2. delírio

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EDITADO, 15/12/19.

02:16, Gotham City

Galpão Subterrâneo

Harley foi acordada bruscamente por um dos capangas do Coringa batendo freneticamente na porta de seu quarto, e com o feito, logo em seguida acabou entrando. Com o ato inesperado, ela pegou uma glock dourada de cima do criado-mudo e apontou para o homem alto e magricelo. Ele arregalou os olhos assustado com a cena, erguendo as mãos.

─ Não se entra dentro do quarto de uma dama sem permissão. ─ ela sorriu, terrivelmente meiga. ─ O que você quer?

Ela abaixou a arma.

─ O Espantalho, está aqui. Disse que não vai embora até falar com você. ─ o capanga falou rápido e sem fôlego olhando para trás.

─ Espantalho? ─ ela perguntou franzindo o cenho enquanto ele assentia.

Harley saiu da cama ligeiramente vestindo um vestido vermelho de renda, destravando a glock dourada enquanto saia do quarto se dirigindo ao salão principal. Ela olhou ao redor vendo que todos os outros capangas estavam reunidos no local. A direita, perto do sofá mofado com cartas embaralhadas, o Espantalho estava sorrindo com desdém, sendo imobilizado por dois capangas fantasiados com ternos rasgados.

─ Harley Quinn ou... Harleen Quinzel? ─ o Espantalho murmurou arregalando os olhos em quanto mordia os lábios fortemente. ─ Está muito bonitinha doutora.

Harley revirou os olhos balançando a cabeça. Odiava ele.

─ As vezes eu chego a pensar que você é mais pirado do que eu. ─ sorriu ajeitando a barra do vestidinho. ─ Quais são seus assuntos comigo?

Ele rosnou se debatendo nos braços dos capangas.

─ Primeiro, mandem eles me soltarem. ─ se referiu aos capangas que estavam o segurando. ─ Daí eu conto o que você quer saber.

─ Eu não pedi pra você vir até aqui. Não quero saber de nada! ─ ela debochou rindo enquanto negava com a cabeça.

Espantalho torceu o nariz.

─ Não quer saber? ─ ela negou outra vez. ─ Nem sobre o seu... Pudinzinho? ─ imitou a voz de Harley, enquanto se debatia outra vez.

Harley ficou séria, olhando desconfiadamente para o Espantalho. Com impertinência ela mandou os capangas soltá-lo. Ele passou a mão nos braços brancos olhando feio para os dois homens.

─ Fala logo o que você sabe. ─ ela cruzou os braços.

─ Foi hoje a noite.  ─ disse sombrio  ─ Eram meia noite em ponto e então eu escutei um barulho de tiros, tentei olhar pela fresta da janela, mas era muito pequena pra minha cabeça. ─ colocou uma mão no queixo. ─ Aí logo em seguida eu escutei passos, quando eu fui olhar novamente, o Coringa segurou minhas roupas pela grade e me mandou ficar quieto. Eu pensei que ele iria me matar, eu fiquei com muito medo... ─ ele já estava imperativo à este ponto em meio aos homens. Harley bufou.

─ Desembucha Espantalho! ─ Harley estralou os dedos impaciente.

─ Calma... ─ rugiu baixo. ─ Então ele me soltou destrancando a cela, me deu passagem e depois me abraçou em quanto caminhávamos pelo Arkham. ─ um sorriso apareceu em seu rosto. ─ Ele me deu ordens de aparecer aqui e de te dizer que havia "chegado a hora". Eu não entendi, e ele disse que eu não precisava entender. Depois ele abriu a porta de emergência me mandando ir embora e fazer o que ele tinha mandado. ─ disse confuso. ─ E ele ficou lá.

Os olhos de Harley brilharam com as últimas palavras de Espantalho, era hoje que ela iria rever o Senhor C. Ela bateu palminhas abraçando Espantalho de lado esquecendo que o odiava enquanto cantarolava alguma canção de amor desconhecida.

─ Ah! E ele me disse que se eu fizesse direitinho o que ele tinha mandado, eu poderia entrar pro seu reino. ─ ele disse olhando para a cara dos outros homens que olhavam furiosamente para Espantalho.

Harley já não escutava nada, ela apenas pensava que tudo tinha que ser minimamente planejado para tirar ele de lá.

─ Brutamontes! Coloquem suas máscaras, vamos salvar o meu Pudinzinho! ─ ela se derreteu toda abraçando a si mesma enquanto os capangas gritavam loucuras.

❖ ❖ ❖

Os clássicos capangas do Coringa são na verdade loucos que habitavam o manicômio Arkham, em uma das vezes que ele foi internado, quando escapou, soltou todos os prisioneiros declarando que naquele momento trabalhavam para ele. Alguns mais sãos recusaram a proposta, enquanto outros mais psicóticos aceitaram gargalhando. Alguns já morreram trabalhando para ele, outros desapareceram de vez, outros foram pegos e levados novamente para o Arkham e muitos outros o próprio Coringa matou em um momento de estresse.

Mas Harley Quinn, era a única que ele não considerava uma simples capanga, e sim uma parceira fiel. De tantos modos, não existiria alguém mais submissa ao Coringa do que a própria Harley, e era por isso que Coringa havia escolhido Harley para o tirá-lo do Asilo Arkham. Pois ela era tão perdidamente apaixonada pelo Palhaço do Crime, que mataria qualquer um para poder tirá-lo de lá, tiraria até a própria vida se à duvidassem.

Neste momento, o Príncipe Palhaço do Crime está delirando com seus pensamentos em relação a Gotham e principalmente a sua maior piada em forma de diversão, Batsy.

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Tomara que estejam gostando da minha fanfic, espero não estar decepcionando ninguém ♥ Coloquei o Espantalho nessa fanfic porque ele é muito pirado, eu amo ele.

All the love.

ROTTEN OF DAMAGED, jarleyOnde histórias criam vida. Descubra agora