Capítulo 17

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Marcos acordou com um leve sorriso ao contemplar Elise ao seu lado. Ela dormia serena agarrada a uma de suas mãos. Com cuidado ele se inclinou e lhe deu um beijo na testa. Elise abriu os olhos ao sentir o toque carinhoso e sorriu timidamente. -Bom dia. - falou encarando-o. Marcos sorriu abertamente.-Ainda não amanheceu. - falou se inclinando de modo a poder olha-la. -Hum... - murmurou constrangida. Admirando o brilho dos olhos dele embora o quarto estivesse iluminado apenas por uma abajur. -Você ainda me ama?-Claro... Não acredita? - inquiriu sério. -Achei que poderia ter mudado de ideia. - explicou desviando o rosto.-Pois não mudei... Eu a amo. Não espere que eu desista de te convencer disso. - respondeu segurando o rosto dela de modo a ver seus olhos. Elise sustentou o olhar. Gostaria muito de acreditar nisso, mas sabia o quanto Marcos tem procurado uma mulher e talvez tenha visto nela uma possibilidade. Não era amor, era necessidade. Ambos travaram essa batalha em silêncio até o ambiente mudar. Os olhos dele percorreram o rosto dela e o dela involuntariamente fez o mesmo. Marcos lembrava da primeira vez que viu aqueles olhos cheios de medo e incertezas agora pareciam moderados, controlados. Sua boca tremia levemente e como ele queria beija-la. -Quero muito beijar você... - sussurrou encostando a testa na dela. Surpreendentemente Elise encostou seus lábios nos dele. Marcos a beijou com desespero degustando. Elise tremeu com a fricção das línguas e com o carinho que ele fazia em seu rosto. A mão dele percorreu para o pescoço a puxando para mais perto ele suspirou alto quando ela o abraçou. Para Elise aquilo tudo era novidade. O toque dele queimava sua pele e sua boca incisiva era viciosa. Se contorcia involuntariamente nos braços dele. Marcos tentava manter o controle, mas o desejo era intenso. Se afastou ofegante quando beijar já não era suficiente. -Elise... Me faça parar...-Marcos... - sussurrou voltando a beija-lo. Era o incentivo que ele esperava. Com gentileza ele se inclinou sobre ela retirando sua roupa entre beijos ardentes. Elise esperava o desespero para poder gritar, tentava reunir forças para manda-lo parar, mas cada toque, cada carícia fazia crescer sua ânsia por consumar aquilo. Marcos continuou beijando-a, descendo e subindo pelo seu corpo, mas continuava tentando manter o controle embora Elise correspondesse ele não tinha certeza ainda que ela estava pronta. As imagens de Sebastian apareciam e desapareciam com a mesma frequência na mente dela como se ele a acusasse por sentir prazer com outro e nojo com ele. Marcos se posicionou e após um beijo longo ele uniu sua mão na dela e a penetrou devagar. Os olhos dela estavam dilatados, porém não havia medo. Ele a beijou começando a se mover devagar. Elise gemia de olhos fechados esperando o desconforto e desespero que sempre sentiu com Sebastian, mas Marcos contornava esses pensamentos com beijos em seu rosto e pescoço. Ela ouvia os gemidos dele encantada. E as respirações de ambos se misturaram. Elise esqueceu dos seus traumas e se concentrou apenas no que estava sentindo e Marcos se permitiu perder o controle total. Quando ele finalmente atingiu o êxtase Elise o abraçou mais forte tentando manter por mais tempo a sensação de ter um homem tremendo em seus braços. Com um beijo demorado em seu rosto Marcos saiu de cima dela e deitou ao seu lado puxando-a para seu peito. Elise acordou com a luz do sol entrando pelo cobogó Marcos dormia ao seu lado tão lindo e sereno. Ainda era difícil confessar que fez aquilo na noite passada sem medo, sem remorso. Hesitante ela ergueu a mão e retirou os cabelos dele na testa. Marcos segurou sua mão quando ela ia afasta-la e levou aos lábios. -Bom dia amor... - murmurou rouco com um sorriso. Ela também sorriu, mas involuntariamente. -Isso não vai da certo. - disse segurando o riso.-O que acha de tomarmos café da manhã no jardim da minha mãe? - inquiriu quando ela se sentou.-Só nós dois? - perguntou procurando a camisola no chão. Ele também levantou de um pulo e começou a se vestir.-Sim... Eu vou preparar uma sexta e encontro você lá. - disse parando perto dela e lhe beijando a testa. Ela sorriu quando ele saiu e começou a forrar a cama, estava ajeitando a almofada quando sentiu um arrepio e virou-se.-O que faz aqui? - perguntou a Amarilis parada de braços cruzados observando-a.-Então você dormiu com ele. - constatou em tom de censura. Elise ergueu o queixo em desafio. Não tinha do que se envergonhar, pois passou a noite com Marcos porque quis mesmo assim limitou-se a confirmar com a cabeça. Viu a mudança no rosto da outra.-O que isso te importa? - questionou confusa. -Ele a esta usando... Assim como usou todas. - respondeu irada. Elise deu um passo a frente e cruzou os braços. -Menos você não é? - perguntou sabendo que havia acertado quando a outra a olhou com raiva. -Ele não quis você não foi?-Idiota... - exclamou respirando fundo. -Eu estou tentando ajuda-la Elise.-Então me explica. - pediu se aproximando. -Como me envenenar vai me ajudar?-Do que está falando? - inquiriu surpresa.-Você envenenou minha sopa. - afirmou.-Esta louca? -Não... Estou viva. - respondeu irônica. -E vou avisando a você que não tente de novo. -Não pode me acusar.-Posso. - disse dando uma volta pelo quarto tranquilamente. -Você não imaginou que eu sobreviveria, mas foi você quem me serviu a sopa e não comi nada antes... Passei mal logo depois. Não falei para o Marcos ou a Mia sobre isso ainda, mas...-Você não pode dizer isso a eles. - interrompeu aflita. Elise sorriu.-Só vou te dá um aviso... Fique longe de mim e da minha irmã ou vou lhe dá uma surra tão grande que não vai conseguir levantar. - ameaçou passando por ela, mas parou olhando-a pelo ombro. Ia dizer a ela que não contaria nada ainda, mas a outra a olhava com tanta raiva que desistiu. Tomou um banho de chuveiro gelado se sentindo milagrosamente satisfeita. Preferiu deixar os cabelos soltos e sorriu para seu reflexo ao pensar no piquenique que Marcos estava armando. A primeira vez que esteve num piquenique foi ela quem armou para comemorar seis meses de namoro com Sebastian, mas ele reclamou de tudo e passou a maior parte do tempo no celular. Sacudindo a cabeça afugentou as más lembranças e saiu do banheiro. Marcos a esperava na porta com um grande sorriso no rosto e uma sexta na mão. -Não aguentei esperar. - confessou beijando-a na testa e guiando-a pelo corredor. Ele a olhou de soslaio admirando a mulher que amava. Elise tinha porte era elegante. Mesmo antes de estar apaixonado ele já havia observado seus modos. -Esta calada...-Só estou pensando. - falou olhando-o.-Pensamento bom ou ruim? -Neutro. - corrigiu sorrindo ele parou para ver aquilo e sorriu quando ela seguiu até o jardim. Elise admirou o lugar que embora precisasse de cuidados ainda era muito lindo. Passou o dedo pelo balanço, mas se sentou no chão perto da toalha que Marcos estendeu para pôr a sexta.-Esta feliz? - perguntou encarando-a. Ela procurou ponderar a pergunta. Estava longe de Sebastian, sua irmã estava bem e segura, não tinha medo do homem à sua frente... Estava feliz?-Sim. - respondeu sustentando o olhar.-Que bom... Eu estou feliz, apesar do problema em Antares. - corrigiu abrindo a sexta e tirando um cacho de uva e alguns biscoitos. -Marcos... Qual a situação da Amarilis aqui? - perguntou focada nas uvas.-Ela chegou a uns cinco anos... Minha a trouxe quando viajou para Santos. O amparo ainda era um sonho e com a chegada da Amarilis minha mãe pode se dedicar mais ao projeto. Assim que começou decidiu que ela cuidaria das crianças... E assim tem sido desde que minha mãe morreu. - resumiu olhando o jardim com saudade. -Ela morreu aqui.-Nesse jardim? - quis saber surpresa.-Ela lá foi envenenada... Eu estava aflito porque tinha sido obrigado a assumir Antares, meu pai havia morrido a apenas um ano antes e ainda tinha coisas que eu não conhecia... - relatou olhando para o vazio. -Naquela manhã ela tinha me chamado para conversar... Quando cheguei a encontrei caída aqui.-Marcos... - suspirou se jogando nos braços dele. Marcos aceitou o abraço emocionado. -Por isso entrei em desespero quando você foi envenenada. - falou apertando-a no peito.-Já passou... Passou. - repetiu beijando-o no rosto. -Passou.-Eu nunca falei disso... - afirmou se afastando um pouco para vê-la.-Obrigada por ter me contado... - respondeu tentando afugentar os pensamentos que estava tendo-Você não acredita que eu a ame, não é? -Não consigo. - concordou. Ele balançou a cabeça e lhe deu um selinho.-Temos tempo. - respondeu voltando a atenção para a sexta. O piquenique continuou em silêncio ambos estavam perdidos nos próprios pensamentos. Elise levantou-se quando se sentiu satisfeita e se sentou triste no balanço. Marcos assistiu ela se balançar por alguns minutos e se levantou também. -Esta triste?-Eu vou acabar magoando você. - falou surpreendendo-o. Ele contornou o balanço e se sentou no assento vazio.-Isso te deixa triste? - inquiriu e ela o olhou lacrimejando.-Não quero que se magoe. - afirmou. Com um sorriso de lado ele pegou a mão dela.-Eu estou disposto a correr o risco por você. - rebateu sustentando seu olhar. Ambos estavam de mãos dadas quando Sam apareceu constrangido. -Ah... Eu não quis interromper, mas vamos partir. - anunciou.-Para onde? - Marcos inquiriu olhando para o amigo, mas ainda segurando a mão de Elise. -Para a casa do meu pai... Baltazar decidiu fechar o amparo. Precisamos sair imediatamente. - contou ainda desconcertado.-Como assim? E para onde vão todas essas crianças. - Marcos questionou levantando-se irado.-Por enquanto acho que permanecem aqui, mas ele decidiu ocupar para governar...-Desgraçado... - pronunciou enojado. Seguiram Sam até os quartos onde Mia e Adele se preparavam recolhendo tudo o que parecia útil nas mochilas. Adele abraçou Elise quando a viu.-Irmã...-Estou aqui meu bem. - respondeu beijando a pequena. -Marcos... Me deixe ir com você. - Amarilis pediu entrando no quarto. -Amarilis...-Por favor... Não posso ficar aqui com uma invasão dos Salezian. - implorou.-Amarilis as crianças...-As outras cuidadoras podem ficar com elas. Baltazar sabe que eu era a protegida da condessa. Posso está correndo perigo ficando aqui. -argumentou.-Esta bem. - Ele concordou e ela se atirou nos braços dele agradecida.-Então vamos. - Mia disse colocando a mochila nas costas. -Não, esperem. - Elise pediu indo até Marcos. -Você precisa libertar a Coral.-Elise... Ela tentou te matar. - respondeu.-Não. Eu falei com ela. Sei que não foi ela... Eu não vi a Coral naquele dia e a Mia disse que eu fui envenenada por ingestão... Não foi a Coral. - repetiu convicta. -Não tenho certeza disso...-Que motivo ela teria para...-Vai vê ela sabe o quanto você é importante pra mim. - disse com o olhar calmo. Todos trocaram olhares quando ele disse isso é Elise ficou incabulada. -Eu confio nela. - afirmou. Marcos suspirou vencido.-Tudo bem. Vou solta-la. - disse beijando-a na testa.-Obrigada... - agradeceu timidamente. Marcos saiu para o corredor e embora ninguém o tivesse seguido deu pra ouvir ele falando com a Coral e a emoção dela emocionou Elise também. Quando ele retornou não disse nada apenas pegou a mochila de Elise e seguiu com o resto do grupo. Todos caminharam pelo corredor seguindo Sam que estava na frente. Passaram pela passagem e em silêncio percorreram os túneis. -Esses túneis dão acesso aonde? - Amarilis perguntou curiosa.-É melhor você não saber Amarilis. - Sam respondeu -Porque? - inquiriu olhando tudo em volta. Sam trocou um olhar com Marcos, mas não disse nada. Meia hora depois saíram atrás de uma moita na fronteira de Antares. A casa de Raul Ramer ficava no antigo centro de treinamento da cidade e era cercada por um muro alto. Sam acomodou todo mundo no jipe que conseguiu e após pedir a todos que se cobrissem dirigiu pra lá. A cidade estava quase deserta a destruição e sujeira era visível e as poucas pessoas transitando pela rua pareciam desamparados. Marcos sentiu um aperto no coração. Aquele era o seu povo e a única missão que recebeu foi proteger e cuidar daquelas pessoas, mas ele não estava fazendo isso. Sentiu a mão pequena de Elise cobrir a sua e saiu do seu devaneio. Elise sorriu pra ele preocupada. Ela sabia o quanto aquela cidade era importante pra ele e vê-la naquele estado deveria entristecê-lo. Chegaram a entrada do centro e foram cercados por soldados vestidos de azul armados com arco e flechas. -A presente-se. - um deles disse se aproximando. Todos permaneceram de cabeças baixas e rosto escondido menos Sam que deu um passo a frente.-Quero falar com o meu pai. - disse apenas. Um silêncio se fez presente até Raul aparecer no meio do grupo.-Eu sabia que não estava morto. - Raul disse se aproximando e abraçando o filho.-Que bom te vê papai... Não sou o único que não morreu. - disse apontando para seus amigos. Mia retirou o capuz seguida por Amarilis e Elise, mas demorou um pouco mais e também se mostrou uma ovação se fez ouvir e todos o cumprimentou com uma inclinação.-Então é verdade... - Raul exclamou.-Estou vivo Raul... E pronto para recuperar o que é meu. - Marcos disse cruzando os braços. -Estamos preparados. - Raul disse passando o braço pelos ombros de Sam. Todos entraram pelo portão. O local estava repleto de barracas por toda a extensão de terra que cercava a casa. Marcos parou para olhar quando Mística saiu de uma das barracas e correu até ele abracando-o.-Eu sabia que era hoje. - disse com um largo sorriso.-Como veio parar aqui? - Ele perguntou. -Assim que você saiu da cabana houve uma busca e muitos dos nossos foram presos e mortos... Eu fugi com a maioria e estava a caminho do amparo quando me encontrei com o Raul. Ele nos deu abrigo.-Venho reunindo aliados para o revide desde que Baltazar assumiu. - Raul confessou. Mística olhou rapidamente para todos os outros e se inclinou para Mia.-É um prazer revê-la condessa. - disse tocando a própria testa. -Obrigada Mística. - Mia disse sorrindo.-Todas as pessoas aqui estavam esperando sua chegada conde para nos unirmos a você. - Raul falou.-Vamos recuperar Antares. - afirmou seguindo Raul até a casa. Raul morava numa casa de três quartos e fez questão de deixar um exclusivo para o conde, Marcos pensou em não aceitar, mas sabia que o ofenderia. Sam decidiu que dividiria o quarto com o pai e o outro ficou reservado para as mulheres. Marcos gostou do fato de ficar num quarto sozinho apenas porque poderia convencer Elise a dormir com ele. Após se acomodarem ele foi ficar ciente dos planos dos seus aliados. No total Raul havia conseguido reunir 150 pessoas se contasse com ele, Mia e Sam, mas Marcos sabia que não seria suficiente caso realmente precisasse invadir a mansão na força. No final da tarde após participar de um treinamento intenso e conversar com os líderes de cada posição sobre o plano de ataque ele caminhou pelas cabanas dispostas pelo caminho a procura de Elise. Não a via desde que se acomodou na casa mais cedo e precisava confessar que já estava com saudade. A encontrou sentada em baixo de uma árvore com um menino no colo lendo para cinco crianças encantado ele parou ao longe para admira-la.-A baba está escorrendo. - Mia falou parando ao seu lado e cruzando os braços. Ela vestia uma calça folgada e estava suja de terra com os cabelos ruivos soltos e esvoaçantes. -Não seja boba... - reclamou olhando-a rapidamente.-No fundo eu sabia que sua implicância com ela escondia um interesse. - falou sem olha-lo.-Eu não implicava com ela só queria garantir que não era uma mentirosa. - defendeu-se.-E garantiu?-Sim... - disse hesitando um pouco. -Ela me contou seu passado.-Ah... Entendo, mas não vai me contar. - concluiu ficando de costas para Elise e de frente pra ele.-Só posso dizer que ela sofreu injustamente, mas que o responsável vai pagar mais cedo ou mais tarde. - avisou. -Vai defendê-la então... - disse sorrindo ao lembrar que já havia feito a mesma pergunta em outra ocasião. Marcos a olhou sorrindo.-É o que tenho feito desde que ela chegou aqui não é? -Só não a machuque. - pediu. - Ele a olhou sério.-Estaria machucando a mim mesmo. - afirmou suspirando. -Com ela é diferente.-Espero que seja. - respondeu ficando na ponta do pé e lhe dando um beijo. Assim que ela saiu ele se aproximou de Elise e das crianças. -Posso ouvir a história também? - perguntou se sentando ao lado dela.-Hum... Não sei. Ele pode crianças? - Ela brincou olhando para os pequenos.-Pode... - todos responderam em oníssona. Marcos sorriu também e colocando uma das crianças no colo ficou assistindo Elise terminar a história. O sol já estava sumindo quando ela fechou o livro e olhou em volta. O menino em seu colo, sua irmã e outra menina da idade dela dormiam um encostado no outro e os outros dois dormiam no colo de Marcos. Ele a encarava em silêncio e ela sustentou seu olhar com um sorriso leve. Ele esboçou um sorriso também. Era tão estranho saber que estava amando. Ali parada em sua frente estava a mulher que tinha o poder de fazê-lo o homem mais feliz ou destruí-lo e o mais estranho era que ela não tinha ideia disso. -É melhor acordarmos eles. - falou quebrando o encanto.-Sim... - ela concordou sorrindo. Um a um as crianças foram acordadas e logo voltaram a correr pelo gramado.-Estou com fome. - Adele reclamou e Elise se levantou.-Estou não vamos tomar um banho que eu vou preparar algo para nós.-Eba... - comemorou segurando na mão de Marcos e da irmã. -Sabe o que eu acho? - ela perguntou.-Não, o que? - Elise inquiriu.-Que formamos uma bela família. - disse sorridente e Marcos a pegou no colo e pegou na mão de Elise. -Sabe que eu concordo com você? - perguntou rindo ao ver Elise encabulada. Elise abraçou sua irmã e olhou para Amarilis que dormia mais a frente. No terceiro quarto foi colocado vários colchões para poder acomodar ela, Mia, Amarilis e Adele. Elise não gostava da ideia de ficar tão perto dela, mas se mantinha de olho. Sempre que fechava os olhos lembrava da noite passada onde esteve nos braços de Marcos de uma forma tão doce. Não conseguia dormir de aflição, mas não deixaria sua irmã ali com aquela cobra. Mia dormia do outro lado e enquanto Elise recordava os momentos íntimos que teve viu Amarilis se levantar. Não se importava com aquela me gera disfarçada de anjo, mas mesmo assim se levantou para ir atrás dela. Marcos se levantou de novo e foi até a janela. As sensações da noite passada com Elise ainda estavam frescas em sua mente e o desejo estava longe de ser saciado. Ainda a queria, mas não podia propôr dormirem juntos ainda. Estressado ele se sentou na cama quando a porta do quarto abriu. Por um momento pensou ser Elise e seu coração transbordou de felicidade, mas a mesma foi substituída por irritação ao ver Amarilis.-Ah... O que você quer aqui Amarilis. -Não conseguia dormir então...-Então vá a cozinha e faça um suco de maracujá, mas saia daqui. - esbravejou.-Porque me trata assim? - inquiriu chorosa.-Desculpe... Desculpe, mas eu não estou de bom humor. - falou suspirando alto.-Eu sei... - disse se aproximando e colocando as mãos em seus ombros. -São tantos problemas, tantas responsabilidades. Por isso sei que precisa relaxar.-O que está fazendo Amarilis? - perguntou quando ela se inclinou e começou a beijar seu pescoço. -Quero ajudar você... - sussurrou.-Pare. - exigiu afastando-a, mas ela voltou a grudar nele.-Eu quero tanto cuidar de você... - disse dengosa.-Amarilis, por favor. - pediu novamente. Elise parou na porta sem saber o que pensar daquela cena. Ao contrário da vez que ela pegou Sebastian em situação suspeita com sua madrasta ela sentia uma decepção muito grande naquele momento. Deu um passo para trás pensando em sair sem ser vista quando Marcos notou sua presença e se livrou dos braços de Amarilis abruptamente.-Elise...-Não quis interromper. - avisou sem encara-lo.-Mas interrompeu. - Amarilis disse.-Não interrompeu nada... - retrucou aflito. -Eu sei o que vi... - ela disse virando-se para voltar ao quarto, mas Marcos a alcançou parando-a.-Por favor, fique. - pediu voltando-se para Amarilis. -Amarilis já estava saindo.-Marcos... - exclamou pasma.-Saia, por favor. - pediu puxando Elise para dentro do quarto pela mão. Amarilis olhou ferozmente para Elise e saiu cuspindo fogo. -Que bom que esta aqui.-É melhor eu ir embora. - falou ainda de cabeça baixa. Seus cabelos cobriam seu rosto e Marcos os tirou do caminho surpreendendo-se ao ver seus olhos cheios de lágrimas. Elise tentava controlar as emoções desconhecidas, mas não conseguia segurar as lágrimas involuntárias que irromperam quando ele a abraçou com força.-Não chora... Pelo amor de Deus. - pediu abracando-a mais forte. Normalmente ele era indiferente as lágrimas femininas, mas não suportava vê-la daquele jeito. Caminhou com ela nos braços até a cama e a sentou em seu colo secando suas lágrimas com as duas mãos. -Pare meu amor... Porque está chorando?-Não sei... - disse sabendo ser verdade.-Olha pra mim... - pediu. -Não sei o que você viu, mas eu não sinto nada pela Amarilis. Ela apareceu aqui e eu estava tentando fazê-la ir embora... -Esta bem... - murmurou mordendo os lábios. Ela viu Amarilis ir ao quarto dele e de fato ouviu ele mandando-a ir embora, mas não conseguia controlar o sentimento de tristeza. Ele a beijou na testa e voltou a abraça-la. Elise estava se sentindo estranhamente frágil e reconfortada com o simples fato de estar sendo consolada por ele. Marcos a pegou no colo e depositou na cama. Deitada ela o viu ligar uma abajur e desligar todas as luzes antes de se juntar a ela e voltar a abraça-la. Com um beijo na testa ambos se aninharam e dormiram. Marcos acordou sozinho na cama, mas com um sorriso largo no rosto. Elise dormiu de novo em seus braços e embora não tenham feito nada foi maravilhoso. Após um banho rápido ele foi a sua procura. Todos os aliados já estavam treinando ataques e construindo armas. Ele, Sam e Raul já haviam decidido na reunião do dia anterior que atacariam na próxima semana. Contornando as barracas ele encontrou Elise treinando com um bastão mais Mia. Ele sabia que sua irmã era muito boa era claramente estava pegando leve com ela, mas não podia negar que Elise levava jeito.-A menina leva jeito. - Raul verbalizou seus pensamentos parando ao seu lado.-É... Leva sim. - concordou sem tirar os olhos das duas.-Ela desvia de todos os homens por quem passa, mas entrou de mãos dadas com você... - falou olhando-o de soslaio. -Hoje fui cumprimenta-la e ela pareceu ter levado um choque.-Ela tem seus motivos. Peço que não se ofenda. -Não me ofendi, só fiquei intrigado. - afirmou. -Pretende transforma-la em condessa?-Nada me faria mais feliz... Mas sei o que terei que enfrentar. - respondeu pesaroso. -Seu aniversário é daqui a um mês... Ainda da tempo. - encorajou.-Preciso recuperar a mansão e Antares antes. -Vamos fazer isso. - afirmou batendo no seu ombro. Marcos permitiu-se sorrir com o pensamento e foi em direção a suas mulheres.-Posso me juntar a vocês? - inquiriu pegando um bastão. -Consegue vencer nós duas? - Mia perguntou começando a atacar. Elise fez o mesmo e entre risos os três lutaram juntos. Quinze minutos depois Marcos foi derrotado pelas duas.-Perdi minha credibilidade. - Ele riu rendendo-se.-Sempre fui melhor que você e agora a Elise também é. - Mia brincou sorridente.-Eu deixei vocês ganharem. - Ele respondeu.-Sabemos. - Elise disse rindo com Mia.-Luta comigo? - Mística questionou entregando novamente um bastão a Elise. Ela hesitou mais acabou pegando.-Mística, eu... - Marcos começou. -Tudo bem... - Elise tranquilizou. As duas se avaliaram um tempo e Mística atacou. Marcos estava apreensivo, mas Elise realmente estava indo bem. Mística atacava de verdade e agressivamente como lhe foi ensinado e Elise se defendia de igual para igual. Todos pararam para assistir a luta e Marcos não estava gostando nada daquilo. Ele sabia que Elise não teria chance, pois Mística era uma guerreira desde a infância então estava preparado para acabar com aquilo quando Mística soltou o bastão e se rendeu. Elise estava ofegante e cansada não entendia porque o desafio se ela não quis continuar. -Parabéns... - ela falou se inclinando num cumprimento. -Eu que agradeço. - Elise respondeu. Mística olhou para todos em sua volta e saiu apressada. -Mas o que foi isso? - Sam inquiriu se aproximando.-Coisas da Mística. - Mia falou. Marcos seguiu o caminho que ela fez com os olhos e foi atrás dela. Mística dava jus ao nome que carregava foi o que o atraiu a ela no passado.-O que você queria provar? - Ele perguntou entrando na cabana dela.-É mais fácil vê a alma de um guerreiro no calor da batalha. - falou de costas pra ele. -E você viu a dela? - inquiriu.-Eu vi assim que coloquei os olhos nela... Mas precisava ter certeza. - respondeu virando-se para ele. -Também sabia que você a tinha escolhido antes mesmo de você. -Ela é especial.-Eu sei... Não vou mais correr atrás de você não vale mais a pena... Mas não posso dizer o mesmo das outras. -Ela é a certa? - perguntou esperançoso. -Seu coração tem que responder isso. - falou beijando-o no rosto e saindo. Marcos repetiu as palavras dela várias vezes sem compreender. Elise armava um arco quando sentiu um arrepio, mas antes de se virar Amarilis puxou o objeto de sua mão com raiva e o jogou longe o ato fez um pedaço da madeira entrar em sua mão. -Você ficou maluca? - perguntou apertando a mão quando sentiu a dor. -Fiquei... Maluca de raiva desde que você resolveu aparecer sua cretina. - xingou.-Parece que as máscaras estão caindo. - Elise debochou.-Estava tudo correndo bem antes de você aparecer para destruir tudo. - acusou. -Eu não fiz nada Amarilis... Você está aqui a anos e eu não tenho culpa se não foi capaz de conquistar o Marcos com todo o seu encanto. - tripudiou com um leve sorriso. Amarilis ergueu a mão, mas Elise a pegou no ar. -Não se atreva.-Você não sabe com quem está mexendo. - disse entredentes.-Levando em conta que eu tenho quase certeza que você matou a condessa... Eu sei com quem estou mexendo. - respondeu baixinho observando a reação da outra. Sem esperar resposta ela a deixou parada lá. Assim que chegou a cozinha viu Mia e Sam com os dedos entrelaçados cochichando um para o outro. Mia deu um pulo quando a viu.-Elise...-Eu não vi nada. - apressou-se em dizer. -Vocês viram a Adele? -No quarto com Marcos. - Mia disse encabulada.-Obrigada. - agradeceu indo em direção ao quarto. Marcos estava deitado na cama dele com Adele sentada do outro lado comendo um prato cheio de panquecas. A menina parava para rir de vez em quando da história que Marcos contava da sua infância com Mia. Foi impossível Elise não sorrir e se emocionar com a cena.-Lis... Senta aqui. O conde está me contando quando ele e a Mia começaram a treinar. Eles só tinham quatro anos... Eu posso treinar amanhã? - perguntou voltando a encher a boca.-Vou pensar... Não é melhor vir comigo e deixar o conde descansar? - perguntou ainda parada na porta. Marcos estendeu a mão.-Não estou cansado e adoraria sua companhia aqui. - falou fazendo-a se sentar. -Quero aproveitar essa maré tranquila.-Porque diz isso?-Semana que vem damos início ao ataque. - contou. -Eu posso ir? - Adele inquiriu. -Para o ataque não, mas quando recuperarmos a mansão poderá morar lá. - Ele afirmou colocando a bandeja na cabeceira e puxando a menina para seus braços. -O que acha de ir morar comigo. -E com a Elise? -Claro... Eu, você e a Elise. - afirmou. -Como uma família?-Gostou da ideia? - perguntou sorridente.-Sim. - ela gritou. -E o Sebastian não vai aparecer para estragar tudo?-Não Adele. - respondeu entredente ao ver o brilho nos olhos de Elise se apagar.-Eu iria adorar. - respondeu fechando os olhos. Elise continuou sentada olhando os dois juntos. Pela primeira vez desde que saiu de Santos pela última vez ela sentia um medo inexplicável de Sebastian aparecer, mas preferiu sufocar isso. Precisava sufocar isso.-Sei que eu prometi um chalé para você viver com a Adele, mas cogitaria a possibilidade de morar na mansão? - inquiriu baixinho puxando-a para mais perto.-Não sei. - respondeu com sinceridade. Marcos olhou para Adele que pegava no sono e voltou a encarar Elise. -Eu não sei se conseguiria ficar sem vocês duas mais. - confessou. -Marcos...-Eu sei... Mas pensa no assunto. - pediu.-Vou pensar. -Deita aqui. - pediu estendendo o braço. Ela hesitou, mas Adele parecia tão confortável e ela estava com saudade de estar em seus braços. Devagar se aninhou no seu lado direito. Adele abriu os olhinhos e pôs a mãozinha no rosto dela. -É bom aqui não é? - perguntou fechando novamente os olhos. Elise sorriu da afirmação se inclinou um pouco e lhe deu um beijo na testa cobrindo-a. Quando ergueu a cabeça Marcos tomou-lhe os lábios. O beijo não durou muito, fez o coração de ambos disparar. Ele deu um beijo na testa de Adele e outro na de Elise. -Boa noite meus amores. - falou fechando os olhos. Acordou no dia seguinte sem Adele, mas com Elise em seus braços. Desceu e subiu a mão pelo seu corpo lembrando a se mesmo que ela deveria estar cansada pelo treinamento puxado do dia anterior. Elise acordou sendo acariciada e num primeiro momento não identificou o desejo que lhe consumia inteira. Sem abrir os olhos se contorcia com o toque dele. Marcos se tornou mais ousado ao notar que ela já estava acordada e respondia ao desejo tanto quanto ele. Sem conseguir mais controlar e disfarçar ele finalmente a beijou arrancando suspiros e gemidos. Inevitavelmente eles fizeram amor. Dessa vez foi diferente da primeira, pois Elise se permitiu participar mais e não sentia nem remorso ou vergonha. Para testar uma teoria Marcos a colocou por cima e assistiu a sua mulher ganhar asas. Elise comandou a situação guiou o desejo à sua vontade e alcançou o prazer junto com ele. Marcos a manteve em cima dele enquanto recuperava a razão ambos ofegantes e exaustos até que Elise começou uma crise de riso.-Hei... O que foi? - perguntou rindo também. Elise ria sem conseguir para. Estava feliz, estava inexplicavelmente feliz. -Me conta...-Eu... Eu nunca pensei que conseguiria fazer isso sem pensar no meu passado. - confessou ainda rindo um pouco.-Que bom que faço isso com você meu amor... - respondeu rindo do seu entusiasmo. Ela descansou o queixo em seu peito. Marcos estava muito feliz e vê-la rindo daquele jeito transbordava seu coração. -Estou com medo de sair daqui. - falou de repente. -Porque? -Porque lá fora as coisas podem não ser tão perfeitas. - respondeu pensativa. Ele afagou seus cabelos desgrenhados.-Lá fora... Mesmo que as coisas estejam ruins será perfeito pra mim se você estiver comigo. - declarou beijando-a. Assim que finalmente eles saíram do quarto Mia apareceu no corredor aflita. Ela ignorou o fato de Marcos e Elise estarem abraçados.-Pensei que passariam o dia trancados aí. - ralhou cruzando os braços. -O que aconteceu? - Marcos perguntou. -Amarilis desapareceu.-Como? -Quando acordei ela não estava na cama e já procuramos por todos os lugares. Ela não está aqui. - contou. -Mas como isso é possível? - questionou aflito. -Ela pode ter sido sequestrada? -Creio que não porque o portão não foi violado... E as armas que estávamos confeccionando foram destruídas. - contou. -Então ela fugiu? - Elise perguntou. Antes de Mia responder Raul entrou correndo.-Estamos sendo atacados. - falou.-Como assim? - Marcos indagou indo até a janela. Vários homens que serviam a guarda dele e outros vestidos de burca entravam armados. Como as armas haviam sido destruídas estavam todos a mercê do inimigo.-Tentamos impedir, mas eles atacaram friamente então ordenei que eles não reagissem. - Raul contou. -Vim avisar porque vocês podem tentar fugir ainda. -Não podemos. - Marcos lamentou olhando pela janela. Adele estava sendo mantida presa por um dos homens de burca.-Porque não? - Mia perguntou.-Estão com Adele. - disse.-O que? - Elise correu para a janela. Adele estava sendo segura por um dos homens enquanto vários outros entravam apontando as armas e cercando todo mundo. Eles ordenaram que todos se sentassem no chão. -Preciso ir lá. -Não... - Marcos disse sério. -Elise... Sei que esta aí. - eles ouviram de dentro da casa. Elise sentiu um arrepio e voltou a janela. Sebastian entrou num terno preto olhando todos em volta. Tremendo ela se afastou da janela.-Não... Não. - repetia enquanto as lágrimas inundavam os olhos.-O que foi? - Marcos perguntou indo também até a janela. Sentiu um ódio incomum ao ver Sebastian.-Saia... Ou levarei a menina. - Sebastian continuou calmo. -Mas quem é? - Mia inquiriu.-Sebastian... - Elise sussurrou. -Amarilis. - Marcos falou olhando pela janela e vendo a outra parar ao lado do seu rival. -Eu vou lá. - Marcos disse saindo. Mia e Raul foram atrás dele, mas Elise permaneceu lá dentro tremendo de medo.-Ora... O conde. - Sebastian debochou. -Onde está minha esposa?-Nós sabemos que não é casado com ela. - Marcos retrucou.-Detalhe. - respondeu rindo. -Saia Sebastian. - Marcos pediu descendo os degraus e parando em frente ao outro.-Vocês estão em desvantagem aqui. - Sebastian disse. -O que vai proteger conde? Elise ou seu povo? Porque vou leva-la de qualquer jeito... E não estou ligando muito para quem vou ter que tirar do caminho.-Esta com o meu tio e Baltazar? - perguntou olhando em volta. Sebastian riu.-Pura conveniência. Vim aqui a procura dela e me alei a eles para caçar vocês. Tem sido divertido, mas meu humor está acabando. - debochou.-É cadê eles? - perguntou.-Já teriam matado todos vocês se eu tivesse contado onde estão, mas como meu interesse é apenas na minha esposa eu retive a informação da Amarilis apenas pra mim. - disse apontando Amarilis que permanecia de cabeça baixa.-Porque Amarilis? Você traiu a todos nós. - Ele perguntou decepcionado.-Eu a odeio... - afirmou magoada.-Você nunca vai chegar aos pés dela. - Marcos respondeu com raiva.-Porque você não vem se unir a nós querida? Sei que esta aí. - Sebastian gritou sarcástico. Tudo permaneceu em silêncio até ele caminhar até Adele e a puxar pelos cabelos fazendo-a soltar um grito. -Solta ela. - Elise exigiu parando no alto da escada. Sebastian riu e jogou Adele de novo para o guarda que a segurava. -Ela sempre foi a sua fraqueza. - afirmou olhando-a com admiração. -Você continua belíssima. -Desgraçado. - xingou com ódio provocando mais risos.-Podemos fazer de dois jeitos. Ou você desce e vem comigo numa boa ou... Eu ordeno que matem todos incluindo sua irmã aí eu levo você. - sugeriu caminhando em sua direção devagar. Quando chegou no começo da escada Mia entrou em sua frente. Ele a olhou com interesse e parou. -Eu vou... -Não. - Marcos se meteu encarando-a. Ela sabia que Sebastian cumpriria a promessa é mesmo com medo não permitiria que ele machucasse ninguém ali. Desceu as escadas correndo e passando por Sebastian se jogou nos braços de Marcos. -Você não vai...-Eu preciso ou ele vai matar você. - sussurrou.-Não me importo...-Vejo que a um sentimento aqui. - Sebastian ironizou fazendo um sinal para um dos homens que arrastou Elise dos braços de Marcos. Não... - Adele gritou. -Se você a machucar eu juro que caço você até no inferno. - Marcos ameaçou sendo seguro por dois homens. Arrastada Elise foi colocada num carro. Sebastian parou antes de entrar e com um sussurro no ouvido de um deles Mia também foi agarrada. Todos que estavam por perto tentou impedir e Marcos tentou se soltar, mas foram impedidos.-Assim que eu sair... - Sebastian gritou abrindo a porta do carro. -Matem todos.-Não... - Elise gritou vendo Adele ser jogada no chão quando o carro se afastou e Marcos ser açoitado por dois homens. Foi a última coisa que viu antes do carro ganhar velocidade.





Lis -Boa noite meus amores... Nossa a historia está tão tensa. rsrs mas está desenrolando e é o que importa. Espero que tenham gostado da grande virada. 

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