O sol está me chamando a esta hora da manhã. Parece que já são umas 8 horas e os marinheiros já estão acordados fazendo as suas tarefas matinais. Um corre-corre com limpeza, comida, pesca, caça para tudo que é canto. Nunca imaginei que eles logo assim pela manhã eram tão intensos com os trabalhos braçais. A noite foi tão deliciosa... Na verdade qual noite não foi com meu grandão? É... sim! Estou com um sorriso bobo no rosto vendo este homem tão gostoso deitado do meu lado na cama, nu, dormindo. Como eu conquistei ele? O que ele viu em mim para querer ficar comigo ? E agora... eu mais do que nunca quero ficar com ele. Meus pensamentos são interrompidos com alguém batendo na porta do nosso... bom... quarto do capitão. Ontem a noite parece que o Cadu convenceu ele a nos deixar dormir aqui. Coitado do velhinho. Espero que ele tenha dormido bem. Outra rajada de socos suaves na porta. Cadu geme, sei que está irritado com a barulheira. Ele quer passar o dia todo na cama, eu somente rio e me ergo em direção a porta.
- Já vai! já vai! - digo antes que outra rajada aconteça.
Ao abrir a porta me deparo com o marinheiro que conheci ontem quando estava fazendo um tour pelo barco... Qual o nome dele mesmo...? Ele parece um pouco mais moreno que ontem. Será que é pelo tanto de sol que eles tomam por aqui? Meus olhos escorrem pelo corpo dele, escorrendo por aquele corpo definido. Uau, ele não é magro, ele tem músculos definidos, só não são grandes. O sorriso meio sem graça dele era realmente uma das coisas que me chamou atenção, não era forçado, algo que brilhava nele mesmo. Era um charme até.
- Desculpe está incomodando vocês dois a essa horas, - ele parecia realmente arrependido por estar fazendo isso, - mas meu capitão pediu pra avisar que já estamos perto de atracar no porto de Manaus.
- Onde estamos agora? - ouço a voz rouca do Cadu atrás de mim e quando eu o olho, já havia vestido a sua sunga e estava em pé atrás de mim. Como ele faz isso? Sem menor barulho...
- Estamos no rio amazona, quase adentrando ao rio negro.
- Entendo... - eu fixo naquele rosto sexy e pensativo. Os cabelos dele rebelde de quem havia fodido a noite toda. Contenho meu riso e meus pensamentos obscenos para mim mesmo. - E em quanto tempo atracamos?
- O tempo estimado é de até 3 horas.
- Ok, muito obrigado Pedro. - Uau.. era Pedro o nome dele? Eu somente vejo os dois se cumprimentar e o garoto moreno desaparecer assim que a porta é fechada.
Uma leve arrepio é introduzido no meu pescoço, arfo, mordendo meu lábio inferior.
- Pra que perguntou o tempo de atracação? - perguntei já sabendo a resposta dele.
- Pra fazermos alguma coisa até lá...
Ele me pega em seu colo e eu envolvo minhas pernas em sua cintura. É algo tão bom sentir ele dentro de mim.. Uma coisa é certa, nunca vou me enjoar de senti-lo quantas vezes forem necessárias.
- Guto... - seu sussurro chegou até meus ouvidos como um estrondo de um trovão
- Cadu... - sussurro de volta, enterrando meus lábios aos dele. Sentindo o gosto delicioso de seus lábios.
- Amo você meu pequeno...
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Faltava alguns minutos para atracarmos no porto de Manaus. Já havia tomado um belo e demorado banho. Agora somente queria estar com uma outra roupa menos surrada e rasgada que estas que estou. Não temos mais celular, muito menos dinheiro. Agora como vamos voltar para o rio sem sermos detectados pelos capangas de Jorge? Ele provavelmente deve ter posta nossas cabeças em oferta. Se isso for realmente verdade, se pisarmos no porto com a cata a tapa, a primeira coisa que vão fazer é querer nos caçar a qualquer custo.
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O Perseguidor
Hayran KurguEntre as vias do Rio de Janeiro, Augusto de Souza, uma garoto de lindos olhos castanhos esverdeados apenas de 19 anos, prestes a se graduar em administração. Seu temperamento agradável, porém forte, desperta um enorme interesse no possessivo Carlos...