Marcos passou os dedos nos lábios ainda sentindo a textura da boca de Elise enquanto a acompanhava com os olhos. Não foi sua intenção beija-la, nem ao menos percebeu tanta vontade até ter os lábios dela nos seus. Respirando profundamente ele se recompôs ao notar que Carolina e Ian retornavam rindo. Olhou novamente para onde Elise correu e para seu segurança que presenciou toda a cena e começou a recolher as coisas.
-As crianças devem amar esse lugar. – Carolina falava rindo alegremente ao se aproximar. –Onde está Elise?
-Ela entrou. – Marcos respondeu carrancudo sem olhar para o casal.
-Porque não a convidou para passear também? Está uma tarde tão agradável. – sugeriu recriminando-o.
-Vamos embora. – ele retrucou ignorando-a.
-Você está bem? – Ian inquiriu pegando a cesta que Marcos jogou em seus braços. –Estava tão relaxado agora a pouco.
-Estou. – respondeu caminhando para a casa. Elise estava na sala de contos rodeada de crianças e ouvia atentamente algo que uma menininha contava. Ela sentiu a presença de Marcos antes mesmo dele aparecer na porta. Ambos se encararam sérios questionando em silêncio o que de fato estava acontecendo, mas nenhum tinha a resposta ainda.
-Infelizmente temos que ir. – ele falou olhando para Amarilis que veio em sua direção.
-Ah, mas já? – reclamou sorrindo.
-Eu e o Ian temos assuntos a resolver. – justificou.
-Da próxima vez traga o Sam, ele sempre ajuda muito quando vem. - ela pediu encabulada.
-Falarei a ele. – prometeu estendendo a mão para Elise se levantar. Ela ignorou e ergueu-se sozinha.
-Tchau Amarilis. – cumprimentou abraçando a outra.
O silêncio no retorno foi incomodo para todos. Marcos adquiriu sua velha feição fechada, Elise se deixou perder em pensamentos, Carolina cochilou e Ian continuou impassívo ao clima no carro. Assim que chegou Marcos se trancou na biblioteca contrariado. Só podia ter tido um surto para beijar Elise daquele jeito. Nem gostava dela, desconfiava dela o tempo todo como pôde ter ansiado por seu beijo daquele jeito? Só podia está carente. Decidiu levantando-se e pegando um copo de uísque.
-Marcos? – Sam chamou da porta entrando assim que viu o amigo e patrão.
-Pensei que não retornaria. – Marcos queixou-se.
-Fiz uma busca pela cidade atrás daqueles rebeldes que estavam na parada. – comunicou na defensiva. –Não deu antes por causa da cerimônia.
-Eu sei, desculpa. – pediu esfregando a têmpora.
-Aconteceu alguma coisa? – inquiriu aproximando-se.
-Não... – afirmou olhando o amigo meio sujo. –Onde você foi procurar esse povo? No esgoto? – perguntou zombeteiro e Sam riu.
-Quase isso... Vou tomar um banho e descansar uns três dias. – falou rindo ao SAE dirigir a porta.
-Sam... – Marcos chamou contrariado. –Odeio estragar seus planos, mas tenho uma missão para você.
-Pode falar. – respondeu prontamente.
-Quero que vá a Santos, Santarém e adjacências a procura de Adele Rabanne Naven.
-Naven... – repetiu pensativo.
-É de extrema importância que descubra onde ela está. – falou serio.
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Cura-me Amor...
RomanceOBRA REGISTRADA... não vacilem, plagio é CRIME. Cura-me Amor... Marcos Dalfom é um conde, único governante e herdeiro de uma ilha onde as regras e tradições tem guiado os moradores de Antares a anos. Seu dever é se casar com uma parente distante em...