Hellorá, também conhecida como Lola. Meu pai é tenente da polícia do Rio de Janeiro, ele é aquele tipo de pessoa viciada em trabalho, sempre viveu pra trabalhar e para ser o melhor. Sou a filha mais nova dele, também a única que quer satisfazê-lo, desde criança eu sempre fiz de tudo pra agradar meu pai, sou apaixonada pela literatura, mas faço direito apenas por ele, apesar de nunca agrada-lo eu continuo fazendo de tudo. Não sou de ter amizades, sempre fui focada nos estudos e meu pai sempre disse que amizade só me levaria para baixo.
Minha mãe tem uma clínica de estética e é separada do meu pai, eu tenho uma madrasta e ela também é como uma mãe, tenho dois irmãos mais velhos, um de vinte e cinco anos e outro de vinte e um, por parte de mãe tem a Eliza de sete anos, meu pai tem outra filha com minha madrasta ela é mais velha que eu, por conta dela que meus pais se separaram.. Enfim, é um rolo doido.
Apesar de não parecer muito eu tenho dezoito anos, e sim, já faço faculdade. Quando disse pra vocês que sou focada eu não brinco, com dezessete já tava na faculdade. Também nunca soube bem o motivo de querer tanto a atenção do meu pai, talvez porque eu era apegada a ele desde muito nova, mas aos poucos ele foi se afastando.. Nunca entendi bem isso em mim.
...
Quando ouvi aquilo sair da boca de meu pai eu fiquei perplexa, só conseguia formular uma palavra, não conseguia achar nada que pudesse me salvar daquela situação. Ele não pensou duas vezes em me mandar para cá, e como sempre não fui capaz de falar " Não papai, isso não", eu apenas assenti.
Sorte minha que tenho uma amiga que estudou comigo o ensino médio, ela era bolsista e se parecia muito comigo, ainda tínhamos contato já que fazíamos faculdade juntas só que em áreas diferentes. Ela nunca soube quem era meu pai, ninguém nunca soube, ele dizia que eu não podia espalhar a identidade dele, ele nunca foi visto conosco.
Encarei o maldito morro que seria meu lar, logo na ponta estava minha amiga, a aparência de Myara nunca mudaram, sempre foi a mesma coisa. Baixinha, magrinha, com corpo bonito, cabelos abaixo do peito muito lindo grosso e muito. Ela acenava com a mão freneticamente e enquanto pulava e batia palmas, com todas minhas malas eu corri até ela é a abracei forte. Eu me sentia muito mau em está enganando a ela.
Mya: Não acredito.. Não acredito.- ela estava eufórica. Nós fomos pra casa dela conversando e falando sobre a nossa vida. Quando chegamos na casa dela ela me mostrou o quarto que eu iria ficar. Ela morava sozinha, por isso ela estava eufórica.
Lola: Como é morar aqui?!
Mya: posso ser sincera?! Eu amo morar aqui, aqui é bom, é acolhedor, mesmo com algumas pessoas que passam por dificuldade todos são alegres, são educados.. Você vai ver.
Lola: em relação ao tráfico?
Mya: cara, o chefão mesmo a gente pouco ver, quem fica mais é o Leo que é o braço direito dele. Só sabemos isso. Mas acho que ele deve tá por aqui hoje ou amanhã, tá tendo uns bailes aí que t sendo agitação pura. Nunca fui, não faz minha vibe.
Lola: podemos ir.. O que acha ?!- ela arregala os olhos.- Quero experimentar coisas novas, pessoas novas, essa minha vida tá muito chata.
Mya: podemos ir.. Só que não sei se você vai gostar, é muito nada a ver com a gente.
Lola: se quiser nós não vamos Mya.- disse rindo.- não tem problema nenhum pra mim.
Mya: que isso?! Borá. Vamos arrumar suas coisas, comer e aí a gente começa.
Nos comemos brincando. Ela era mais legal que parecia, amou a ideia quando soube que iria passar uns tempos com ela. Não vou negar que o medo me consome cada segundo mais, o medo de me descobrirem, de saberem que eu sou me deixar louca.. Melhor não dar a cara na rua agora..
Nisso passaram-se duas semanas, hoje é um sábado e tem um baile, infelizmente eu vou. Meu pai está me pondo louca, disse que se não sou capaz era pra mim ir pra casa.. Infeliz. A Myara tinha colocado uns funks no celular e tentava fazer como nos vídeos, lógico que era falha. Eu tentei, bom, foi muito sem sucesso. Não sei o que eu estou fazendo aqui...
Você não é obrigada a ser perfeita!
Meu subconsciente não vale o que o nino ( meu gato) enterra.Começamos a procura roupa, nenhuma minha era boa para a ocasião. Estava prestes a desistir quando achei um vestido todo colado no corpo que desenhava bem meu corpo na cor vermelho sangue, e calcei uma gladiadora baixa de tiras finas na na cor bege. Não tem quem me faça usar salto pra subir esse morro, só as doidas mesmo que conseguem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor perigoso
Roman d'amour"Estudante de direito, filha de tenente da polícia, filha exemplar a mulher de bandido ?!" Nunca passou pela minha cabeça entrar em uma missão do meu pai para prender o traficante mais perigoso e acabar me apaixonando por ele, tendo uma história int...