Capítulo 21

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Virei de imediato. Ele tinha que está ainda mais lindo? Por que nosso coração tem que ser tão covarde ?
Tive que olhar nos seus olhos apenas pra me perder na imensidão do mar que ele carrega nos olhos. Merda!

Ele me olhou de cima abaixo, via sua respiração irregular, seu peito subia e descia rápido olhando para meu corpo. Os olhos dele penderam na minha barriga, ele mordeu os lábios com força.

Lola: O que você quer ?! - dei passos vacilantes para trás.
GT: eu.. Eu não sei..- ele passou a mão nos cabelos.- Quero uma explicação.- ele estava calmo demais.
Lola: que explicação ?
GT: Virou minha amante pra colher informação da minha vida.
Lola: Nunca sua amante, apesar de você ter me chamado disso; eu não sou puta. Você foi.. Por acaso.- eu respirei fundo.- Veio terminar o serviço?
GT: eu nunca quis te bater.. Não paro de pensar naquele dia.. Você daquele jeito, com todo aquele sangue.. - ele passou a mão no rosto impaciente.- te dei assistência do caralho pra tu me trair!
Lola: Não te trai. Eu nunca te trai Gustavo.- meus olhos estavam marejados.- Eu falei apenas do armamento.- sussurrei. Ele passou a mão nos cabelos e andou de um lado para o outro impaciente.-

GT: TU ME TRAIU HELORA! PORRA! EU CONFIEI EM TI.- ele passou a mão no rosto.-
Lola: me desculpa, ok? Eu não deveria..- eu já chorava muito.
GT: não memo.- ele mordeu os lábios.- Quero.. Eu..- ele se aproximou de mim.- Quero acompanhar o desenvolvimento do meu filho, não quero que aquele desgraçado cuide dele, quero que eu cuide do meu filho.. Só te peço isso. Não deixa a porra do teu pai relar nele.
Lola: ele não quer, ele falou que não sou filha dele mais.. - ele olhou bem pra minha barriga.- pega Gustavo. Eu não te perdoei, mas pode pegar.- ele ficou meio receoso mais em passos vacilantes ele se aproximou e pousou sua mão na minha barriga. Seu toque foi como um choque por todo meu corpo, tê-lo bem perto não foi uma boa ideia, meu coração tá acelerado e eu quero beijar-lo e nunca mais soltar ele. Mas eu precisava deixar meu filho/filha sentir o toque do pai.. Não sabemos quando vamos vê-lo novamente.

Levantei o olhar para encara-lo e ele estava com o olhar centrado na minha barriga, ele estava olhando bem mesmo e com um risco de sorriso.. Era tão bom sentir ele tão perto novamente.

GT: decidiu o nome?- disse com a voz rouca.
Lola: ainda não.
GT: Já sabe o sexo?
Lola: Não.- minha voz saiu falha. Estávamos em êxtase. Ele retirou sua mão e eu já senti uma falta louca. Ele passou a mão nos meus cabelos e selou nossos lábios rápido.
GT: Tu é um castigo pra mim.- ele se afastou.- Eu te odeio Helora.. Te odeio.- ele se afastou. Eu estava em perplexa.. Sentir os lábios dele era algo que eu nem pensar pensava.
Lola: eu te odeio.. Odeio ter te conhecido.- as lágrimas banharam minha face.
GT: Não mais que eu..- ele me puxou mais uma vez, me encostou no carro e me beijou agora de forma mais veloz. Era bom, maravilhoso sentir a boca dele na minha. Saber que eu não estava sozinha nessa. Ele me queria ainda, eu também o queria.. Mas não posso perdoa-lo.. Mas talvez não o veja mais.

Ele passou a mão pela minha cintura, pela minha barriga, pelos meus cabelos, pelo meu rosto.. O beijo dizia tudo por si só.. Saudades!

Ouvi meu celular tocar e então o empurrei.
Lola: Não toca mais em mim Gustavo. Não fui criada pra apanhar de marginal.- abria a porta do carro e sai de lá cantando pneu. Foi algo tão rápido que consegui passar pelo negócio do estacionamento com outro carro.

Corri, corri, corri como nunca até parar em frente minha casa, onde chorei lembrando de tudo, de tudo como aconteceu.

Era bom ter ele, porque eu fui fazer essa merda? Agora eu poderia ter uma família.. Poderia! Mas não! Sou uma trouxa. Me odeio. Odeio ele. Quero que isso passe logo.. Não aguento mais.
Tenho que ir embora amanhã mesmo, nunca mais olharei pra trás, tenho que ir.. É isso!

Amanhã estou partindo para Nova York com minha mãe, não quero mais saber de nada.. Nada!

Amor perigosoOnde histórias criam vida. Descubra agora