18.

113 9 5
                                    

Desci desde a sua boca até ao seu pescoço e chupei o mesmo, calmamente.

- Podes morder, tenho saudades. - Jungkook geme ligeiramente essas palavras.
- Posso mesmo? - Pergunto contra o seu pescoço fazendo-o arrepiar-se.
- Hm.

Tinha saudades de beber sangue humano, desde que estou doente só bebo sangue animal e quando é humano é de pacote, os rapazes não me deixam ir caçar porque têm medo que perca as forças ou me magoe.

Dei mais um beijo no pescoço do rapaz de cabelos negros. 
- Vai doer, provavelmente como da primeira vez, por tanto desculpa.
- Não faz mal, morde-me logo.

Assenti e mordi o seu pescoço fazendo com que alguns fios de sangue escorressem pelos furos feitos, suguei um pouco do seu sangue e senti um prazer enorme invadir o meu corpo, como se estivesse a saciar um desejo que tinha à muito tempo.
Parei de beber o seu sangue, afastei-me ligeiramente e notei dois pequenos fios de água a caírem pelos olhos do mais novo.

- Desculpa amor. - Digo depositando um pequeno beijo nos lábios do mesmo.
- Não faz mal. - O rapaz corou ao ouvir a palavra " amor ".

Jungkook levantou-se do meu colo e dirigiu-se à casa de banho, onde tratou da sua pequena ferida e voltou para perto de mim, sentando-se agora do meu lado ao invés de no meu colo.

- Nunca me transformes em vampiro, está bem? - Ele diz num tom baixo.
- Nunca te faria isso Jungkook, quero que tenhas o privilégio de envelheceres.. De teres uma família normal e de um dia morreres, por velhice. - Digo no mesmo tom que ele.
- Eu quero ter uma família contigo.
Sinto o sangue que possuía na cara fervilhar o que significava, que estava a ficar corado.
- Queres mesmo? - Digo virando-me para ele, sorrindo largo.

- Quero. - Jungkook diz com as suas bochechas também vermelhas e um sorriso enorme estampado no rosto.

Com a minha mão, peguei na sua e entrelaçarei os nossos dedos.

- És o melhor namorado do mundo. - Digo com entusiasmo na voz.
Jungkook simplesmente corou e deixou o seu sorriso falar por si.

Deitei-me na cama e puxei Jungkook para perto de mim, ficando ambos assim de conchinha.

19:45pm
Acordei sobressaltado com os gritos vindos do andar de baixo.
Jungkook não havia acordado com o barulho, então também não o acordei, levantei-me rapidamente e desci as escadas em passos apressados, causando-me algumas dores pelo corpo.

- O que é que se passa aqui? - Pergunto vendo todo o acontecimento à minha frente.
- Como assim o Jimin devolveu a memória ao Jungkook? - Sun-A diz num tom elevado. - Só podem estar a gozar comigo, vais voltar para ele? Mesmo depois de tudo o que eu fiz por ti? - Os olhos da rapariga tornam-se vermelhos devido ao choro compulsivo que dos mesmos saía.
- Calma Sun-A! - Digo dando um berro. - Fui eu que pedi.

- Porquê? Porquê, Taehyung? - A rapariga diz agarrando-se à minha t-shirt chorando. - É porque eu não sou boa o suficiente? É? Eu tornei-me vampira de propósito para poder estar contigo, não me faças isto. Mais a mais, os teus pais nunca iriam apoiar o vosso relacionamento.

O meu coração congelou naquele momento.
Ela havia-se tornado vampira só para poder ficar comigo?
Enquanto Jungkook me pede para nunca o tornar num vampiro, a Sun-A pede para ser vampira, só por minha causa.
A minha cabeça está a mil.

- És mais que suficiente, Sun-A. Talvez tenhas razão...- Digo baixo.
Sun-A interrompe o meu discurso - Então porquê ele? - Diz Sun-A apontando para o rapaz que descia as escadas.
Desviei o meu olhar e notei que Jungkook tinha ouvido toda a conversa, e notei pequenas lágrimas a descerem pelo seu rosto.

Eu não queria dizer que ela tinha razão e que eu devia deixar Jungkook, eu ia apenas dizer que talvez ela tivesse razão em relação aos meus pais nunca nos apoiarem, mas eu nunca o ia deixar, nem mesmo por isso.

- Eu não ia dizer que.., espera, deixa-me explicar. - Digo subindo as escadas até perto de Jungkook.
O rapaz apenas permanece quieto e diz num tom baixo. - Talvez ela tenha razão, os teus pais nunca nos iam aprovar. Podes ficar com a Sun-A, está tudo acabado entre nós.
- Jungkook, para. - Digo agarrando o pulso do rapaz que subia as escadas.
- A sério, acabou. Eu também não te amo tanto assim. - O rapaz retira a minha mão do seu pulso, sobe as escadas e volta a desce-las com as suas coisas nas mãos.

Eu apenas permaneci perplexo na escada, sem mover um único músculo.

Jungkook passa por mim, chega perto de Sun-A e diz. - Trata bem dele.
Abre a porta e saí da casa, numa enorme velocidade.

Estava estático e não conseguia mexer nem um pedaço do meu corpo, senti tudo em mim cair, senti tudo desmoronar-se, outra vez.
  " Eu também não te amo tanto assim.  ", essa frase percorria a minha mente e parecia não se cansar, pois não parava de me aparecer à frente.

Jimin subiu as escadas até mim e tentou falar comigo, mas eu apenas não conseguia falar, nem mesmo respirar.

A minha visão começa a ficar turva e perco a força nas pernas, fazendo com que o corpo de Jimin se projetasse até mim, impedindo-me de cair.
Pegou-me ao colo e levou-me até ao quarto, onde me deitou na cama.

- Vou resolver tudo eu prometo, agora descansa. - Jimin diz depositando um beijo na minha testa.

Fechei os olhos e adormeci num sono profundo.

JIMIN POV

 Deitei Taehyung e desci as escadas rapidamente até Sun-A.

Coloquei a minha mão em volta do seu pescoço e empurrei-a à parede com toda a força que tinha naquele momento.
Eu tinha problemas de raiva e andava medicado para os meus ataques de raiva estarem controlados mas, agora não conseguia.

- EU JURO, QUE UM DIA DESTES EU TE MATO, OUVISTE BEM SUA CABRA? - Digo num tom alto fazendo com que Yoongi, que era o único que se encontrava em casa sem ser Taehyung, aparece-se por detrás de mim.
- Todos nós temos essa vontade, mas deixa-a viver. - Yoongi diz num tom baixo.

Larguei o seu pescoço, abri a porta e pu-la na rua, numa questão de segundos.

Yoongi chegou perto de mim e apenas me pediu para o seguir até à cozinha.

SUN-A POV
Isto não vai ficar assim, à não vai não.

Caminhei apressadamente pelas ruas de Seoul, até encontrar o Jungkook sentado num dos bancos da pequena praça a chorar.

Coitadinho.

Cheguei-me perto dele e vi um curativo no seu pescoço.

Então Taehyung alimentava-se mesmo dele, rebelde.

Sentei-me do seu lado e passei a minha mão pela sua perna, fazendo o mesmo dar-me atenção.

- O que é que queres? - Pergunta ele cuspindo as palavras.
- Comigo falas bem, ouviste? - Digo num tom autoritário. - Ah e vais largar o Taehyung, percebeste?
O rapaz apenas se encolheu e não disse uma única palavra.

Levantei-me e peguei na sua mão.
- Larga-me. - Ele suplica.
- Não. - Digo com um sorriso nos lábios.

Puxei-o até um dos cantos daquela praça, onde não havia ninguém, e num ápice suguei todo o sangue que Jungkook possuía no corpo.

Ele tinha que morrer, ele vivo só me ia impedir de ser feliz.

Deixo-o caído no chão sem uma pinga de sangue a correr-lhe nas veias e saio dali bem rápido.

NOTAS FINAIS:

Não sei bem ainda o que me deu para escrever este capitulo assim, mas espero que gostem ahaha.
Obrigada pelas leituras!!

Estou a pensar em fazer um álbum de imagines dos Bts, o que acham?

Don't Hurt Me. - Taehyung.Onde histórias criam vida. Descubra agora