Estávamos todos na sala, já era mais de meia noite e abríamos nossos presentes, Eu havia ganhado uma bolsa da Chanel dos pais de Brad. Íamos continuar quando a campainha tocou. Achei estranho nessa hora alguém vir até aqui. Meu pai deu um sorriso e se levantou do sofá para ir até a porta.
No momento em que eu vi quem era, meu coração congelou. Era um misto de raiva com felicidade e choque eu mesmo tempo. Ele era a última pessoa que eu esperava ver no Natal. Como fui inocente de imaginar que meu pai não iria chamá-lo.
- Feliz Natal a todos e desculpe a demora- Derek sorriu.
- Bom, já que estamos todos presentes. Vou continuar- Brad se levantou- E me deu um cartão- era um passeio de helicóptero. Ou melhor, um passei de helicóptero com Brad.
- Eu amei- disse, sorrindo.
- Podemos ir a qualquer momento que quiser.
- Estou livre todos os dias- sorri, eu já havia entregado a ele meu presente. O que o havia deixado totalmente animado, pois ainda não sabia onde passar suas férias.
- Bom, já que só falta eu- o estranho se levantou do sofá e começou a tirar algo de seu terno, logo depois, me entregou uma caixinha pequena. Meu queixo caiu. Ele me comprou mesmo uma pulseira de diamantes da Tiffany's? Da Tiffany's!
- Você não precisava- meus olhos brilharam, meu coração martelava, peguei a caixa de suas mãos, totalmente sem jeito.
- Mas eu quis- meu coração batia tão rápido que eu fiquei com medo que todos notassem e me vissem corar.
- Na verdade- meu pai se levantou, cortando o silêncio- Ainda falta o meu. E está la fora.
Fiquei confusa no início, mas a ansiosidade aumentava cada vez mais a medida que eu chegava perto da entrada de nossa casa. Quando ele abriu a porta eu dei um pulo, havia uma Mercedes preta com uma fita vermelha estacionada.
- É... É para mim? - gaguejei.
- Sim- quando meu pai me disse isso, eu me joguei nos braços dele. A minha felicidade não podia ser descrita. Eu definitivamente precisava de um carro. Não aguentava mais pegar o de meu pai emprestado toda vez que eu queria sair. Eu finalmente tinha um carro!- Obrigada.
Quando voltamos para dentro da casa, fomos para a sala de jogos disputar para ver quem era melhor no pôquer.No ano novo ficamos na casa dos pais de Brad, jogando sinuca, sua namorada ainda estava viajando com os pais, então não havia passado conosco. Brad perdeu uma aposta, tendo que me pagar um jantar e, infelizmente, quando eu fui jogar com o estranho, eu perdi e é por isso que estou agora em meu quarto me arrumando para pagar a aposta. Eu vou andar de paraquedas. Com Derek. Não sei bem como me sentir, estou ansiosa e nervosa ao mesmo tempo.
Eu não sei se o que eu sinto em relação a ele é tão intenso quanto eu acho que é. Quer dizer, esse menino não sai da minha cabeça. E isso me deixa mais nervosa ainda, como uma pessoa consegue dominar seus pensamentos sem fazer esforço nenhum para isso?
Coloquei uma calça preta, botas, uma blusa preta e branca que era a preferida de minha mãe e um sobretudo.
- Pai? - gritei enquanto entrava na sala, ele estava enrolado em um cobertor, lendo um jornal e assistindo Breaking Bad.
Nessa hora a campainha tocou. Um frio percorreu meu corpo. Calma, Angelina.
- Oi- ele sorriu casualmente enquanto entrava em minha casa. Ele usava moletons e tênis. Parecia tão confortável quando foi cumprimentar meu pai.
- Traga ela de volta antes das dez- meu pai disse no seu tom máximo de seriedade.
- Antes da meia noite- coloquei as mãos nos ombros de Derek e comecei a empurra-lo para fora de casa- Já combinamos isso.
- Tudo bem, tudo bem- ele levantou as mãos- Se divirtam.
Me divertir? Se me jogar de um avião, disparando no céu e me ver caindo é diversão. Então eu ia me divertir bastante.- Tem certeza de que eu preciso fazer isso? - disse enquanto olhávamos para os pequenos quadrados verdes e marrons que pareciam a terra.
- Você perdeu a aposta- ele sorriu. Seus cabelos negros balançaram quando ele abriu a porta do avião.
Eu não conseguia me mexer.
- As damas primeiro- ele estava apoiado na porta. O vento gelado entrava e agitava meu cabelo, mesmo estando preso.
- Sem chances- segurei firmemente a porta, com medo de cair- Acho que tenho medo de altura- falei.
Ele soltou um risinho.
- Venha- estendeu sua mão para mim. Eu hesitei antes de segura-la e olhar séria em seus olhos. Eu estava confiando nele e isso me deixou mais assustada ainda- No três. 1... 2... - a adrenalina dominou meu corpo- 3.
Me soltei da porta, fechando os olhos e pulei. O vento batia fortemente em meu rosto, mesmo eu estando com os óculos de proteção, eu sentia meu rosto inteiro vibrar.
- Abra o paraquedas- gritou Derek, soltando minha mão- E tente curtir.
Fiz o que ele pediu e abri os olhos. Não era tão ruim assim. Tudo passava como um borrão por mim enquanto caímos no chão. Eu já havia me acostumado a me sentir mais leve e livre, foi um impacto cair no chão e sentir o peso de meu corpo novamente.
- Isso foi incrível- me levantei e tirei a mochila de minhas costas.
- Quase achei que fosse desistir.
- Eu ia- começamos a andar.
- Quem sabe algum dia eu te traga aqui de novo- ele disse com tom de provocação.
Mal havia superado o que havia acabado de acontecer, não estava pronta para pensar em uma próxima vez, por mais que eu tenha m divertido. Bom, depois de muito tempo.
- Eu passo, obrigada.- Você sempre fez isso? - perguntei.
Estávamos andando por um parque, mesmo estando frio e não tendo quase nenhuma pessoa na rua. O céu estava tão escuro e tão cheio de nuvens que não era possível nem enxergar as estrelas.
- Isso o que? - ele colocou as mãos nos bolsos de sua blusa azul.
- Paraquedas.
Ele levantou uma sobrancelha.
- Eu comecei há um ano. Um amigo meu me chamou para ir uma vez e eu acabei gostando- ele balançou os ombros- Virou um hobbie.
Sorri. O jeito como ele disse que havia gostado me fez perceber o quanto eu não o conhecia, mas ao mesmo tempo o quanto eu podia conhece-lo e saber mais sobre quem ele era.
- O que foi? - ele perguntou, dando um sorriso torto.
- Nada- dei de ombros- É que... Eu não sei quase nada sobre você, tirando o fato de que não saber perder no bilhar.
Parei e me sentei em um banco de madeira perto das árvores, ele revirou os olhos.
- Foi você quem perdeu- ele se sentou ao meu lado e me olhou cautelosamente.
- Tá- cruzei os braços- Eu entreguei os pontos a você.
Ele deu risada espontaneamente, mostrando seu sorriso perfeito.
- Vou fingir que entregou só para te deixar feliz- ele riu.
Dei de ombros. Eu havia falado aquilo só para provoca-lo, obvio que ele havia ganhado de mim e ganharia todas as vezes que fôssemos jogar, porque ele era totalmente profissional em bilhar.
Ficamos em silêncio por um minuto. Eu olhei para baixo e quando eu notei que seu olhar estava pousado sobre mim, desviei.
- E você?
- Eu o que?
- Me conte sobre você.
Eu não estava esperando por isso. Me peça para fazer um formulário sobre a segunda guerra mundial, mas não me peça para falar sobre mim. Eu não sou boa nisso.
- Você já sabe meus hobbies- sorri.
- Só alguns.
- Bom, quando estou em casa fico vendo filmes e séries.
- E lendo- ele sorriu. Ele me conhecia mais do que eu imaginava.
- E lendo- repeti.
- Filme preferido- ele se inclinou para mim.
- Eu não tenho um filme preferido, acho que mudo de opinião muito fácil para ter só um filme preferido- eu estava começando a ficar com frio- Bom, acho que já falei o que faço sempre que estou sozinha.
Ele se levantou e indicou para eu segui-lo.
- Ah, tirando quando não saio com Brad.
- Vocês realmente são muito amigos, ne?
Eu concordei. Eu não podia negar, Brad era muito mais que meu amigo, eu simplesmente não podia imaginar minha vida sem ele.
- Ele é muito importante para mim.
E então, continuamos andando em silêncio pela rua vazia, já estava dando a hora de eu ter que voltar para casa.
- Quando você disse que mudava de opinião muito fácil- estávamos ficando próximos de seu carro- Isso inclui a mim?
É obvio que a resposta que ele queria ouvir era um não, mas o que eu disse foi totalmente diferente do que ele esperava.
- Eu já mudei minha opinião sobre você faz tempo. E agradeça por isso- sorri.
Ele arregalou os olhos e deu um sorriso longo. Ele começou a se aproximar de mim e eu não me mexi. Ele colocou uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha e segurou minha cabeça, pronto para me beijar.
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Sedução Fatal
Acción" - Então eu cometeria um suicídio- atropelei as suas palavras- Eu morreria por quem eu amo. E eu não posso te envolver, porque eu teria que te salvar, teria que morrer por você. Só para ter certeza de que você estaria bem... E vivo [...]". Você j...