13. opressão

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EDITADO, 24/12/19.

Gotham City, 00:12

Gotham Streets

A dor incessante fixada no ombro de Harley, fazia com que ela soltasse gemidos roucos toda vez que a agonia rondava seu corpo. Não era a primeira vez em que era atingida por um tiro, mas a dor sempre continuava sendo a mesma. As lamúrias incessantes saindo de sua boca, deixava Coringa cada vez mais irritado.

— Você poderia calar a boca? — ele diz irado, enquanto virava uma esquina em alta velocidade.

— Não foi você quem levou um tiro. — a loira protesta indignada, enrolando um pedaço de pano em seu ombro. — Você sempre sai inteiro.

Coringa sorri trocista.

— Sou o único filho de deus.

Harley mostra a língua para ele. Pela falta de cinto, ela se debruça para perto do ombro do palhaço ignorando a dor instigante que praticamente dançava pela extensão de seu braço.

— Pudinzinho... — diz devagar o chamando. — Já que o intrometido do Jonny nos atrapalhou, poderia responder o que achou da minha dança?

Coringa ânsia fatigado, empurrando Harley bruscamente de volta para o seu banco.

— Eu não iria dizer nada. — diz. — E se você ficar me perturbando, acabo de vez com seu outro ombro

Harley o olha com raiva, massageando a fronte.

— Achei que você iria me tratar bem durante essa noite. — ela cruza os braços olhando para fora da janela. — Estou vendo que fui burra outra vez.

Coringa olha de soslaio para Harley, não se importando com suas palavras. Ele continua com as mãos no volante, com o olhar centrado nas ruas movimentadas de Gotham.

— Para o carro. — ela diz convicta de si, olhando para ele.

Coringa bate fortemente com o punho no volante, puxando vigorosamente o braço de Harley fazendo ela parar de frente ao seu rosto. A loira tentou se desprender das enormes mãos do palhaço, mas foi em vão.

— Não estou no clima pra brincadeiras, Harley. — disse cuspindo as palavras, enquanto desviava o olhar da rua. — Ouviu?

Harley aperta os olhos fortemente, segurando a imensa vontade que tinha de chorar.

— Eu disse pra parar o carro. — repete brutalmente.

Coringa ri novamente agora se desvencilhando da loira, parando o carro inesperadamente ao pisar fortemente no freio, fazendo o carro de néon chiar ao deixar uma lista preta no asfalto.

— Se você for, não precisa mais voltar.

Harley sorri de canto, abrindo a porta do carro púrpura.

— Quem disse que eu vou voltar? — diz certa.

Em seguida ela sai do carro, deixando Coringa extremamente nervoso dentro do carro, ele bate com a mão no volante uma outra vez, no mesmo tempo em que Harley batia a porta com força se distanciando ao pisar fortemente no chão pelos becos escuros da cidade.

— Que garota mimada! — diz e então bate com a cabeça no vidro da janela, se lembrando de quantas vezes o ato já se repetiu. — No final, não sou eu quem acaba voltando.

Ele diz rindo para si mesmo, saindo com o carro em direção ao galpão subterrâneo.

Com certeza ela voltaria.

Gotham City, 00:31

Galpão Subterrâneo

Jonny havia chegado ao galpão antes de Coringa, junto de Espantalho e os outros capangas. A grande porta de aço rangiu quando ele a rolou para cima, furioso, ao deixar Harley brincar novamente de pega-pega.

— Coringa? — Jonny perguntou ao ver o homem pálido, praticamente derrubando tudo em seu caminho. — Aonde está Harley?

Frost caminhou até a porta para verificar sinais da moça. Coringa passou a mão áspera no rosto tentando se acalmar.

— Ela se foi novamente. — diz irritado, se lembrando de Harley saindo do carro de néon. — Eu... Eu deveria matar ela.

Jonny olha receoso para ele.

— Harley Quinn — Coringa diz agora mais calmo. — Aquela garota... Aquela pele branca, aquela pele lisinha.

O Palhaço ri tão alto, que acaba chamando a atenção de Espantalho, que digeria uma bebida alcoólica barata.

— Eu poderia criar outra igualzinha, que ninguém daria falta da original.

— Muito tentador, Coringa. — Espantalho diz ao fundo.

Coringa se aproxima de Frost, tirando a arma púrpura de seu apoio. No cano da arma havia um bobo da corte esculpido na madeira de qualidade. Uma homenagem para ela.

— Não, ninguém daria falta... — ele passa os braços pelo pescoço de Jonny. — Mas eu daria. Então a piada não tem graça!

Em um movimento rápido ele atira com a arma em uma foto de Harley que estava em cima de uma mesa velha. O rosto sorridente de Harley seguida das letras vermelhas 'Only Yours, Puddin!' caem no chão em cacos, e Jonny estremece junto aos braços de Coringa.

— Realmente adoro ela. — se desprende de Jonny e recolhe a foto de Harley do chão, limpando com os dedos os pequenos cacos de vidro de cima da fotografia. — Ela sabe como me irritar!

Jonny sempre está confuso com a relação de Coringa e Harley Quinn. As vezes a cena de Coringa abusando de sua ex-mulher ronda seus pensamentos — até mesmo os gritos agudos e desesperados dela ele era capaz de escutar —, e são nesses pequenos instantes em que ele sente a incrível vontade de não servir mais a ele. De sair do crime, e nunca mais voltar.

Mas ele era o homem que mais sabia da vida do palhaço do crime, e aquilo o matou.

— O que achou da minha ideia, Jonny Jonny? — Coringa pergunta estupefato.

— O quê? — Jonny pergunta deixando seus pensamentos. — Desculpe, não estava ouvindo.

O palhaço nega desconfortável.

— Já disse pra você não ficar se desculpando atoa. — Jonny assente um pouco cansado. — O que você acha que devo fazer em relação à Harley? — Coringa diz o nome dela em um tom piadista.

— Nada. Ela sempre volta. — Ao terminar de falar o óbvio, Jonny se joga em um dos sofás, tentando não pensar no passado que tanto o atormentava, que a cada dia o deixava ainda mais oprimido.

— É por isso que gosto de você Jonny Frost! — o homem pálido diz alto e em bom som. — Você entende a piada!

E em seguida ele ri como de costume. Tentando acalmar as batidas sanguinolentas de seu coração, toda vez que pronunciava o nome dela.

Homem, você é tão narcótico. O seu amor é mortal.

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olá amores, espero que gostem ❤

existe uma referência a uma tatuagem dele nesse capítulo.

All the love.

ROTTEN OF DAMAGED, jarleyOnde histórias criam vida. Descubra agora