ROTTEN OF DAMAGED, jarley

16. caos

EDITADO, 29/12/19.

Gotham City, 22:33

Apartment

— Chefe.

Jonny joga uma arma para Coringa — mais especificamente um fuzil —, fazendo ele erguer as mãos para alcançá-la.

— Quem chamou a merda da policia? — Espantalho gritou para os residentes do apartamento que estavam todos assustados, sentados no chão.

Como de se esperar, ninguém respondeu. Mais ao fundo, uma criança pequena chorava no colo de sua mãe, e isso fez com que Coringa rugisse de nervoso se alterando ainda mais.

— Cala a boca! — ele aponta a arma para a mãe e a criança. — Seria um prazer atirar!

Em resposta, a mãe começou a chacolhar a criança nos braços, com os olhos marejados de lágrimas.

— A S.W.A.T toda está lá embaixo. — Jonny diz agitado enquanto colocava uma máscara com o rosto do Batman.

— E o que você está esperando? — indaga puxando um frasco de metanfetamina de dentro de seu sobre-tudo roxo. — Matem todos!

Ele riu enquanto mastigava os comprimidos da droga ilícita. E quase instantaneamente as pílulas subiram sua cabeça.

O suor escorrendo pelo seu peito desnudo, as pupilas dilatas, o frenesi martelando em sua nuca, o calor. Dopamina, noradrenalina, serotonina, os sentidos misturados. A febre, a raiva, a loucura. E então começa a euforia e o estado de alerta aumentado, as alterações de humor e a raiva intolerante. As emoções intensificadas.

A loucura invadindo os seus sentidos, foi seguido pelos disparos vindo do andar de baixo. Jonny descia as escadas correndo, enquanto atirava sem ver, tentando, acertar um alvo. Entretanto, Coringa apenas ria, gargalhava e debochava. Incapaz de ter algum raciocínio lógico, pois a droga, praticamente, corroía seus neurônios.

— Harley... — ele diz para si memso no tempo em que Frost e os outros capangas limpavam seu caminho. — Quando eu te achar... — e um sorriso macabro se forma em seu rosto, e depois ri.

Jonny se apavorava toda vez que ele ria. Era assustador.

— Prometo que não irei te bater! Não muito...

Jonny Frost tentava de todas as formas possíveis se concentrar nos disparos, mas a risada letal de Coringa sobressaltava em seus ouvidos. Logo em seguida, ecoava por sua cabeça, e ele poderia jurar que a qualquer momento o seu cérebro iria sair pulando de seu crânio.

— Estou ficando maluco.

Ele sussurrou para si, enquanto arrombava uma porta de emergência aos chutes dando passagem para Coringa. Alguns capangas ficaram para trás, atrasando os agentes da S.W.A.T.

— Aonde está meu carro? — Coringa berra com os braços abertos para Jonny.

— Não sei. — em meio ao barulho de tiros, Frost responde um pouco assustado.

Os capangas que antes atiravam dentro do prédio saíram pela porta de emergência correndo para o meio da rua. Jonny corria logo a frente de Coringa, abrindo caminho enquanto atirava para os lados.

E em poucos segundos tudo já havia se tornado um caos.

O próprio comissário vinha à frente dos policiais gritando ordens diretas, as quais o palhaço fazia questão de rir. Alguns capangas arrancaram as máscaras do rosto, para facilitar a fuga.

— Onde tá o meu carro? — Coringa pergunta outra vez para Jonny.

Mais alguns passos a frente, Coringa puxa Frost para um beco na rua de cima do apartamento de Gordon, Jonny aproveita a pequena pausa para recarregar sua arma.