-Mande-a entrar. – pediu contrafeito.
-Senhor... O informante mandou avisar que a senhorita Salezian desembarcou em Antares agora a pouco, mas não veio à mansão. – tentou nervosa.
-E para onde ela foi? – inquiriu grosseiramente fazendo a outra saltar.
-Para a Zona Norte, senhor. Ela foi pra casa. – concluiu suspirando. Marcos soltou um suspiro de alivio e se sentou com a garrafa. –Obrigado, pode se retirar.
-Sim senhor. – ele entornou a garrafa fazendo uma careta para o liquido e passando a mão pelos cabelos já desalinhados. Tudo o que faltava para completar a bagunça era Veridiana voltar com suas cobranças e preparativos para o casamento.
-Vai ficar sentado ai? - Mia perguntou entrando e fechando a porta.
-Veridiana está em Antares. – anunciou. Ela parou e o olhou por um tempo.
-Você não precisava disso agora. – falou complacente e o abraçou. –Posso cuidar dela se quiser.
-O que vai fazer? – inquiriu curioso.
-Mantê-la longe.
-E quem mantém o pai dela longe? Baltazar já estava me infernizando antes da filha voltar agora ele não vai sair do meu pé até ver uma aliança no dedo da filha. – lamentou-se.
-Baltazar é uma sanguessuga. – repudiou afastando-se. –O conselho está todo ai, o almoço será servido em vinte minutos é melhor você ir se preparar.
-Tem horas em que tudo o que quero é viver uma vida normal, longe de toda essa podridão. – suspirou.
-Todo mundo tem que seguir seu destino. Vamos. Eu não te deixarei sozinho nessa. – afirmou empurrando para fora da biblioteca.
-O que seria de mim sem você? – perguntou beijando-a na testa.
-Nada, com certeza. – ela respondeu rindo e tirando um sorriso do irmão.
Elise estava novamente em frente ao espelho. Outro vestido havia sido deixado em sua cama e lhe caia muito bem. Esse era bege com umas faixas vinho. Fez uma longa trança lateral em seus cabelos e usou um pouco de pó para esconder algumas marcas que ficaram expostas em seu braço descobertos. Estava bonita apesar da simplicidade. Ouviu uma batida na porta e respirou fundo algumas vezes antes de abrir. Mia estava sorridente num conjunto de blusa verde e pantalona da mesma cor realçando seus olhos, apesar de seus cabelos terem sido presos num coque antigo.
-Sabia que você ficaria linda nele. – comentou passando a mão pelo vestido.
-É muito bonito. – concordou seguindo-a.
-Não fique nervosa Elise, estarei o tempo todo com você. – garantiu apertando-lhe a mão e lhe passando confiança. Mia não se dirigiu para a sala de jantar que Elise estava acostumada a fazer as refeiões durante todos os dias que esteve ali. Ela se dirigiu para o lado oposto e abriu uma porta larga caminhando por um cômodo que Elise ainda não conhecia e abrindo outra porta lateral. O local era longo, largo e ocupado por uma mesa de vinte lugares, cada cadeira tinha uma pessoa em pé em posição de espera. Numa olhada rápida Elise viu um homem vestindo uma bata verde, ouro com vestes num dourado luminoso, um homem de barba por fazer. Ma mulher de cabelos curtos e olhar atento vestindo terno, Amarilis, que lhe sorriu quando ela olhou e a família de Jade. Mia foi até a cabeceira da mesa onde uma grande cadeira estava vazia e se sentou a direita, posicionando-a do outro lado perto de Sam. Cronometradamente quando o relógio anunciou meio dia à porta se abriu e Marcos entrou vestindo algo parecido com os outros homens.
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Cura-me Amor...
RomanceOBRA REGISTRADA... não vacilem, plagio é CRIME. Cura-me Amor... Marcos Dalfom é um conde, único governante e herdeiro de uma ilha onde as regras e tradições tem guiado os moradores de Antares a anos. Seu dever é se casar com uma parente distante em...