8. deleite

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EDITADO, 18/12/2019.

Gotham City, 10:28

Gotham Central

Tão proeminente ele estava, concentrado em seu estupor enigmático. Agora, a alguns metros da sua maior distração.

─ Quanto tempo... ─  disse Coringa saindo de dentro do caminhão prata, agora tombado em um terreno baldio. ─ Quanto tempo desde a última brincadeira.

Ele sorriu apontando a hk para Batman.

─ Desde a última piada. ─  sussurrou a última palavra.

─ Não quero que ninguém se machuque.

Batman disse sério, envolvido em sua capa preta.

─ Ah, meu amigo, nem eu. ─ jogou a arma para longe. ─ Eu quero apenas conversar.

Ele diz inquieto, e logo depois abriu um grande sorriso.

─ Não quero conversar. ─ Batman disse com a sua voz grossa se aproximando do palhaço. ─ Se renda agora, Coringa. Ou as coisas irão ficar sérias.

Ele gargalhou, passando as mãos pelo cabelo verde.

─ Que ironia! Você me dizendo que as coisas irão ficar sérias.

Coringa olhou para o céu, perto dos prédios mais altos. Lá estava o sinal de que Gotham precisava de ajuda.

─ Quero que me chame de Às de Valetes. ─  gesticulou com a mão, tirando uma arma de dentro da camisa social branca, enquanto abaixava a outra. ─ Não há o porque de me chamar de Coringa.

Batman deu um passo a frente.

─ Não é engraçado? ─ ele apontou a arma para si mesmo. ─ Tenho o poder da morte em minhas mãos. ─ destravou a arma, agora a chacolhando na direção de Batman, andando sorrateiramente até parar em sua frente. ─ Você pode causar tantas coisas com um simples pedaço de metal. ─ gargalhou alto abrindo os braços. ─ Mas o que eu estou dizendo? Pode ser até com um pedaço de ferro...

Coringa franziu o cenho, tentando segurar o riso inflado que se formava em sua garganta. O Cavaleiro das Trevas rugiu raivoso erguendo Coringa pelo colarinho, se lembrando do que tinha acontecido tempos atrás.

─ Não ouse citar o nome dele. ─ Batman negou, praticamente cuspindo as palavras.

Jason Todd.

Parecia que na mente dele, a imagem de seu antigo companheiro da noite vinha em colapsos. Piscando, falhando toda vez que ele tentava tocá-lo, tentando puxa-lo para longe daquela noite, para ajudá-lo.

De repente tudo ficou um completo silêncio. Apenas a respiração pesada de Batman era ouvida.

Um silêncio mortal.

─ O passarinho vai voar. ─ o homem de cabelos verdes sussurrou atraindo a atenção para ele. E em meio a penumbra da noite, o sorriso de prata deu as caras.

Jason Todd.

O Morcego esbravejou algo indistinguível, enquanto dava um cruzado de direita no rosto do homem pálido, ainda segurando o colarinho dele, desferiu mais socos na região da mandíbula.

E quanto mais ele batia, mais o palhaço dava risada.

Com um último pingo de força que ainda o restava, Batman deu um último soco no rosto de Coringa, fazendo com que ele se desprendesse do colarinho e caísse no chão, batendo com a cabeça no cimento duro da calçada.

ROTTEN OF DAMAGED, jarleyOnde histórias criam vida. Descubra agora