O capitão do time

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Quando acordei, estava meio confusa, sem saber onde estava e o que havia acontecido para mim estar ali, mas aos poucos, enquanto olhava ao redor, fui me lembrando da pancada, que havia sido atingida por uma bola de rugby.

Ao analisar o local, percebi que estava na enfermaria da escola, a médica, estava na porta conversando com um outro aluno que segurava uma bolsa de gelo no olho e então, agradeci pela minha situação estar mais tranquila que a dele.

Sarah: Vejo que alguém acordou - sorriu entrando na enfermaria

Fiquei confusa a olhando, sem dizer nenhuma palavra e sem abrir nenhum sorriso.

Sarah: Desculpe, nem me apresentei. Sou Sarah, cuido aqui da enfermaria da escola.

Cecília: Que horas são?

Sarah: Você só ficou inconsciente por uns 15 minutos. Não ficará com falta na primeira aula, não se preocupe.

Cecília: Menos mal - respirei aliviada

Sarah: Esta sentindo dores?

Cecília: Apenas na cabeça, onde a bola me atingiu.

Sarah: Vou te dar esse remédio, tome agora e mais um no intervalo, certo?

Cecília: Okay.

Ela me entregou uma cartela com apenas dois remédios, na outra mão, um copo d'água. Tomei o remédio e me levantei.

Sarah: Acha que consegue ir para a aula ou prefere que eu fale com o diretor para que você possa ir embora?

Cecília: Consigo ficar para a aula, ainda esta doendo, mas não muito forte.

Sarah: Tudo bem, esta liberada então - sorriu

Cecília: Obrigada - ri caminhando até a porta

Sarah: Ei espera!

Cecília: O que? - virei-me e a olhei

Sarah: Tome cuidado com Jackson e as bolas de rugbys - riu

Cecília: Como assim? - fiquei confusa

Sarah: Jackson Haynes, o garoto que te acertou com a bola - riu - Acho que ele deve ser suspenso como capital do time, não teve uma boa mira.

Cecília: Ou mirou em mim mesmo - rolei os olhos

Sarah: Bem provável, vive metido em encrencas..

Sorri de lado e caminhei pelos corredores, olhei em todos os cantos tentando encontrar a minha sala. Depois de um bom tempo procurando, encontrei, "Sala 13", era ali.

A porta estava aberta, parei na frente e dei duas batidinhas na madeira, morrendo de vergonha. O professor estava falando com a turma, mas quando cheguei, todas as atenções foram desviadas para mim. Não sei se era por ser aluna nova ou por estar atrapalhando a aula.

Cecília: Com licença - pronunciei-me após as batidas na porta

Professor: Você deve ser Cecília Hale, certo? - se aproximou

Cecília: Exatamente.

Professor: Fui avisado sobre o ocorrido, entre.

Olhei para toda aquela galera me observando dos pés a cabeça, acho que naquele momento fiquei parecida com um pimentão, de tão envergonhada que estava. Olhei atentamente, a procura de um lugar vazio, havia alguns no fundo da sala, mas nunca fui chegada em fazer parte da galera do fundão. Observei melhor e encontrei mais dois lugares vazios no meio da sala, ia caminhando até lá até que fui barrada pelo professor.

O diário de Cecília..Onde histórias criam vida. Descubra agora