Prólogo - Meus Desejos

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Dentre os prédios e casas chovia com certa força, e o frio predominava toda a região do Rio de Janeiro. E eu estou, neste exato momento, no meio desta chuva detestável. Meu nome é Augusto de Souza, mas todos me chamam de Guto. Eu sou um universitário de apenas 19 anos, de cabelos curtos lisos e escuros como o breu da noite, olhos castanhos esverdeados, e minha pele lisa, tão macia como manta refinada, daria água na boca de qualquer um só de pensar em me morder em várias partes de meu corpo. Estou prestes a me formar em administração, e a minha vida virar de uma forma totalmente inesperada e surpreendedora.

Por mais que eu esteja caminhando com meu guarda-chuva transparente acima de mim, as gotas da chuva caiam sobre a minha calça que umedecia rapidamente. Estou frustrado, deixando a marca em meu cenho franzido, enraivecido. Puta merda! Que raiva! Minha mão livre vai ao meu rosto, alisando parte dela na tentativa de suavizar a exasperação e ir ao meu destinatário. Sim estou indo ao mercado. O ultimo lugar que queria estar. Eu sou ótimo cozinheiro, modesta parte, e amo cozinhar. Porém odeio fazer compras em dias que o mercado está a ponto de explodir com a super lotação. Eu sei que estou revirando os olhos inutilmente. Meus passos se apertam, não quero chegar tarde lá e a luz do dia já está pra se acabar. A nevoa está tão baixo com esta chuva, embranquecendo toda paisagem ao meu derredor. Mesmo com o meu casaco grosso bege, a calça Skynni escura e as botas pretas de couro, meus ossos congelavam. Meus lábios grandes e carnudos tornavam-se rosas, e eu me abraçava na fútil tentativa de me aquecer desesperadamente. Está super frio pra um lugar que está perto do trópico de capricórnio.Praticamente ele passa aqui por cima!

A alguns metros de onde eu caminhava, um urro doloroso ressoava pelo meio da chiada da chuva forte. Passos amontoados se misturava com a dança que a chuva que a chuva reproduzia ao meu redor, e som de possas sendo pisadas era tão perto. Não posso distinguir de onde vem esse ruído horripilante e doloroso. Um enorme calo frio percorre pela minha coluna em um alerta de perigo, mas onde? Não avisto ninguém vir em minha direção. Meu corpo esquenta com as pequenas pontadas de adrenalina jogadas em meu sangue. Um som opaco atrás de mim, me faz para e virar meu rosto perplexo. Ali, em meio a uma sarjeta, eu via um corpo estirado ao chão gélido e encharcado pela chuva. Não sei se o tempo está parando, mas só consigo ouvir o som do meu sangue bombeando em meu ouvido.

- Aí meu Deus! - o horror sai mais do que pretendia em minha voz.

Meus passos se apressam até o corpo caído no chão. Percorro as minhas mãos pelos ferimentos de cortes pequenos que seu corpo sofrera, e percebo serem profundos a vista e graves. Droga! O que eu devo fazer? Eu deveria levar ele para um hospital, mas nenhum está funcionando nesta região, pelo que bem me recordo. Eu não agüento ver o liquido avermelhado escorrendo pelo seu rosto... perfeito. Eu estou notando agora, seu corpo deve ser o dobro do meu. Eu tenho 1,68m e ele deve ter uns 1,90m. Ele é bem maior que eu.

- Vamos! O corpo daquele filho da puta está ali!

Meu alarme de perigo dispara em pânico, e o pego por baixo de seus braços sem pensar duas vezes, o arrasto desengonçadamente, deixando meu guarda-chuva cair pelo meio do caminho de volta a minha casa, deixando o rastro de seu sangue ser limpa pelas gostas da chuva.

Apesar de minha casa ser espaçosa, eu sou o único que mora ali. Sim... Foi o que recebi de herança pelo meu falecido pai. O rastro d'agua que deixei arrastando o corpo pesado se espalhava rapidamente pela casa. Meus pés estão sendo ligeiros pela primeira vez, que me levam rápido para o banheiro, onde eu pego meu Kit de primeiros socorros e uma toalha seca. Estou pronto com tudo nas mãos voltando ao ferido desacordado estendido no chão da sala de estar. O que eu realmente estou fazendo trazendo um estranho para minha casa? A minha consciência está me fuzilando de braços cruzados com sua carranca de sempre. Suspiro, tentando ficar menos tenso possível. Ao estar de volta a minha sala, me a joelho ao seu lado, levando minhas trêmulas mãos a sua camiseta social branca listrada a azul justa ao seu tronco que dizia que malhava há bastante tempo. Conforme estou abrindo seus botões, me deliciava da visão de seu bruto definido peitoral dilatado pelos seus músculos, preenchido por pelos que havia ali. A tentação de tocá-lo e sentir seu corpo no meu, era tanta que me deixa completamente enrijecido da cintura para baixo, com tesão. Mordo meu lábio inferior me deliciando só daquela minha imaginação. Ah! Balanço a minha cabeça na tentativa de dissipar este pensamento de minha mente o mais rápido possível, e volta a retirar a peça de roupa. Quando finalmente consegui tirar sua camiseta, deixando ele somente de calça e sapatos sociais, vejo com mais facilidade os cortes em seu corpo. Era cortes finos, como se uma passassem uma faca acima de sua bochecha, dois nos braços direito, dois em cada braço. Acho que devem ter chutado ele pelo tamanho mediano do hematoma em sua abdômen engomada de músculos definidos. Minhas mãos começam a trabalhar em cima de seus ferimentos com habilidade de um médico enfermeiro. É nestes momentos que agradeço a Deus pelo meu curso de enfermagem. À medida que eu travo de seus ferimentos, sua boca se comprimia, gemidos dolorosos saiam, mas ele não despertava. Eu não consigo suportar ver muito sangue, mesmo que estes sejam apenas superficiais, por isso nunca fiz um estágio até o final. Mas tenho experiência para isso. Pronto, meu corpo está aliviado, relaxando por finalmente acabar o tratamento de seus ferimentos. Mas... Meus olhos passam batem em algo grande e grosso reproduzindo um volume em sua calça. Essa porra está pulando? Minha garganta está seca, é difícil engolir minha saliva com tanto desejo passando por ela, deixando minha boca em águas. Merda... Minhas mãos entrelaçam em meus cabelos tampando meu rosto, na tentativa insuportável de retirar este desejo de minha cabeça. Respiro fundo me acalmando, não posso me deixar levar pelos meus desejos. Não com este estranho que nem conheço. Minha língua repousa em meus lábios ressecados, e desliza, umedecendo-os. Minhas mãos estavam no automático retirando o botão de sua calça preta encharcada ainda, revelando sua cueca branca que no momento esta transparente por causa da água. Arfo, lutando contra minha vontade de pôr meus lábios nele, e o medo dele acordar era ainda maior. Viro meu rosto para o lado, onde avisto a toalha. O sorriso travesso, seguido de uma mordida em meu lábio inferior, brota em meu rosto. Vou secando sua perna direita por inteiro, até o alto de sua virilha, onde consigo roçar o seu saco. Assim à esquerda, dando as mesmas roçadas no alto, um pouco mais demorada, me aproveitando de cada delicioso momento. Solto uma pequena gargalhada baixa e nervosa. Meus olhos saltam para o seu rosto aliviado e relaxado, até parecendo que ele está gostando. Cato sua cueca, retirando-a de vez, jogando-a junto com a pilha formada de suas roupas molhadas, e volto a prestar atenção naquele imenso mastro de lado pulsando somente para mim. Com a toalha, eu vou massageando ele com certa pressão, fazendo meus dentes cravar em meu lábio inferior. Assuto-me ao ouvi-lo suspirar, um suspiro prazeroso e paro, com o medo a flor da pele dele acordar logo agora! Mas ele não desperta. Um sorriso gostoso paira sobre minha face, me divertindo com algo tão proibido quanto esse. Assim volto a massageá-lo. O caralho dele é tão grande e grosso de perto, cheio de veia latejando só com o efeito de meu toque, em frente a mim que não resisto em beijá-lo. E o faço, passando a ponta de minha língua em sua cabeça, me deliciando-me do gosto de sua baba que surgia do mesmo. Meu sorriso se alargava mais. E eu paro, ali mesmo, com meu rosto queimando pelo rubor e medo dele acordar naquele momento e pensar algo como: "O que esse filho da puta está fazendo com um ferido?" Eu me sinto tão desanimado com isso que poderia me enterrar no chão neste momento.

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