Elise acordou serena, como a muito não sentia, sabia que estava vazia, oca, mas naquele momento sentiu como se pudesse continuar o caminho era como se aquele pequeno segundo entre o sono e o despertar lhe trouxesse tudo o que perdeu. Já tinha ouvido falar que nenhuma dor dura para sempre, ela não sabia se conseguiria curar a sua, mas tentaria adormecê-la o máximo possível. A casa parecia extremamente vazia, embora ela visse alguns seguranças do lado de fora. Depois de tomar um café e comer uma maça se dirigiu para a sala e concluiu que não havia ninguém em casa. Ela nunca gostou de viver no ócio e não conseguia imaginar nada para fazer naquela mansão abandonada. Se sentindo entediada começou a abrir todas as portas que encontrava fechadas pela casa. Sua busca se concluiu na quarta porta do corredor direito do andar de baixo. Uma biblioteca. No primeiro olhar parecia uma replica da do navio, mas ela conseguiu notar certas singularidades. Essa possuía uma janela de vidro que ocupava uma parede inteira, mas estava coberta por uma grossa cortina verde e havia uma espécie de escada com livro em toda sua extremidade, fora isso o lugar era igual ao outro. Sem hesitar ela entrou e fechou a porta olhando absorta para todos os livros do local.
-Procurando alguma coisa especial? – ela não queria, mas o grito que deu veio do mais profundo dos seus medos. Marcos esperou ela se controlar pegou a pasta que estava procurando e desceu lentamente as escadas sem desviar os olhos dela.
-Eu não sabia que tinha alguém aqui. – disse com a voz assustada e o coração palpitando.
-Eu não queria assustá-la. – afirmou parando no pé dá escada.
-Não vi ninguém pela casa pensei que estivesse sozinha. – tentou explicar. –Onde posso encontrar a Mia?
-Mia está no hospital.
-E os empregados? – questionou pensando que não ia gostar da resposta.
-Não temos empregados fixos no momento. Margarida vem duas vezes por semana com sua equipe para limpar a casa e deixa algumas coisas prontas para o caso de precisarmos... - explicou.
-Então... Só temos nós dois aqui? – questionou dando um passo para trás.
-Sim Elise, tirando os seguranças que protegem a casa, só á nós dois aqui. – confirmou tentando não sorrir.
-É melhor eu ir para o meu quaro. – disse virando-se em direção à porta.
-Pare. – Marcos ordenou. Ela se virou e ele ficou irritado por vê medo nos olhos dela. Se aproximou com cautela e prendeu-lhe o olhar. –O que veio procurar aqui?
-Não costumo ficar sem fazer nada eu, eu pretendia me distrair. – murmurou.
-É o que fará. – afirmou virando-se e indo até uma prateleira. Passou alguns segundos até encontrar o que procurava e voltar para onde Elise estava parada. –Regine Deforges; A bicicleta azul... Era esse que estava lendo não era?
-Sim. – sussurrou.
-Sente-se. – ordenou jogando o livro em seus braços.
-Eu não acho...
-Sente-se. – repetiu cortando-a. Ela caminhou pesadamente até o grande sofá e olhou para ele. -Agora leia.
-Você gosta de dá ordens não é? – questionou irritada com a arrogância dele. Marcos esboçou um sorriso e sentou-se na poltrona a seu lado.
-Não gosto de dá ordens mais gosto que me obedeçam. – retrucou.
-O que faz quando não é atendido? – perguntou se amaldiçoando por não consegui ficar quieta.
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Cura-me Amor...
RomanceOBRA REGISTRADA... não vacilem, plagio é CRIME. Cura-me Amor... Marcos Dalfom é um conde, único governante e herdeiro de uma ilha onde as regras e tradições tem guiado os moradores de Antares a anos. Seu dever é se casar com uma parente distante em...