina interna, aquecida.


Lá, tirou o roupão e mergulhou na água cristalina.


Nadou e adorou sentir a água contra sua pele. Achou que talvez se acalmasse e conseguisse dormir.           


Quem sabe a imagem de vanesa não a perseguisse mais, não invadisse seus sonhos.


Começava a se cansar. Hora de parar, refletiu e decidiu parar apoiando-se na beirada a fim de descansar alguns segundos.


- Cansou?


A voz lhe era familiar. Inadvertidamente soltou as mãos e mergulhou.


Segundos depois voltou à superfície, indignada, cuspindo água.


- Você me assustou - disse. - Como sabia que eu estava aqui?


- Meu sensor de segurança - vanesa informou-a. - Ele emite um sol ao lado de minha cama antes de o alarme avisar, se alguma luz está acessa na casa.


- Quer dizer que tentou investigar. - Ele assemelhava-se a um anjo negro, e o roupão que ela usara a fez lembrar de que não tinha nada por baixo.


Havia toalhas no vestiário, porém ela precisava sair da piscina para chegar até lá.


Vanesa estendeu-lhe a mão.


- Quer ajuda?


- Se quer mesmo me ajudar vá buscar uma toalha - ela respondeu secamente.


- Mergulhando nua?


- Há quanto tempo você está aí?


- Alguns minutos.


- Sua demônia !


Vanesa tirou o roupão e mergulhou ao lado dela.


- Agora estamos em igualdade de condições.


- Deixe-me ir. - Ela afastou-se da esposa o mais que pôde.


- Não confia em mim ou em você mesma, Yasmim ?


- Não quero brincar de gato e rato.


- É isso que acha que estou fazendo? Brincando?


- Acho que está se divertindo muito com a situação.         


- E gostaria de fugir?


- Gostaria de sair da piscina - Yasmim corrigiu-a


- Então vá, meu amor. Não vou segura-la.


Ela nadou até a outra extremidade.


Com um movimento rápido yasmim ergueu o corpo subindo na murada de pedra e bem depressa pegou o roupão que jogara lá.

E lá estava vanesa paralisada apenas com um sorriso do canto do rosto observando sua mulher sair da piscina e que mulher gostosa do caralho


Podia ter sentindo frio, pois a água estava tépida, mas em vez disso um calor percorreu-lhe o corpo todo e seu coração acelerou. Apanhou uma toalha e com ela fez um turbante para os cabelos.


Aquela não foi a primeira vez que estiver nua na piscina com vanesa . Exceto que, então... Não, pensou com firmeza, não pensaria naquilo.


Sem olhar para trás, fugiu para seu quarto. Tomou banho, lavou a cabeça, secou os cabelos e entrou embaixo das cobertas.


Olhou para o relógio. Em algumas horas, poucas, o despertador daria o alarme, e precisaria se levantar, preparar a maleta e seguir para o aeroporto.

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