Final do jogo dos Red Socks, time de Brad, que estava jogando contra Wild Tigers. Havia uma multidão na arquibancada, dividida pelo lado vermelho e preto, Red Socks e o lado laranja e branco, Wild Tigers.
A multidão estava em pé com bandeiras nas mãos e apertando buzinas. Eu mal conseguia escutar o homem passando com batatas chips e cachorro-quente pela escada de tanto barulho e grito pelas pessoas animadas torcendo pelo seu time, a maioria era adolescente das respectivas escolas e os pais.
Eu e Lindsay estávamos com uma blusa e futebol preta com o número 8 e o nome de Brad atrás. Eu usava uma calça jeans skinny clara e uma jaqueta de couro, pois apesar de não estar chovendo, o tempo estava péssimo. Lindsay usava um moletom por cima de sua blusa e um vans da cor de sua calça preta.
- Eu vou comprar cachorro quente- gritei em meio a multidão que berrava.
- O que? - Lindsay fez uma careta e gritou de volta. Havia tanto barulho que mal dava para nos escutarmos, eu só consegui entende-la com leitura labial.
- Eu vou comprar cachorro-quente- repeti, ainda mais alto.
- O que? - ela ainda não havia me escutado. Resolvi pegar o celular e escrever uma mensagem para ela. Depois entreguei-o em sua mão. Ela entendeu e escreveu de volta que guardaria nossos lugares.
Eu tinha que ser rápida, pois o jogo logo começaria, mostrava no telão que a contagem regressiva e só faltavam dez minutos. Eu fui passando por entre as pessoas da arquibancada, me encolhendo em meio a elas, sem nem tentar pedir licença pois seria em vão. Ninguém me escutaria. Comecei a subir as escadas, depois que sai de minha fileira e fui procurar o vendedor que estava mais alguns degraus acima atendendo algumas pessoas. Fiz menção de dois para ele e o entreguei dois dólares.
Suspirei aliviada quando cheguei ao meu lugar com os lanches inteiros.
- Isso aqui é um barulho- ela gritou em meu ouvido, pegando seu cachorro-quente.
- Se acostume- gritei.
Ficamos sentadas por mais dez minutos, terminando de comer. Até aparecer no telão a contagem regressiva. Tivemos que nos levantar se quiséssemos ver alguma coisa. Os pais de Brad, que estavam três fileiras abaixo, se viraram e acenaram para a gente.
- 10... 9... 8... 7... - todos gritavam juntos. A agitação era imensa, todos estavam tensos e os treinadores conversavam no canto da quadra, andando de um loado para o outro.
- 5... 4...
Todos chacoalhavam as bandeiras e gritavam.
- 3... 2... 1.
O telão apagou e fogos surgiram no céu azul marinho. As lideres de torcida chegaram e começaram a fazer uma coreografia. Eu e Lindsay pulávamos ao som da música. Os jogadores entraram logo após elas terminarem, ao som do hino dos Estados Unidos e depois o telão foi mostrando a foto de cada jogador e eu e Lindsay berramos quando vimos Brad, longe demais para que ele pudesse nos ver.
Os jogadores se posicionaram... Um tiro para o alto... O jogo começou.
Sai correndo e pulei em cima de Brad, ele havia marcado o ponto da vitória. Além de fogos, papéis dourados caíam em nossos rostos e a multidão ia a loucura. Eu senti o coração dele batendo e depois de me abraçar fortemente, ele me soltou e deu um beijo em Lindsay. Nos afastamos quando os jogadores chegaram e o puxaram, entregando-o o troféu.
Ele ergueu o troféu para cima e foi carregado enquanto a banda tocava uma música e as lideres de torcida pulavam animadamente.
- Ei, Angel- Justin me chamou e eu virei-me para ele- Te encontro hoje na festa?
- Com certeza- sorri.
E ele logo seguiu os outros jogadores.
Eu sabia que eles iriam comemorar agora antes de saírem da quadra. A festa para todos da escola seria só após às dez. E já que eram mais de oito horas, Lindsay e eu resolvemos passar em uma lanchonete antes de irmos.
- É essa loucura sempre? - ela falou animada.
Dei de ombros.
- Só nas finais- comecei a comer batata- Esqueci que você é mais para o lado clássico e calmo.
Ela apontou para mim.
- Acho que você esqueceu que eu também gosto de eletrônica.
- Mas mesmo assim ficou assustada com a gritaria.
- Eu não fiquei assustada- ela cruzou os braços- Eu fiquei...
- Assustada- a interrompi.
Ela abriu a boca para protestar, mas logo ficou quieta.
- Mas me fala, você gosta do que além de eletrônica e ballet?
- Gosto de filme de suspense- ela se apoiou sobre a mesa- São os melhores.
- São os melhores- concordei.
Terminamos de comer tranquilamente e pagamos a nossa conta. A festa já devia estar bem animada, apesar de que todos já deviam estar bêbados.
- Bom- me levantei- Acho melhor irmos.
Já passava das onze quando paramos para comprar bebidas em um posto de gasolina, por sorte, eles não pediram nossas identidades. E então, seguimos para casa de Sam, outro jogador do time.
- Bom...- Lindsay começou a falar enquanto eu dirigia- Semana que vem faz um mês que eu e Brad estamos juntos. Eu sei que é pouco tempo, mas eu queria dar algo especial para ele.
Não pude deixar de arregalar os olhos, afinal, era só um mês. Não era muito tempo para começar a se fazer provas de amor, mas eu não tinha nada a ver com isso para falar a verdade. Se ela realmente queria fazer algo especial para ele, eu só podia ajuda-la.
- Se você quiser realmente impressionar- parei o carro em um lugar vazio, de longe já dava para escutar a música de rap que tocava na casa de Sam- Leve ele para um jogo de basquete ou para ver luta livre- atravessamos a rua escura para chegar ao gramado da casa.
- Eu queria algo mais... Simples.
Concordei.
- Comida italiana. Ele adora qualquer coisa que pertença à Itália- nem precisamos bater na porta, pois já estava aberta.
Passei por várias lideres de torcida que bebiam e dançavam e fui em direção aos meninos que eu conhecia. Eles estavam com copos vermelhos e alguns do lado deles disputavam para ver quem bebia uma garrafa inteira de cerveja em menor tempo.
Levantei as garrafas de vodca e whisky quando eles me olharam e eles bateram palmas enquanto eu entregava tudo para eles.
- Angelina- Sam me puxou para um abraço, seus cabelos escuros estavam bagunçados e seus olhos escuros brilhavam.
- Pegue aqui- Tom me deu um copo cheio de vodca com suco de cramberry e sorriu para Lindsay- Você deve ser a namorada de nosso campeão.
Ela assentiu e pegou o copo.
- Belo jogo, não acham meninas?- Cameron perguntou, encostando a mão na parede.
- Parabéns- falei e levantei meu copo.
- Foi barulhento- Lindsay falou, ainda tentando se acostumar com a bagunça e o barulho que faziam parte de minha vida e a de Brad.
Eles deram risada.
- Olha- Sam sorriu torto, suas bochechas estavam rosadas- Se você quiser namorar Brad, o capitão do time. Vai ter que se acostumar com isso.
Ela me olhou enquanto eu balançava a cabeça. Ele tinha razão, essa loucura era parte de Brad, quer dizer, o que ele mais gostava era jogar futebol e festas com os amigos.
- E você, Angelina?- Tom apontou para mim, com a mão que segurava um copo- Veio desacompanhada?
- Achei que soubesse que não tenho namorado.
- Não tem problema- Cameron passou o braço pela minha cintura e me puxou, colando-me em seu corpo- Ela fica comigo, ne gata?
Ele deu um beijo em meu rosto e eu o empurrei para longe. Por mais que ele fosse muito atraente e conquistasse muitas meninas com seus olhos cor de mel e seu sorriso torto, ele não era nem de longe o tipo de menino para se ter algo sério.
- Seu bêbado- e com um sorriso no rosto e sem tirar os olhos de mim, ele colocou mais vodca em meu copo e logo Sam me entregou uma latinha de RedBull- Onde está Brad?
- Jogando bilhar- Cameron respondeu, bagunçando seu cabelo.
- Vou procura-lo- Linsday apontou para as escadas.
- E vocês não vão fazer nada? - me apoiei na parede.
Eles deram de ombros e continuaram bebendo.
- Prefiro ficar aqui com você- Cameron passou a mão pelos meu cabelos.
Me afastei dele e olhei em seu olhos, com divertimento no rosto.
- Cameron, sabe a diferença entre eu e as outras meninas?
- Qual, gata?- ele balançou os ombros.
- Elas te querem- os outros abafaram o riso e eu bati levemente em seu ombro enquanto andava por entre as pessoas do time que eu já conhecia muito bem e suas acompanhantes. Atravessei a porta para ir para a sacada e vi os meninos correndo pelo gramado, sem blusa. Dei um sorriso por ver a animação deles.
E quando me virei vi Jennifer, Poppy e Mary Jane com roupas bem provocantes, por sinal, dando em cima dos garotos. Revirei os olhos, já era de se esperar que elas viessem. Jennifer estava beijando o pescoço de um menino e quando me viu, parou. Ela sussurrou alguma coisa no ouvido do menino, claramente excitado e se levantou, vindo em minha direção.
- Assistindo de camarote? - ignorei sua pergunta.
- Porque não vão para um quarto?
Ela revirou os olhos.
- Cai fora, Angelina.
Dei um sorriso irônico.
- Quem veio falar comigo foi você.
Ela respirou fundo mais uma vez, ficando nitidamente nervosa, o que quase estava me fazendo rir. Quer dizer, eu mal havia falado com ela direito e ela já estava querendo dar um tiro em minha testa.
- Olha aqui- ela apontou um dedo, pronta para iniciar uma briga. As pessoas já estavam começando a prestar atenção em nós duas. Eu não me importaria se ela resolvesse me bater, eu estava louca para quebrar seu nariz feito em cirurgia e colocá-la em seu lugar. Mas não era brigando que eu queria passar a minha noite.
- Olha aqui você- aumentei meu tom de voz- Você me odeia por algo que aconteceu há muito tempo atrás. Eu não tenho culpa se você é uma vadia interesseira. Não fui eu que estraguei o seu relacionamento, eu só o fiz ver quem você é de verdade, supera vai- dei uma piscadela para ela e entrei na casa novamente, a deixando de boca aberta perto de todos nossos conhecidos. Certeza que esse seria um dos assuntos mais comentados na nossa escola segunda-feira.
Subi as escadas e vi Brad jogando bilhar com um menino alto de cabelos escuros que estava de costas para mim. Senti um calafrio percorrendo pelo meu corpo. A forma como ele andava, escolhendo racionalmente a sua tacada. Eu já havia o visto antes; o jeito como ele se agachava e batia com seu taco na bola branca, colocando outra bola colorida na caçapa. Eu quase o senti sorrindo.
Eu o conhecia, mas ao invés de eu ficar feliz, meu corpo inteiro se contraiu enquanto eu andava tensa na direção dos dois.
- Angelina- Brad abriu os braços, sorrindo- Veja só quem eu encontrei andando por aí- ele estava bêbado, mas ainda não havia parado de beber.
Derek segurava seu taco e sorria para mim com divertimento por ver minha expressão.
- Oi- acenei sem emoção e fui em direção à Brad, segurando seu braço e o puxando para um canto- Só um minuto- falei para Derek que balançou a mão como se dissesse que não se importava.
- O que ele está fazendo aqui? - por mais que eu estivesse surpresa e um tanto feliz por vê-lo aqui, eu ainda estava brava com ele, pelo que havia acontecido no sábado. Tudo bem que fazia quase uma semana do ocorrido, mas não dava para esquecer tão facilmente, é como se uma parte da raiva que eu sentia por ele ainda existisse.
- Eu o encontrei na rua, começamos a conversar, ele disse que estava indo para casa e eu o chamei para se juntar a nós- ele foi se apoiar na parede e quase caiu, mas por sorte consegui segura-lo.
- Quer tomar cuidado?- o soltei.
Ele deu uma leve risada e voltou a me encarar, sério.
- Olha, Angel. Dá para ver que você tem sentimentos por ele e ele não é como você pensava que ele fosse então aproveite, ele está aqui- ele começou a se afastar- E é solteiro.
Não esperava pela reação de Brad por defende-lo dessa forma, quer dizer, eles haviam se conhecido só a poucas horas, não era para tanto. Fiquei tentando dizer a mim mesma que ele só estava falando aquilo porque estava bêbado, mas eu não me convenci. Talvez ele até pudesse estar certo.
Vi Lindsay jogando truco com uma menina do segundo ano e sorri para ela antes de voltar à me juntar com um bêbado e um quase bêbado que haviam iniciado outra partida de bilhar. Me apoiei sobre a mesa e fiquei vendo as tacadas, Derek havia colocado uma bola rosa na caçapa. Ele nunca errava?
Apesar de estar com eles, eu não fazia parte da conversa. Brad havia começado a falar sobre o especial de Halloween que iria ter no parque de diversões e ele chamou Derek para ir conosco amanhã. Fitei o seriamente, mas ele só sorriu para mim, com inocência, o que me deixou mais irritada ainda. Os dois olharam para mim e eu forcei o melhor sorriso que eu tinha para Derek.
- Vai ser incrível- falei com ironia. Derek obviamente percebeu, acho que mais de um mês que nos conhecíamos serviram para alguma coisa.
- Com certeza- ele mirou e colocou outra bola na caçapa, olhando para mim depois.
Parte de mim ficou feliz por saber que ele estaria comigo no dia seguinte, mas a outra parte odiou o fato de que ele iria. Eu não podia alimentar nenhum sentimento por ele, não parecia certo.
E nessa hora, Jennifer subiu as escadas desfilando e andou em direção à Derek, tive que me segurar para não demonstrar raiva. Ela se apoiou sobre a parte da mesa onde Derek estava, insinuando os seus peitos para ele. Ele arqueou a sobrancelha, mas pareceu não se importar e continuou jogando. Me senti mais tranquila com sua reação.
- Eu não te conheço- ela se aproximou mais ainda, quase não deixando espaços nenhum entre seus corpos.
- Provavelmente não.
- Sou Jennifer- ela se apresentou e estendeu a mão.
Brad calmamente foi chegando ao meu lado, com um sorriso no rosto e se inclinou perto de meu ouvido.
- Se você não sente nada por ele, mude essa cara- respirei fundo e olhei nervosa para ele.
O problema foi que eu estava me sentindo estranha por sentir raiva de ela estar perto dele, em partes porque eu achava que ele iria ceder aos seus encantos como todos cediam e em partes porque eu não devia nem estar me importando. Ele deve ter notado tanto quanto Brad, pois ele estava prestes a ignora-la quando olhou para mim e sua expressão mudou totalmente. Ele colocou um sorriso torto no rosto e se apresentou à ela, sem tirar os olhos de mim. Ele estava tentando me provocar?
Peguei o copo de vodca da mão de Brad e virei de uma vez, sem parar de olhar para Jennifer que flertava com Derek, logo depois de acabado, devolvi para Brad.
- Cansei de ficar aqui- passei pelos dois que quase se agarravam na frente de todos e fui para a sacada.
- O que você está fazendo aqui? - perguntei nervosa, quando vi Derek parado na soleira da porta, olhando para mim. Ele veio até mim e se apoiou no parapeito, como eu, e ficou observando o céu escuro, quase sem nuvens. Ele demorou um pouco para falar, mas quando o fez, não me encarou.
- Não tenho certeza se está brava comigo por sábado ou por causa de Jennifer.
- O que? - perguntei perplexa, jamais admitiria isso para mim mesma- Jennifer não tem nada a ver com isso.
- Ah, não? - ele se inclinou em minha direção- Eu vi o jeito como você olhou quando ela se aproximou de mim.
- Você está se garantindo demais- eu estava lutando para convence-lo de que eu não estava com ciúmes, mas se eu não conseguia convencer a mim mesma disso, como ele iria acreditar em mim?
- Então você não está com ciúmes? Porque está brava então?
Me virei para ele e o segurei pela blusa, sem tirar os olhos dos seus nem por um minuto. Ele já devia ter percebido que sim, ainda estava nervosa com ele.
- Eu não estou brava com você porque estou com ciúmes. Eu estou brava com você por você ter chegado ao ponto de tentar me provocar achando que eu fosse demonstrar alguma coisa por você.
Ele deu um sorriso, seus olhos brilharam para mim. Vi algumas pessoas entrando na sala de jogos novamente, mesmo que a maioria das pessoas se concentrasse perto da piscina.
- Então você não vai se importar se eu disser que a beijei. E que a boca dela é macia e ela é muito gostosa- e nessa hora, os meus atos não foram controlados, e eu o puxei mais forte, apertando seu pescoço com meu braço e ficando com a cara praticamente colada com a dele.
- Olha aqui- minha cabeça estava martelando e eu não sabia com quais dos dois eu ficava mais brava, ele sabia como eu estava me sentindo. Não só sabia, como estava gostando de me ver desse jeito- Eu não ligo para quem você beija ou não, então porque está me falando isso?
Ele sorriu para mim, com uma respostar perfeita em mente para me dar.
- Porque suas atitudes acabaram de demonstrar o contrário- otário. Fui soltando levemente seu pescoço, com a respiração pesada- E eu não beijei ela, só queria ter certeza de que você tem ciúmes. Eu acho que você já não me odeia tanto assim.
- Idiota- dei um soco em seu peito e voltei a apertar seu pescoço, enforcando-o. Ele estava preso na parede, meu corpo colado ao seu e mesmo ele tentando soltar minhas mãos dele, eu estava resistindo. Como eu pude ter caído na dele? Como eu pude ter deixado escapar, mesmo que eu não quisesse admitir? - Eu não me importo com você. Nós duas não nos damos bem, então qualquer coisa relacionada à ela me irrita.
Em um movimento rápido e brusco, ele tirou meu braço dele e me fez ficar contra a parede.
- Se isso te deixa mais feliz, vou fingir que acredito- e ficamos nos encarando por alguns segundos. Ele havia percebido uma parte dos meus sentimentos por ele, perceberia também meu desejo? Olhando para seus lábios e depois para seus olhos, enquanto ele me encarava, me segurando contra a parede, sem saber ao certo o que ele queria. Depois de um minuto, Derek me soltou lentamente. Ele tinha muita certeza de si, achava que podia conquistar qualquer uma. O empurrei para que ele saísse de meu caminho. Eu jamais iria facilitar as coisas para ele.
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Sedução Fatal
Action" - Então eu cometeria um suicídio- atropelei as suas palavras- Eu morreria por quem eu amo. E eu não posso te envolver, porque eu teria que te salvar, teria que morrer por você. Só para ter certeza de que você estaria bem... E vivo [...]". Você j...