capítulo 34

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Yasmim ficou em silêncio e assim continuou até a em casa.


Com razoável dignidade tentou sair do carro e entrar na frente dela.


Andar com dignidade foi difícil, considerando-se que a bainha do robe arrastava no chão, as mangas dobradas se desdobraram e cobriam-lhe os dedos. Quanto ao cinto... era melhor se esquecer dele.


Yasmim pôs o computador numa das mesas do hall de entrada.


- Que tal levar isso ao escritório?


Yasmim, que já estava subindo a escada, virou-se e disse:


- O que há de errado em deixar tudo aí?- Ela fechou o robe e amarrou o cinto.


Parecia uma criança beligerante. Vanesa sorriu. Yasmim estava tentando fazê-la passar pelas piores horas de sua vida.


- O que acha de explicar por que desligou o telefone na minha cara, recusou atender a meus telefonemas, não se preocupou em deixar um recado?


- Tudo se explicaria por si próprio! Você não me contou que iria a Vitoria, com certeza com o propósito de ver Aline . Tive de ser informada por Cássio... Como acha que me senti?


- Por isso decidiu fugir?


- Não fugi!


- Como chama o fato de se registrar num hotel não deixando uma palavra sobre o lugar onde estava?


- Ora, eu estava tão furiosa!


- Se tivesse atendido um de meus telefonemas...


- Você poderia ter explicado?


- Sim.


- Teria me contado o que eu queria ouvir?


- A verdade.


- Qual é?


- Meses de conversação legais estão quase chegando a uma conclusão. Fui até lá na esperança de dar força ao argumento legal.


- E obteve sucesso?


- Pode levar mais alguns dias.


- Um dia você me fez acreditar que Aline era uma psicótica, cujo ciúme chegou a tal ponto que ela resolveu destruir nosso casamento. Não acreditei nessa história, como não acredito agora...


- Sua falta de confiança em mim me magoa muito, Yasmim.


- Maldita seja você, vanesa. Ela foi sua amante por mais de um ano!


- Um relacionamento que terminou muito antes de eu conhecer você. Se, conforme Aline afirma, ela é o amor de minha vida... por que me casei com você?


- Por causa de minha herança?


Os olhos de vanesa ficaram negros de ódio, e por um breve segundo yasmim acreditou que vanesa  iria agredi-la. Um músculo tenso no queixo demonstrava tentativa de controle.


- Saia da minha frente antes que eu faça alguma coisa de que possa me arrepender mais tarde. Vá. Ou então, por Deus, poderá desejar nunca ter nascido.


Num movimento rápido, vanesa carregou-a nos ombros e subiu as escadas. Colocou-a na cama de casal, a mesma que haviam compartilhado antes.


Tirou o blazer , a calça, a camisa e a calcinha


Nua,parecia uma força poderosa quando se deitou na cama ao lado dela.


Desamarrou o robe de yasmim, inclinou a cabeça e beijou-lhe os seios, fazendo-a gemer quando atravessou a linha entre o prazer e a dor.


Não houve preliminares para a penetração. Ela gritou nas várias vezes em que vanesa repetiu o ato.


Mas aquilo não foi sedução nem prazer para vanesa, mas apenas a necessidade de satisfazer um desejo bárbaro.


Yasmim ergueu o corpo, mordeu-o no peito... e ouviu um gemido rouco: a vingança dela foi sem piedade, e ela quis  retribuir na mesma medida.


Foi sua única vitória, pois vanesa prendeu-lhe os braços acima da cabeça. Indefesa, imponente, balançava a cabeça de um lado para o outro enquanto ela a mantinha ativa, beijando-a, e fazendo-a sua.


Os espasmos cresciam em intensidade até os dois se fundirem numa única pessoa.


Era mais do que yasmim podia suportar, e começou a pedir, a suplicar, que vanesa parasse , permaneceu dentro dela num clímax violento, e depois rolou de costas, carregando-a consigo.


Yasmim  quis se desvencilhar e ir para o outro lado da cama. Mas vanesa a segurou firme junto de si.


Sua respiração era tão rápida quanto a dela, e yasmin ficou imóvel, de olhos fechados, a mente quase selvagem, cheia de sexo.

Vanesa manteve-a presa a noite toda, e quando yasmim pensou que vanesa dormia, bem devagar mexeu o corpo, apenas para fazê-la agarrá-la de novo junto a si.

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