☆ Livro 1 da série Privilegiados: Memórias Ocultas
Enviada para passar as férias de verão na casa do pai, Angel Levi não está disposta a conviver com a nova família do homem que desapareceu quando ela tinha nove anos. A garota impetu...
Nt: Primeiramente quero desejar todo amor do mundo para duas leitoras super fofas, Alecia2015 & HLorrana ,que fizeram aniversário essa semana. Eu não me esqueci, viu? Você são umas lindas mesmo e eu dedico esse capitulo a vocês. ♥
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Just take me down,
And walk through your river
Down the middle,
And make it last
• Mazzy Star - Be me Angel
ANGEL
Dorian foi à terapia.
Pelo menos era isso que o Roger Cooper queria acreditar quando chegou na loja contando sobre a discussão que tiveram pela manhã.
Depois de uma forte relutância e troca de farpas, o chefe deixou que Dorian decidisse o que era melhor para ele, porque embora o amasse, não poderia forçá-lo. Não se importou de me levar até o seu apartamento.
A casa era tão aconchegante. Gostava da mobília rústica, a estante cheia de livros avelhantados, a vitrola e os discos de vinil... Segui seus passos no corredor e paramos ao ouvir o barulho do chuveiro. Dorian estava no banho.
— Vocês dois se apoiando, mesmo separados. Isso não é muito comum, sabe? — Me olhou de relance. — Vocês têm sorte por ter um ao outro.
Eu sorri.
— Deixe sua bolsa no quarto dele. Eu vou pedir uma pizza, sim?
— Tá bom.
Roger retornou à sala. Contrariando a sua sugestão, deixei a bolsa cair ali mesmo e empurrei a porta da frente. Mal dava para enxergar o interior do banheiro por conta do vapor da água, mas consegui avistar os ombros largos, a curva longa das costas...
Dorian apoiava o braço no azulejo e mantinha a cabeça baixa, tomando cuidado para não molhar a tala da mão lesionada. Parecia tão tenso ali em uma espécie de meditação. Mordi o lábio pensando no meu próximo passo. Não queria atrapalhar ou fazer perguntas. Só queria abraçá-lo.
Puxei o vestido para fora do meu corpo, e sem fazer qualquer ruído, abri o fecho do sutiã, deixando a peça de renda cair no chão. Ele não notou a minha presença quando eu me livrei da calcinha, assim como também não notou quando adentrei o boxer na pontinha dos pés. Me aproximei devagarzinho, sondando-o.
— Você veio — sussurrou sem mexer um músculo.
Meu corpo pulou com o som rouco de sua voz.
— Como... notou?
— Eu sempre sinto quando você está por perto.
Dorian se virou para mim, empurrando o cabelo úmido para trás. Os olhos vermelhos e inchados.
